A Capela
São Bernardo, localizada no Centro de Fortaleza, foi invadida na madrugada
desta quinta-feira, 11, e teve altar, dois bancos, armários e janela
depredados, e quantia em dinheiro roubada. Segundo o padre Paulo Sérgio Amorim,
pároco da Igreja do Carmo, Matriz da Capela, esse é o terceiro caso de
arrombamento e roubo que acontece na capela nos últimos quatro anos.
A suspeita
inicial de profanação por parte dos fieis foi descartada pelo pároco. Conforme
padre Paulo, que recebeu a notícia da invasão às 6 horas da manhã, o altar e
dois bancos que foram quebrados na nave da capela sugerem entrada frustrada do
invasor.
"Vi que
o teto estava aberto, uma parte, e comecei a deduzir o que aconteceu: ele (o
suspeito) deve ter entrado pelo telhado, feito uma abertura no teto de madeira,
e aí fez a loucura de pular no altar para tentar amortecer a queda, quebrando o
altar. Como tinha marcas de sangue no chão, eu acho que ele se feriu e deve ter
desistido de praticar o roubo (de objetos religiosos)", narra o pároco.
Entre o teto
quebrado e o chão, o padre calcula uma longa queda de 8 metros de altura. Após
ter se ferido, padre Paulo acredita que os bancos quebrados foram utilizados
pelo suspeito na tentativa de "formar uma escada" para subir de volta
para o telhado.
A sacristia
da capela foi arrombada, onde o padre revela que também foram deixadas marcas
de sangue. Ele entende que o invasor, mais uma vez, tentou subir de volta ao
telhado, dessa vez pelos armários, também derrubados. "No banheiro a mesma
coisa, que tem banheiro dentro da sacristia. Depois acredito que arrombou a
livraria, que tem uma porta de acesso na sacristia. Ele levou R$ 70 que estava
na gaveta. Ele saiu pela janela do quarto em cima, que tem escada de acesso,
derrubando a grade chumbada", complementa padre Paulo.
A profanação
do altar, entende o pároco, foi "involuntária", por sugerir uma
queda. Ele ainda não calcula o prejuízo do altar, objeto mais caro a ter sido
depredado, mas afirma que "somente a parte de cima quebrou", estando
"a base de mármore ainda em bom estado". Padre Paulo também informa
que não houve vistoria da Polícia Civil, mas que foi registrado um Boletim de
Ocorrência (B.O) na delegacia.
Fieis em comoção
Pela
manhã, os fieis da capela se juntaram em oração, e uma missa foi celebrada em
altar improvisado, como de costume. Padre Paulo diz que a paróquia tem
"dinheiro reserva" para cobrir parte dos danos, mas que um fiel se
prontificou a pagar os custos dos reparos "da área de marcenaria".
Episódio recorrente
O pároco
lamenta o acontecido, que relata ser o terceiro caso em quatro anos de seu
ofício na Igreja do Carmo.
"De
todos, esse foi o que deu prejuízo maior. Estou pensando em colocar alarme, e
ver se coloco também arames cortantes em cima do telhado. É o
jeito. Infelizmente é algo que está acontecendo na cidade, que temos que
conviver e dificulta ainda mais a nossa vida", diz o padre.
As atividades
da Capela continuarão acontecendo normalmente, como garante o padre, ainda que
as missas precisem utilizar um "altar improvisado".
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O Povo
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