No dia 19 de março, o Vaticano anunciou que,
sob certas condições, concederá a indulgência plenária aos fiéis afetados pelo
Coronavírus, e também a todos os que cuidam desses doentes.
Mas não serão somente eles os beneficiados!
Segundo o decerto do Cardeal Piacenza, da Penitenciária Apostólica, todos os
fiéis poderão receber esse maravilhoso benefício da Mãe Igreja, desde que
cumpram as condições que aqui descreveremos.
Antes de tudo, vale lembrar o que é a
indulgência plenária: nós teremos que pagar por todo o mal que fizemos nesta
vida. Essas penas temporais são a “dívida” gerada pelos nossos pecados, mesmo
aqueles que Deus já perdoou.
Quem se arrepende de seus pecados e os
confessa a um padre, se livra do inferno, mas continua tendo que pagar pelo que
fez. E vai pagar com atos de caridade ou com sofrimentos, nesta vida ou no
Purgatório.
Isso faz muito sentido. Pense que você está na
estacionando um carro e, por falta de cuidado, bate no portão do vizinho e o
amassa. Você pede desculpas, e o vizinho aceita as desculpas. Mas você continua
tendo a obrigação de dar a ele o valor do concerto do portão.
Com o poder das chaves, a Igreja pode livrar
os fiéis dessa pena temporal – parcialmente (indulgência parcial) ou plenamente
(indulgência plenária).
Nunca é demais lembrar que, para quem não tem
um coração sincero, nenhum ritual religioso poderá livrar das penas do Inferno
ou do Purgatório.
PARA INFECTADOS PELO COVID-19 OU CUIDADORES
Profissionais de saúde, familiares e todos
aqueles que, mesmo em oração, cuidam dos infectados pelo Covid-19 e se expõem
ao risco de contágio, a indulgência plenária pode ser obtida assim:
de coração, ter renunciado a qualquer pecado,
seja grave ou venial;
se unir espiritualmente à celebração da Santa
Missa pelos meios de comunicação, à recitação do Santo Rosário, à prática
piedosa da Via Crucis ou outras formas de devoção;
ou se pelo menos recitarem o Credo, o Pai
Nosso e uma piedosa invocação à Bem-Aventurada Virgem Maria, oferecendo esta
prova com espírito de fé em Deus e caridade para com nossos irmãos e irmãs;
ter a vontade de cumprir as condições
habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração de acordo com
as intenções do Santo Padre) o mais rápido possível.
PARA OS FIÉIS QUE NÃO FORAM AFETADOS PELO
VÍRUS
Quem não está infectado e não cuida de pessoas
infectadas também pode receber a indulgência plenária. Para isso, além de
cumprir as condições listadas anteriormente (renunciar a qualquer pecado etc.),
terá que:
oferecer uma visita ao Santíssimo Sacramento;
ou fazer adoração eucarística;
ou fazer a leitura das Sagradas Escrituras por
pelo menos meia hora
ou a recitar o Santo Rosário;
ou fazer o exercício piedoso da Via Crucis;
ou recitar o Terço da Divina Misericórdia,
para implorar a Deus Todo-Poderoso a cessação da epidemia, alívio para aqueles
que estão aflitos e salvação eterna de
quantos o Senhor chamou a si mesmo.
PARA QUEM ESTÁ MORRENDO
A Igreja ora por aqueles que acham impossível
receber o sacramento da Unção dos Enfermos e do Viaticum, confiando a todos e a
todos a Divina Misericórdia em virtude da comunhão dos santos e concede a fiel
Indulgência Plenária no momento da morte, desde que esteja devidamente disposto
e habitualmente recitou algumas orações durante sua vida (nesse caso, a Igreja
compensa as três condições habituais necessárias).
Para alcançar essa indulgência, recomenda-se o
uso do crucifixo ou da cruz (cf. Enchiridion indulgentiarum, n.12).
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Atitude Católica/ O Catequista
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