A
Catedral de Maracaibo, na Venezuela, está sem eletricidade desde o
dia 11 de outubro, depois que algumas pessoas roubaram o cabo e o
transformador, obrigando-os a celebrar as Missas as limitações que
isto causou e “de manhã bem cedo, porque à noite fica difícil
enxergar”, assinalou o Pe. Silverio Osorio, vigário paroquial da
catedral.
Em
declarações ao Grupo ACI,
o sacerdote informou que o assalto ocorreu na madrugada do dia 11 de
outubro. Segundo alguns vizinhos, o roubo foi perpetrado por quatro
pessoas, entre elas uma morreu eletrocutada e outra morreu no
hospital.
“Uma
pessoa foi eletrocutada, outra morreu no hospital. Desde então, a
Catedral de Maracaibo, a Prefeitura e uma ou duas famílias estão
sem eletricidade”, assinalou.
Disseram
que junto com o pároco, Mons. Jesus Quinteros, se aproximaram da
“empresa de eletricidade para ver o que eles iam fazer com isso e
nos disseram que tinha que esperar, que já estavam procurando o
transformador”. Entretanto, o templo ainda continua dependendo da
luz natural para não ficar na escuridão.
Na
segunda-feira, “às 14h30, me ligaram de Caracas perguntando se era
verdade que estávamos sem eletricidade” e indicaram que tentariam
conseguir o transformador.
Com
isso, o Pe. Osorio disse que “estamos celebrando as Missas sem
eletricidade porque não podemos ignorar. Mas, devem ser celebradas
de manhã bem cedo, porque à noite fica difícil enxergar”.
O
sacerdote explicou que a igreja está
localizada a poucos metros da prefeitura, do Palácio do Governo e de
uma entidade do Banco Central da República. “Há muitas entidades
governamentais em torno a Catedral de Maracaibo”, assinalou.
“Isso
acontece perto do Palácio do Governo, o lugar onde roubaram o
transformador está a 15 metros do palácio legislativo e ao lado do
palácio legislativo está o Palácio do Governo. Então, esta
situação é bastante dramática”, indicou.
Nesse
sentido, disse que “as pessoas têm muito medo de chegar à
Catedral. Eu tento fazer uma campanha chamando-os, mas depois das
16h, este lugar fica muito deserto e há pouca vigilância policial,
ou quando há polícias, estão apenas no governo ou no gabinete do
prefeito cuidando desse local. A insegurança predomina em toda a
cidade de Maracaibo e em todo o país”.
Sobre
as autoridades que demoraram a instalar um novo transformador, o
vigário paroquial disse que “talvez estejam prestando atenção em
outras coisas ou talvez estejam fechando os olhos para esta
realidade”.
Indicou
que a demora pode ser “consequência da crise” econômica que a
Venezuela enfrenta, porque “anteriormente isso mudaria muito
rápido. Acho que eles não têm transformadores de reserva”.
“De
qualquer maneira, hoje conseguimos nos comunicar com alguém do
governo e, possivelmente, amanhã à tarde, teremos uma reunião com
a governadora interina (do estado de Zulia, Magdely Valbuena) para
falar sobre este caso. Estamos fazendo o possível para fazer a
gestão para que possamos nos reunir com ela e ver o que pode ser
feito. É necessário comprar outro equipamento, nós cuidaremos
disso, vemos como conseguir o transformador, mas que nos digam algo”,
assinalou.
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ACI
Digital
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