A Frente NOS, que promove os valores da vida e
da família, conseguiu entrar nas eleições gerais argentinas de 27 de outubro,
depois de passar pelas primárias no último domingo.
Em 11 de agosto, cerca de 24 milhões de
eleitores, de um total de 32 milhões, participaram das eleições primárias
Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO).
Segundo a lei argentina, para participar das
eleições gerais de outubro, na qual o novo presidente do país e os
parlamentares serão eleitos, os partidos precisam ter pelo menos 1,5% dos votos
emitidos.
A lista 131 da Frente NOS obteve 2,63% dos
votos.
NOS é um partido que promove os valores da
família e da vida e que nasceu da Onda Celeste, movimento cidadão que impediu a
descriminalização do aborto na Argentina em agosto de 2018.
Esta frente tem como candidato presidencial o
ex-diretor das Alfândegas e do Banco Nacional, Juan José Gómez Centurión, e
como candidata à vice-presidência, a ex-deputada nacional e representante do
partido Valores para o meu País, Cynthia Hotton.
Quando as primeiras contagens foram
divulgadas, Gómez Centurión agradeceu àqueles que contribuíram “para a mudança
da Argentina. Não há outra forma de resgatar a Argentina, apenas com valores”.
"A ausência de política é a maneira mais
fácil de governar: dividir a população e enfrentá-la" em temas como a
"dívida, economia parada, falta de valores, aborto, ideologia de
gênero", refletiu Gómez Centurión sobre a crise do país.
“A única proposta que nos propõe um novo
projeto de nação somos nós (NOS). Este projeto de nação é baseado nos valores
que estão na Constituição”, acrescentou.
Da mesma forma, Centurión disse ao jornal
‘MDZol’ que “não somos invisíveis e isso está apenas começando. A Onda Celeste
chegou para ficar. É por isso que encorajo todos aqueles que compartilham esses
valores a se unirem, a entrar em contato conosco, juntos podemos fazer história
e trabalhar pelo país com o qual sonhamos".
Por outro lado, as autoridades eleitorais
informaram que, em relação à candidatura presidencial, 47,66% dos votos
favoreceram a Frente de Todos, cujos representantes são Alberto Fernández e
Cristina Fernández de Kirchner.
Desta forma, a frente da ex-presidente
Cristina Fernández superou o grupo Juntos pela Mudança, do presidente Mauricio
Macri, que obteve 32,09%.
Este resultado, não esperado de acordo com
pesquisas anteriores, afetou os mercados financeiros. Assim, o peso argentino
caiu 16,86%, enquanto o dólar aumentou 33%.
Isso agrava ainda mais a crise econômica da
Argentina, já afetada por 35% de pobreza, o maior valor desde 2008, segundo o
Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC); e 22,8% de inflação no
primeiro semestre do ano, segundo o Instituto de Estatística dos Trabalhadores
(IET) da Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho.
______________________
ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário