Já ouviu alguém
dizer que alguém é velho demais para estar num grupo de Coroinhas? Pois é.
Muitos grupos tem regras de idade. O seu provavelmente tem alguma. Alguns
só admitem crianças, outros apenas adolescentes. Outros, ainda, vendo o grupo
de coroinhas como um “estágio intermediário”, acreditam que em determinada
idade ou tempo de grupo, o coroinha deve buscar outra pastoral na paróquia, o
que normalmente faz o jovem se afastar de vez da Igreja.
A primeira coisa
que devemos dizer é que não existe regra universal
para a idade dos coroinhas. Em nenhum documento oficial da Igreja se
especifica uma idade “correta”. Nunca se diz que devem ser
crianças, jovens ou adultos. É bem verdade que tradicionalmente os
coroinhas sempre foram os “meninos do altar”, crianças e
adolescentes. Apesar disso, nada impedia jovens e adultos de servir
como coroinhas, respeitando, no entanto, um princípio muito importante: O
princípio da divisão orgânica, isto
é, cada um no seu próprio grupo. Já retornaremos a isso.
Este é Peter Reilly.
Coroinha desde 1924, atualmente com 101 anos.
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Adultos podem ser coroinhas?
Já vimos em
nosso artigo sobre como surgiram
os coroinhas que num passado distante, antes do surgimento dos seminários,
os coroinhas eram os rapazes que estavam se preparando para serem padres. Eles
vivam na paróquia e aprendiam do padre todas as funções, temporais e
espirituais, que o padre desempenhava na igreja, sobretudo servir a Santa
Missa. Depois que os seminários se formaram, os vocacionados passaram a viver
em seminários, e as paróquias ficaram sem quem servisse a
Missa. Então começaram a chamar leigos, crianças e adultos, para
servir na Missa.
Às crianças a
Igreja sempre deu prioridade. Claro. Porque o adulto leigo normalmente já
discerniu sua vocação ao matrimônio ou ao laicato, enquanto a criança ainda
está no início desse processo. Reconhecendo no serviço ao altar um grande
impulsionador de vocações, esse estímulo para as crianças só fez crescer,
formando os grupos de coroinhas, dos “meninos do altar”. No entanto, sempre
adultos serviram a Missa, muitas vezes ao lado das crianças. A grande questão é
que isso acontecia de maneira dividia, numa divisão orgânica,
isto é, cada um tendo seu próprio grupo. Desse modo, aproveitava-se ambos.
A proibição de coroinhas mais velhos
Em muitas
paróquias se proíbem mais membros velhos, de modo tal que quando o coroinha
completa certa idade, deve abandonar o grupo. Essa prática se disseminou
em muitas paróquias sob um pretexto realmente lamentável: O de que o
jovem deve ingressar em um “grupo ou pastoral da paróquia mais
apropriado para a sua idade“. Isso é um absurdo,
pois um bom grupo de coroinhas é excelente e extremamente apropriado para
qualquer idade, se coordenado da maneira certa, como veremos adiante.
E o que
acontece, muitas vezes, é que o coroinha, sendo obrigado a deixar seu posto,
das duas uma: Sai também da paróquia ou vai para algum grupo, onde pode ou não
dar certo, e se não der, se afasta de vez. Observar essa realidade pode ajudar
a párocos e coordenadores a repensar essas restrições de idade, pois
normalmente elas fazem muito mais mal que vem.
É claro que não
pode ser bagunçado também. Não é apropriado que adultos e crianças fiquem
no mesmo grupo e tenham todas muitas atividades juntos. E há vários motivos
para isso, principalmente a questão da formação e a da espiritualidade,
que devem ser diferentes para crianças e adultos, e a questão de influência e
prevenção de escândalos – afinal, embora queiramos acreditar que todos os
servidores do altar são boas pessoas, já temos consciência que isso nem sempre
é verdade.
Qual o caminho,
então? Proibir, simplesmente? Não. O melhor caminho para tratar dessa
questão é, antes de tudo, ver a realidade da paróquia. Há paróquias em que há
muitas crianças e os rapazes mais velhos naturalmente não se interessam pelo
serviço do altar. Há outras em que há muitos rapazes mais velhos, e poucas
crianças. É necessário antes de tudo ver a realidade e, sobre ela, traçar um
plano para envolver todos os que desejam servir o altar e tenham capacidades
físicas, mentais e espirituais para tal. Proporemos uma forma que, acreditamos,
compreende a maior parte das paróquias.
Como resolver a questão de idade em seu grupo
Como vimos, não
é interessante colocar crianças, jovens e adultos num mesmo grupo, fazendo
tudo juntos. Precisamos fazer um esforço a mais para que cada subgrupo
consiga atingir um bom desenvolvimento. Uma das maneiras mais eficientes
de fazer isso é criando subgrupos dentro do grupo de servidores do
altar, nos quais se estude, se reze e se desenvolva um trabalho apropriado
para cada idade.
