quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Justiça condena cinco pessoas por extorsão ao Pe. Robson de Oliveira



O Tribunal de Justiça condenou cinco pessoas por extorsão ao Pe. Robson de Oliveira Pereira. A decisão foi dada pelo juiz Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia. Foram sentenciados Welton Ferreira Nunes Júnior, Túlio Cezar Pereira Guimarães, Lidina Alves de Bessa, Elivaldo Monteiro de Araújo e Deusmar Gonçalves de Bessa em penas que variam de oito a 16 anos de reclusão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), os cinco extorquiram mais de R$ 2 milhões do padre para que não divulgassem imagens e mensagens que continham informações pessoais, amorosas e profissionais que pudessem prejudicar a imagem do sacerdotal. As extorsões tiveram início em março de 2017.

Ainda de acordo com os autos, Pe. Robson chegou a transferir a quantia de R$ 2 milhões das contas da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) para as contas bancárias indicadas pelos condenados. Além disso, foram realizados pagamentos de quantias que variam de R$ 50 mil a R$ 700 mil, em dinheiro.

Nessas ocasiões, as quantias eram deixadas dentro de um VW Gol, que ficava estacionado na porta de um condomínio fechado da capital, ou em uma Toyota Hilux, que ficava parada no estacionamento de um shopping de Goiânia.

O inquérito da Polícia Civil (PC) apontou que Welton Júnior e Túlio Cezar invadiram o celular e computadores com intuito de obter informações pessoais e profissionais do padre. Com perfis falsos, a dupla se apresentou como detetives contratados para investigar o religioso e passaram a exigir as quantias para que o conteúdo não fosse exposto.

Ainda conforme o MP, no dia 31 de março foi realizada uma transferência bancária de R$ 2 milhões para duas contas – R$ 1 milhão para cada. O dinheiro foi bloqueado. A partir disso, foi exigido a entrega dos valores em espécie. 

A prisão de um dos condenados ocorreu no dia 29 de abril, após uma negociação para a entrega do dinheiro. O valor seria deixado em um imóvel do Setor Leste Universitário. Após ser detido, a pessoa levou os policiais ao encontros dos demais integrantes da organização criminosa.

Por meio de nota, a Afipe, associação a qual o Pe. Robson preside, alegou que assim que teve conhecimento das mensagens, o padre acionou a Polícia Civil. A entrega do dinheiro seria uma orientação da corporação, que também supervisionou com o intuito de localizar os criminosos.

Ainda conforme a nota, as mensagens trocadas com os criminosos teriam partido da PC para simular veracidade e só não haviam se manifestado antes devido ao caso correr em segredo de Justiça.  A associação também afirmou que não sofreu nenhum prejuízo financeiro, pois os valores roubados retornaram aos caixas da instituição.
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