A capela Santo
André localizada em Collipulli, a 580 quilômetros de Santiago (Chile), foi o
novo local de um incêndio perpetrado por desconhecidos na madrugada da
terça-feira, 9 de agosto.
Durante este
ano, foram incendiados onze templos católicos e um seminário, apesar da criação
da mesa de diálogo da Araucania, que tem como objetivo procurar soluções para o
conflito mapuche e da qual o Bispo de Temuco, Dom Héctor Vargas, foi escolhido
como facilitador.
O incêndio
começou por volta das 4h (hora local) e atingiu toda a capela de madeira
pertencente à Paróquia São Luís Gonzaga.
No local foi
encontrada uma mensagem que dizia “resistência mapuche Malleco rechaça a mesa
de diálogo”. A polícia começou imediatamente a investigação dos fatos.
O Pe. Gastón
Parada, responsável pela capela, exortou a comunidade a “continuar mantendo com
mais força a sua fé e ajudar a ser construtores da paz”, assinala uma nota de
Comunicações da Diocese de Temuco.
Na terceira
reunião da mesa de diálogo realizada na quinta-feira, 4 de agosto, Dom Vargas
foi consultado a respeito deste tipo de acontecimentos violentos e insistiu que
o “diálogo é a maneira” de resolver o conflito.
Devem “reunir-se
na mesa e chegar a um acordo”, pois atentam “a fé dos mais pobres e indefesos.
Eu não sei se isso pode favorecer alguma causa, quando as vítimas aqui são os
pobres não há argumentação”, expressou.
Entre os temas
que fazem parte das aspirações do povo mapuche estão a representação no
parlamento, a compensação de terras, o reconhecimento como povo originário e a
interculturalidade, causas que fizeram com que os grupos radicais procurassem
soluções por meio da violência extrema.
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ACI Digital
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