Todos nós ficamos horrorizados com a desgraça ocorrida em que uma
menina foi violentada por mais de 30 homens. É algo gravíssimo que deve trazer
preocupação a todos nós. Agora, eu diria que tão grave quanto, é a reação da
nossa sociedade diante dos fatos.
Algumas
feministas (as “feminazi” de sempre) se apropriaram do caso e estão
aproveitando a ocasião para falar as coisas de sempre: que os homens são
“opressores", “estupradores em potencial” e que “a sociedade é machista”. Tenho
medo de pensar em quanto estão torcendo para que essa menina esteja grávida e
tudo se torne mais um “case” de sucesso para o aborto.
Por outro lado,
a galera mais liberal, apesar de entender a gravidade, coloca a garota não
apenas como vítima, mas como uma das “provocadoras” do problema. Pensa em
punições maiores, em castração química e, também tenho medo de pensar, parece
torcer para que os supostos estupradores (supostos porque ainda não foram
condenados) sejam presos e devidamente “punidos” dentro da carceragem.
Bem. O fato é
que pra onde a gente olha, vê barbárie. Aliás, diante do que aconteceu, sequer
importa se houve ou não um consentimento. Mas quem tem a razão? Acho que
ninguém. Não tem mocinho nessa história e todas essas atrocidades me parecem o
cartão de visitas de uma sociedade que não tem mais Cristo como centro e nem a
família como base.
Sim. A família é
a raiz do problema. Não estamos falando de um crime isolado, estamos falando de
moralidade, de valores. Uma semana antes, estava vendo a mesma coisa acontecer
dentro de festas mostradas pelo “Profissão Reporter” da Rede Globo: duas garotas
de 14 anos faziam sexo com rapazes desconhecidos dentro de carros e uma delas
ainda disse que passaria a noite na casa de um deles. Onde estão as famílias
dessas pessoas? Por que permitem isso?
Não vai levar a
lugar algum fazer mais leis e aprovar punições mais duras. Quem não tem
capacidade crítica pra entender que não pode transar com menores de idade no
carro e depois levá-las pra casa, vai medir os riscos de ser flagrado pela
polícia? Aliás, que polícia? Tem polícia nesses locais? Se tem, por que nunca
se fez nada? O problema não está nas leis. Temos que olhar para as pessoas.
É um
problema de educação.
Enquanto não
restabelecermos a família como local privilegiado da educação dos filhos, mais
e mais atrocidades irão acontecer, mesmo que coloquemos todos os nossos jovens
na cadeia. Os filhos do Brasil estão sendo educados apenas para servir a
interesses ideológicos, não pra pensar ou ter valores. Ah… claro. Isso quando
tem escola.
Se estamos
falando de estupros hoje, é porque antes permitimos que violentassem nossos
valores e os corações e mentes da nossa juventude. E não é de agora não… desde
os anos 60 com sua liberação sexual, o que era transgressão virou normalidade,
o que era indecente, virou desejável. Os jovens daquela época já cresceram e muitos
formaram arremedos de família que não têm a menor condição de sustentar
qualquer tipo de educação. E continuam querendo piorar.
Mas como
é que se resolve a confusão em que mergulhamos?
Atendendo ao
chamado da Igreja para “plasmar” a sociedade. E pra isso, não podemos nos
perder em refinar as formas de punir os infratores e nem gastar tanto tempo
apenas para refutar gente tomada por ideologias. Ideologia é enchimento para
quem tem a vida vazia de significado. É como a palha para os espantalhos.
E justamente
para não ter uma sociedade apenas de espantalhos, temos que gastar toda a nossa
energia em anunciar o verdadeiro significado da vida. Aquilo que
verdadeiramente é capaz de preencher o vazio do homem: Cristo.
E só tem uma
maneira coerente de fazer isso: buscando a santificação de nós mesmos e das
nossas famílias. Porque a santidade não pode ser entendida como um prêmio
post-mortem para os mais bonzinhos. A santidade é um serviço urgente à Igreja
de Cristo. É pra agora, é pra ontem.
Se o estupro
coletivo chocou você, mova-se. Pode ser que daqui há alguns anos não nos
choquemos mais.
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O Catequista / ZENIT
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