Você já ouviu dizer que o Papa Francisco planeja convocar um Terceiro Concílio do Vaticano? Ou que tenha descoberto versículos bíblicos previamente desconhecidos? Ou ainda que encara a história de Adão e Eva como apenas uma fábula? Se usa a internet ao menos esporadicamente, provavelmente sim. O problema é que nada disso é verdade.
Ainda assim, isso não impede que essas outras histórias ricocheteiam pela Internet e, em alguns casos, em fontes de notícias tradicionais. Entre as dezenas de outras histórias falsas, entre elas as que o Papa teria chamado o inferno de ‘um artifício literário’ e ainda, que ele acredita que todas as religiões sejam igualmente verdadeiras, a mais recente notícia propaga que o Papa teria dito que o "inferno não existe".
“A igreja não acredita mais em um inferno literal, onde as pessoas permaneçam sonolentas,” Francisco teria dito (em 2015) em um artigo publicado no site da Chronicle Diversity, cujo criador, Erik Thorson, diz ter criado o blog “para minha própria diversão pessoal.” O texto continua, “Esta doutrina é incompatível com o amor infinito de Deus. Deus não é um juiz, mas um amigo e um amante da humanidade. Deus procura não só para condenar, mas para abraçar.”
Recentemente o jornalista italiano Eugenio Scalfari, do jornal ‘La Repubblica’, assegurou que, não faz muito tempo, o Papa Francisco disse que "não existe um inferno" e que "é uma honra ser chamado de revolucionário". Mas, o que realmente é verdade nesta publicação? O Vaticano se pronunciou.
Scalfari admitiu há algum tempo que as suas entrevistas são feitas sem um aparelho de gravação, mas “tento entender a pessoa que estou entrevistando”, e depois disso escrevo “suas respostas com minhas próprias palavras".
Na entrevista publicada em 28 de março, Quarta-feira Santa, Scalfari assegurou que o Papa disse que as pessoas que se arrependem "obtêm o perdão de Deus, mas as pessoas que não se arrependem, e portanto, não podem ser perdoadas, desaparecem". "Não existe um inferno, existe o desaparecimento das almas pecaminosas", disse o Santo Padre, segundo o jornalista italiano.
Scalfari intitulou o seu artigo atribuindo ao Papa Francisco a frase: "É uma honra ser chamado de revolucionário".
O conselho do conselho: “Verifique as fontes oficiais de mídia do Vaticano para a confirmação das declarações do Papa Francis.” Observações devem ser consideradas falsas se Eles não aparecem no feed do Twitter do papa, no Serviço de Informações do Vaticano, no escritório de Imprensa da Santa Sé, no site do Vaticano, na Rádio Vaticano, no jornal L’Osservatore Romano ou em outra fonte de informação oficial, disse que o conselho.
“Se as declarações atribuídas ao papa, por qualquer agência de mídia, não aparecerem na mídia oficial das fontes do Vaticano, isso significa que relatam uma informação não verdadeira”, disse o texto escrito em maísculas como que para enfatizar a importância da recomendação.
Falsas declarações papais remontam aos primeiros dias da igreja. Mas com a explosão das mídias sociais e blogs auto-publicados, elas têm se tornado muito mais freqüentes nos últimos anos – e especialmente nos últimos meses. E a igreja não pode mais evitar as histórias ou ignorá-los na esperança de que desaparecerão.
“O que estamos vendo é um cruzamento entre a crescente prevalência e influência dos meios de comunicação social, bem como a popularidade do papa Francisco”, disse Michele M. Ippolito, um especialista em Vaticano.
“Deve ser tentador para articulistas escreverem seus comentários porque gostam imagem do papa, mas ao mesmo tempo são menos encantado com algumas das coisas que ele diz”, disse Ippolito. “É como se eles gostassem do cantor, mas não a música. E esta (escrever notícias falsas) é uma maneira de aparecerem para mudar a música.”
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Com informações: ACI Digital/ Ecclesia Militans/ Biblia Católica
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