Neste sábado, dia de Luto Nacional, a Itália começa a sepultar seus mortos, que chegaram a 284, a maior parte deles em Amatrice, sempre mais isolada pelos danos nas vias e na ponte de acesso. São 2.100 os desabrigados.
O Presidente da República Sergio Mattarella visitará algumas das áreas atingidas, para então dirigir-se a Ascoli para os funerais de Estado das vítimas na região das Marcas, aos quais tomará parte também o Premier Renzi. Na terça-feira, 30, por sua vez, será realizado um rito fúnebre em Amatrice.
Os Patriarcas da Rússia, Kirill, e de Constantinopla, Bartolomeu I, uniram-se em oração ao difícil momento vivido pelos italianos, expressando ao Premier Matteo Renzi suas condolências e invocando a todos "fortaleza de ânimo e coragem".
E a terra não para de tremer na região central do país. Foram 1.332 os abalos secundários e réplicas que se seguiram ao grande tremor da madrugada de quarta-feira, 92 somente nas últimas horas, entre as quais um de magnitude 4.0 na Escala Richter, às 4h50min.
Trata-se quase que do golpe final para algumas construções já devastadas, mas sobretudo para ponte em Ter Occhi, na importante via de acesso a Amatrice, que corre o risco de desabar.
O balanço parcial dos mortos, até o momento, é de 284, 11 em Accumoli e 224 somente em Amatrice, onde no entanto ainda existem pessoas desaparecidas. 388 são os feridos e 238 as pessoas resgatadas com vida.
Na corrida contra o tempo as escavações continuam, na esperança de encontrar alguém com vida, mas também para recuperar corpos sob os escombros.
O terreno em Accumoli, segundo as primeiras revelações dos satélites, teria abaixado 20 cm. O sisma teria provocado uma deformação em forma de “colher”, uma depressão do solo em consonância com a falha de pouca profundidade existente entre Norcia e Amatrice. A Torre Civica e a Igreja de Santo Agostinho - ambas construções históricas duramente danificadas - correm o risco de desabar.
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Rádio Vaticano
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