Irmãos e irmãs,
temos acompanhado com apreensão e tristeza as denúncias envolvendo vários
bispos da CNBB. Uma parcela significativa destas denúncias já não são novidade
para muitos que as presenciam em suas paróquias e acompanham notícias pelas
manchetes publicadas nos meios de comunicação.
O flagelo pútrido da
heresia se espalhou a tal ponto que a maior parte dos que a seguem acreditam
prestar homenagem a Deus... Aqueles que são destinados ao sacerdócio são
corrompidos pela peste da heresia, especialmente por teólogos “da libertação” ainda
muito presente e viva nos seminários católicos. Não são poucos os seminaristas
que defendem uma igreja independente de Roma, que dizem ser a CNBB autossuficiente,
que são contra o celibato, a favor da ordenação feminina (assunto este já encerrado
para a Igreja), e tantas outras banalizações do sagrado – a situação fica mais crítica
quando lembramos que o seminarista de hoje é o padre de amanhã; os lugares
santos, sempre venerados das igrejas, tornam-se negligenciados, caem em ruínas;
por penoso que seja admiti-lo nega-se o batismo, abomina-se a Eucaristia,
despreza-se a penitência, recusa-se a criação do homem e a ressurreição da
carne, anulam-se todos os sacramentos da Igreja, etc. Os leigos estão saturados
de tanta profanação!
A Santa Missa tem,
cada vez mais, se configurado a uma peça de teatro feita de qualquer forma, na
qual se admite um ministro qualquer, um pão qualquer, um vinho qualquer... as
leituras podem ser escolhidas e substituídas por um texto qualquer... os
ministros estão cada vez mais tornando-se “artistas” onde cada qual briga pela
sua participação seja na leitura, no canto, no altar que para muitos tornou-se
um palco e a assembleia uma plateia... Alguém precisa fazer alguma coisa! E aqueles
que, em primeiro lugar, devem manifestar-se CONTRA estes abusos são os nossos
bispos! Quanta decepção quando vemos que muitos destes não apenas são omissos,
mas incentivam e até promovem estes abusos!
Aqueles que procuram
viver uma vida santa, que aderem ao que pede a Santa Mãe Igreja são, seja no
seminário ou na paróquia, taxados de hipócritas, de lobos em pele de ovelhas,
de pessoas capazes de fazer algo pior que eles mesmos e, na primeira
oportunidade, logo são afastados de suas funções. Desta forma, sem apoio,
desistem e fazem morrer muitas vocações sacerdotais e religiosas, muitas
vocações católicas que se perdem contrariados nesta Babel e acabam descambando
para as seitas onde geralmente são muito bem acolhidos. Não é à toa que estatísticas
afirmam que o Brasil em breve será, em sua maioria, uma nação protestante.
Quando uma pessoa
procura a Igreja, ela não está em busca de mundanismo, ela está em busca do
evangelho, dos sacramentos, de um encontro pessoal com Cristo Senhor. Triste
quando, para o escândalo, encontra pessoas descomprometidas, que não conhecem
as Escrituras, ignoram os sacramentos, vivem uma “fé” – se é que ainda podemos
chamar de fé – banal. Pior ainda quando toda essa politização da fé tem apoio
do clero!
Isso evidencia que
todas as denúncias são verdadeiras enquanto a própria CNBB, em vez de tentar
desacreditar o autor, não responde às acusações. Não responde ao que os
católicos têm o direito de saber...
Por que a CNBB
permite abordagens sobre “gênero”, tantas vezes condenada pela Igreja, no livro
da Via-Sacra deste ano? Com base em que documento magisterial a CNBB pede o
desarmamento da população? Por que há desvios dos recursos arrecadados nas
Campanhas da Fraternidade a grupos políticos que favorecem o aborto e possuem
pautas contrárias ao que a Igreja ensina? Porque a CNBB se omite a abusos litúrgicos
gritantes, na presença de bispos, cometidos no 14º Intereclesial das CEB’s?
Como se explica a politização e os apoios abertos ao ex-presidente Lula, com
direito a faixas de apoio e cartazes da ex-presidente Dilma em estações da
Via-Sacra no 14º Encontro Intereclesial das CEB’s? O que fazem os assessores da
CNBB apoiando o PT na política? Porque a CNBB é omissa à corrupção de partidos
políticos como PT, PP, PMDB e não apoia abertamente a Operação Lava Jato? Cadê
a prestação de contas da CF Ecumênica 2016 que envolveu o CONIC e na qual não
se sabe o destino de pelo menos 2 milhões de reais doados pelos fieis? Como
explicar o apoio da CNBB ao documento “Hospitalidade Eucarística” do CONIC, que
coloca em dúvida pontos centrais da fé católica como sacrifício,
transubstanciação, ordenação de mulheres, etc? O que faziam mulheres pastoras
protestantes na concelebração da Missa ocorrida na 41ª Romaria da Terra, no RS?
Como se vê, não é o Bernardo
Pires ou aqueles que o apoiam que denigrem a CNBB, são as denúncias comprovadas
e ações omissas de muitos bispos coniventes com tais situações que denigrem e
desonram a CNBB que tem muito a esclarecer e a mudar para reconquistar a sua credibilidade
se ainda quiser manter o seu espaço perante os fieis católicos.
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