Isso é algo
relativamente comum. As crianças ficam num “grupo de coroinhas “e os mais
velhos, num “grupo de acólitos” – embora, na prática, não haja diferença
entre ambos. Mas não basta separar, deve-se focar na realidade de cada
grupo.
Coroinhas, ou servidores crianças
O grupo das
crianças deve ter idade máxima por volta de 11 anos, no máximo. E é
preciso que se obedeça esse limite, mesmo que isso signifique ficar longe
dos amigos. Nesse grupo, deve-se focar na formação básica, na catequese e
na formação litúrgica inicial. Deve-se primar pelo bom comportamento, pelo
serviço, estudar a fé, rezar juntos, brincar e criar vínculos saudáveis.
E, de modo particular, lutar para manter a inocência das crianças, hoje em
dia algo cada vez mais raro.
As crianças
devem, na maioria dos casos, ficar com responsabilidades menores na Missa. Mas
isso não significa simplesmente deixá-las de canto e colocar ofícios simplórios
sempre. A criança precisa de um estímulo especial, e precisa ter sempre
oportunidade de crescer e se destacar. Aqui também deve-se recorrer a
elementos próprios de uma didática mais infantil: Brincadeiras, jogos,
pinturas, desenhos… Mas sempre de uma maneira sóbria, séria, e com motivos –
nada de dinâmicas sem sentido!
Acólitos, ou servidores jovens e adultos
Esse grupo deve
ser mais uma família de almas que um simples grupo de servidores. Estamos
falando, normalmente, da época mais perigosa na vida de um cristão, a sua
adolescência e juventude. Nessa época, os jovens são expostos a toda espécie de
perigos para sua alma, e é preciso que um grupo trate disso com maturidade.
Embora nem todos
sejam assim, a maioria dos grupos de jovens é um grupo bagunçado, infantil
e sem nenhuma seriedade ou perspectiva. Com um grupo de coroinhas mais
velhos não pode ser assim. Deve haver seriedade, devem haver ritos, deve haver
ordem e hierarquia. Caso contrário, o objetivo de preservar os rapazes não será
atingido. As formações também devem ser muito diferentes das crianças. Deve-se
focar na catequese, também, mas adentrar em uma espiritualidade mais madura,
para não manter no jovem aquela fé infantil e sentimentalista que hoje
muitos tem. Uma boa forma de se chegar a esse ponto é estudar a vida dos
santos, estudar a Moral, tratar das questões complexas que o jovem passa e
ajudá-lo, através da oração e da formação, a superar essas dificuldades,
sobretudo através de uma profunda devoção a Nossa Senhora e seu rosário, e uma
inextinguível chama de amor ao Santíssimo Sacramento.
São João Berchmans,
padroeiro dos servidores do altar, dizia: “Se eu não me torno santo enquanto
sou jovem, eu nunca o serei”. Um grupo de coroinhas deve ajudar os jovens nessa
difícil transição.
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Os grupos de coroinhas sempre se destacaram como
escolas de santidade, celeiro de vocações. Um antigo provérbio latino dizia:
“Sancta Sanctis!”, isto é, “As coisas santas aos santos”. Cabe, em grande
parte, a cada coordenador e pároco incentivar isso em seu grupo. De modo que
tanto crianças quanto jovens e adultos possam aproveitar dele.
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Manual do
Coroinha
Eu posso ser coroinha eu tenho 12 anos de idade?
ResponderExcluirEu posso ser coroinha eu tenho 12 anos de idade?
ResponderExcluirSim
ResponderExcluireu tenho 36 anos e sou coroinha e não tenho vergonha de falar senti mt forte no meu coração que ser coroinha e minha vocação
ResponderExcluirfui investido recentimente
ResponderExcluirEM RELAÇAO À IDADE(AGORA SÓ PODE SER COROINHA ATÉ OS 15 ANOS) MUITOS JOVENS SE AFASTARAM DA IGREJA. É TRISTE E LAMENTÁVEL.
ResponderExcluirEu tenho 13 anos posso ser cerimoniario ?
ResponderExcluirEu sou coordenadora do grupo de coroinhas da minha paróquia aqui são divididos em C1 e C2, o C1 é de 6 a 12 anos, e o C2 é dos 13 pra cima, eu cuido do C1 já que sou catequista também, enquanto temos um coordenador para o C2, e 2 coordenadores para os Cerimoniários, cada um com seu cada qual, em um único grupo, e todos se dão muito bem, e atualmente contamos com 24 crianças e adolescentes no grupo, sem contar os Cerimoniários,
ResponderExcluirTenho 20 anos, posso ingressar no grupo de Acólitos?
ResponderExcluirpode sim, você conseguiu?
ExcluirOlá, bom dia, estou com uma criança que fará 12 anos em outubro, ela pode ser investida acólitos?
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