Desde o
século XIII, a palavra “Jeová” foi utilizada em diversos escritos e traduções
católicas da Bíblia e chegou a adornar espaços em igrejas e catedrais.
A
primeira referência escrita da palavra “Jeová” como o nome de Deus mencionado
em Ex 3, 14-15 é o livro “Pugio Fidei Christianae”, do padre Raimundo
Martí (c. 1220- c. 1284), escrito em latim e hebraico. O padre Martí foi um
sacerdote dominicano catalão que teve notável influência na difusão do termo
latino “Iehova” pelo mundo católico. Em português, o termo originado foi
“Jeová”, enquanto em espanhol a palavra respectiva é “Jehová”.
Em alguns
filmes mexicanos, é possível observar que, entre os católicos, era
frequentemente usado o termo “Jehová” como o nome próprio de Deus:
·
Em “Los
Tres Huastecos”, com Pedro Infante, numa cena em que se está dando catecismo às crianças
(especialmente em 1:36:37).
·
Em “Jesús
Nuestro Señor”, na cena que apresenta o Menino
Jesus perdido e achado no templo.
·
Em “Los
Tres Reyes Magos”, que foi o primeiro filme de animação da América Latina,
se usa o termo “Jehová” quando o rei Herodes faz rimas sobre como atacar o Menino Jesus.
Em
antigos catecismos e manuais de liturgia ou teologia também aparece o termo
Jeová como o nome de Deus revelado no Antigo Testamento.
Foi entre
os séculos XIX e XX que a Igreja católica optou pela tradução “Javé”,
considerada mais correta e mais próxima da pronúncia hebraica original do nome
divino. Esse termo passou a ser adotado nas traduções do Antigo Testamento.
Já o Novo
Testamento nos esclarece que o nome de Deus é Pai, Filho e Espírito Santo (cf.
Mt 28, 19; 2Cor 13,13), conforme revelado por Jesus aos seus discípulos. Este é
o nome divino utilizado na liturgia da Igreja desde os tempos apostólicos.
RESPEITO
E CONHECIMENTO
Apesar do
desuso atual entre os católicos, o termo “Jeová” continua merecendo todo o
respeito devido ao nome de Deus. É importante recordar que o termo foi usado durante
cerca de setecentos anos pela Igreja, até que a pronúncia “Javé” fosse
preferida por ser mais correta etimologicamente.
No
diálogo com os irmãos separados, especialmente com o grupo religioso dos
Testemunhas de Jeová, é especialmente recomendável usá-lo com esse respeito e
com o devido conhecimento de causa.
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Aleteia
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