Faço parte de uma Igreja no qual, milhões de fiéis nos últimos trinta anos, foram ser fiéis a outros pregadores. Já eram fiéis a Jesus sendo fiéis aos nossos ensinamentos, mas agora dizem ser mais fiéis a Jesus sendo fiéis a outras doutrinas. A liberdade do coração humano pode ser questionada, mas é um fato. Todos os dias alguém deixa alguém e vai erguer outro lar, um político deixa seu partido de vai para outro, funcionários trocam de firma por mais dinheiro e chances, artistas mudam de emissora, cantores de gravadora, jogadores de time, religiosos de ordem ou congregação e crentes de igreja ou até de religião. E há religiosos que ficam ateus e ateus que se tornam religiosos. É volúvel o coração humano. Muitos que acham ou acharam depois confessam que não tinham achado… As histórias de Gedeão, Sansão e Salomão falam de heróis que perderam o rumo e de devotos que terminaram seus dias matando e adorando os deuses. Salomão assusta. É de se admirar que alguém ainda imite Salomão e Gedeão e os aponte como modelo. Sábios como qual Salomão: o do templo, o poeta, o que matava ou o idólatra? Fiéis como qual Gideão? O que matava, esfolava, roubava e que terminou seus dias vendo um filho bastardo matar seus outros 69 filhos? O pai violento em nome de Deus que quebrou estátuas dos outros e empatou a fé a ferro, a fogo e a mentiras passou seu terrorismo aos filhos.
Sou membro de uma Igreja que até recentemente era a que mais perdia fieis para outras. Agora as outras que levavam nossos fieis estão provando do mesmo veneno. Seus fiéis estão indo para outras igrejas congêneres.
Agora quem mais muda de igreja não são os católicos e, sim, os convertidos de ontem que se convertem outra vez para Jesus, mas numa nova congregação. É duro ter que dizê-lo, mas o ditado popular o lembra: Infiel uma vez, infiel duas ou três. Fidelidade não parece ser o forte de nossos dias. Tem valido mais o projeto pessoal e a vantagem pessoal de quem muda. Se o faz é por achar que ganha alguma coisa com a mudança. Senão, não o faria. Se aparecer alguém com melhor oferta, mudará! É o pragmatismo levado ao púlpito e ao altar.
Se isto o assusta ou preocupa? Não. Quem foi embora deve saber por que foi, quem pensa em voltar deve saber por que está voltando e quem se acha mais de Deus que os outros deve saber por que diz o que diz. Se não sabe, está brincando de crer!
Pe. Zezinho, scj
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