"Porque quando aparece alguém pregando-vos
outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber
outro espírito, diferente do que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso
do que haveis abraçado, de boa mente o aceitais" (2Cor 11,4).
O Apóstolo nos mostra a possibilidade do nome de Jesus ser pregado sem se referir singularmente ao nosso Senhor, isto é: se junto ao anuncio do Cristo vier uma doutrina estranha, um Evangelho diferente (Gl 1,8), não é o Senhor Jesus que está sendo anunciado. Por isso, na vulgata, encontramos o termo "outro Cristo" (alium Christum) e no texto grego lemos "um Jesus distinto" ou "diferente".
O texto é primitivo e totalmente atual, haviam judaizantes que difundiam o nome de Jesus e obrigavam o julgo da lei mosaica aos cristãos, doutrina judaizante severamente combatida por São Paulo (Gl 5,4). O contexto escrituristico nos mostra que não há o mesmo espírito quando Jesus é anunciado sob um fundamento distinto da Igreja que vem dos apóstolos (apostólica). Daí São Paulo dizer: "outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado".
São Lucas relata
sobre uns judeus que ao anunciar o nome de Jesus os demônios os ironizaram e os
espancaram (At 19,13-16). O que acontece hoje no protestantismo é justamente
isso que São Paulo condena de forma tão acérrima: as pessoas vão às placas
denominacionais e aceitam um Jesus de acordo com aquela "igreja"
sectária. Em cada denominação protestante prega-se um Jesus distinto. Esses “jesuses”
difundidos no protestantismo não são o mesmo Jesus dos apóstolos, o Cristo
enviado por Deus só fundou uma Igreja (Mt 16,18) e só tem uma doutrina (Tt
1,9). É por isso que muitos Católicos, como eu, não se sentem bem quando ouvem
um protestante falar o nome de Jesus, pois sabemos que se refere a outro senhor,
outro espírito e outro evangelho, apenas usam o mesmo nome do nosso, aquele
cujo nome é a causa de nossa alegria.
Existem vários “jesuses” inventados pelos protestantes, um do reino material contrário ao crucificado, o qual através de São João nos ensinou que “NADA DESSE MUNDO VEM DO PAI” (1Jo 2,16), um jesus filho de uma mulher comum e cheio de irmãos carnais, contrário ao das Escrituras o qual é filho de uma Santa virgem e Imaculada (cf. Lc 1,28; Is 7,14; Ez 44,2).
“Visto que essas igrejas e comunidades eclesiais, por causa da divergência de origem, doutrina e vida espiritual não só diferem de nós mas também divergem consideravelmente entre si [...]; é preciso, contudo, reconhecer que entre essas igrejas e comunidades e a Igreja Católica há discrepâncias consideráveis [...]. Sabemos existirem não pequenas discrepâncias em relação à doutrina da Igreja Católica, mesmo sobre Cristo, Verbo de Deus Encarnado [...], bem como sobre a função de Maria na obra da Salvação. [...] Levados pelo desejo de união com Cristo são mais e mais compelidos a buscarem a unidade bem como a darem em toda a parte e diante de todos o testemunho de sua fé”. (Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II - pag 236-237).
Paulo Leitão de Gregório
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