O Tribunal de Justiça condenou cinco pessoas
por extorsão ao Pe. Robson de Oliveira Pereira. A decisão foi dada pelo juiz
Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia. Foram sentenciados Welton
Ferreira Nunes Júnior, Túlio Cezar Pereira Guimarães, Lidina Alves de Bessa,
Elivaldo Monteiro de Araújo e Deusmar Gonçalves de Bessa em penas que variam de
oito a 16 anos de reclusão.
De acordo com a denúncia do Ministério Público
de Goiás (MPGO), os cinco extorquiram mais de R$ 2 milhões do padre para que
não divulgassem imagens e mensagens que continham informações pessoais,
amorosas e profissionais que pudessem prejudicar a imagem do sacerdotal. As
extorsões tiveram início em março de 2017.
Ainda de acordo com os autos, Pe. Robson
chegou a transferir a quantia de R$ 2 milhões das contas da Associação Filhos
do Pai Eterno (Afipe) para as contas bancárias indicadas pelos condenados. Além
disso, foram realizados pagamentos de quantias que variam de R$ 50 mil a R$ 700
mil, em dinheiro.
Nessas ocasiões, as quantias eram deixadas
dentro de um VW Gol, que ficava estacionado na porta de um condomínio fechado
da capital, ou em uma Toyota Hilux, que ficava parada no estacionamento de um
shopping de Goiânia.
O inquérito da Polícia Civil (PC) apontou que
Welton Júnior e Túlio Cezar invadiram o celular e computadores com intuito de
obter informações pessoais e profissionais do padre. Com perfis falsos, a dupla
se apresentou como detetives contratados para investigar o religioso e passaram
a exigir as quantias para que o conteúdo não fosse exposto.
Ainda conforme o MP, no dia 31 de março foi
realizada uma transferência bancária de R$ 2 milhões para duas contas – R$ 1
milhão para cada. O dinheiro foi bloqueado. A partir disso, foi exigido a
entrega dos valores em espécie.
A prisão de um dos condenados ocorreu no dia
29 de abril, após uma negociação para a entrega do dinheiro. O valor seria
deixado em um imóvel do Setor Leste Universitário. Após ser detido, a pessoa
levou os policiais ao encontros dos demais integrantes da organização
criminosa.
Por meio de nota, a Afipe, associação a qual o
Pe. Robson preside, alegou que assim que teve conhecimento das mensagens, o
padre acionou a Polícia Civil. A entrega do dinheiro seria uma orientação da
corporação, que também supervisionou com o intuito de localizar os criminosos.
Ainda conforme a nota, as mensagens trocadas
com os criminosos teriam partido da PC para simular veracidade e só não haviam
se manifestado antes devido ao caso correr em segredo de Justiça. A associação também afirmou que não sofreu
nenhum prejuízo financeiro, pois os valores roubados retornaram aos caixas da
instituição.
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