O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se
reuniu com o papa Francisco nesta quinta-feira (13). O encontro aconteceu no
Vaticano.
"A visita não constava na agenda oficial
do pontífice e foi intermediada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández,
que visitou o papa no dia 31 de janeiro."
Desde a confirmação do encontro, Lula tinha a
intenção de propor conversas sobre a redução da fome e da desigualdade. Duas
imagens que mostram os dois foram publicadas no perfil do petista no
Twitter. Na postagem, ele disse que
encontrou o Pontífice para "conversar sobre um mundo mais justo e
fraterno".
A reunião entre Lula e Francisco só foi
possível após uma decisão do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). A Justiça adiou
um depoimento que o ex-presidente iria conceder em decorrência da Operação
Zelotes — inicialmente marcado para o último dia 11, data de sua viagem à
Europa.
Lula embarcou para Roma na terça-feira e deve
permanecer na capital italiana até sábado (15).
O petista e o papa conversariam sobre lawfare
— termo criado para indicar uma disputa política travada por meio do
Judiciário.
O ex-presidente viajou acompanhado de uma
pequena comitiva. Entre os convidados estão alguns assessores e o ex-ministro
Celso Amorim, responsável pelo Itamaraty entre 2003 e 2010.
"Lula recebe a bênção do papa: encontro para “conversar sobre um mundo mais justo e fraterno”, segundo o ex-presidente.| Foto: Ricardo Stuckert/PT" |
Em maio de 2019, o papa Francisco respondeu a
uma carta enviada pelo ex-presidente petista da prisão. Na missiva, o pontífice
se solidarizava pelas mortes da ex-primeira-dama Marisa Letícia, do irmão de
Lula, Genival Inácio, e do neto Arthur, que tinha apenas 7 anos, e pedi para
que Lula não desanimasse diante das adversidades.
“Tendo presente as duras provas que o senhor
viveu ultimamente (…), quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe
encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus”, escreveu
Francisco.
Um ano antes, o ex-presidente já tinha
recebido um terço abençoado por Francisco, levado pelo advogado argentino Juan
Gabrois, fundador do Movimento dos Trabalhadores Excluídos e ex-consultor do
Pontifício Conselho Justiça e Paz.
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Jornal de Brasília/ GauchaZh/ Gazeta do Povo
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