Apesar da insegurança, algumas famílias cristãs
começaram a voltar à área oriental de Mosul (Iraque), recuperada recentemente
das mãos do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), contra o qual o exército
iraquiano, as forças curdas e a coalizão internacional liderada pelos Estados
Unidos continuam lutando.
Segundo
informou hoje a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), “cerca de três
famílias armênias já voltaram para suas casas nessas áreas resgatadas
recentemente”.
Por sua vez, a agência vaticana Fides informou no dia 7 de
fevereiro, que o Bispo sírio-ortodoxo de Mossul, Mar Nicodemo Daoud Matti
Sharaf, visitou a Igreja Ortodoxa de Santo Efrem, que durante a ocupação foi
usada pelos terroristas como sede do Conselho de Estado dos Mujahidin e,
posteriormente, convertida em uma mesquita.
Segundo
testemunhos, a igreja foi danificada e ainda dá para ver os símbolos do ISIS. O
templo foi ocupado em julho de 2014 e os extremistas muçulmanos arrancaram a
cruz que estava na cúpula.
No último dia 9 de setembro, durante ataques aéreos da coalizão,
foram danificados alguns edifícios localizados perto da igreja de Santo Efrem e
a sírio-católica dedicada a São Paulo, que também está localizada nos “bairros
da polícia”.
Mosul – localizada no nordeste do Iraque – foi invadida pelo
Estado Islâmico em junho de 2014 e alguns dias depois obrigaram dezenas de
milhares de cristãos a abandonar a cidade sob pena de morte se não se
convertessem ao Islã ou aceitassem pagar o imposto de submissão. Também
expulsaram milhares da minoria religiosa yazidi.
Milhares de cristãos tiveram que cruzar o deserto até chegar a
Erbil, capital do Curdistão iraquiano, onde permaneceram em barracas como
refugiados. Alguns dias depois, juntaram-se a dezenas de milhares de cristãos
que estavam exilados de Qaraqosh, cidade invadida pelo grupo terrorista.
Entretanto, após de dois anos, em outubro de 2016, começou a
ofensiva do governo iraquiano com as forças curdas e a coligação internacional
para retomar Mosul. Depois de alguns meses de combates, entraram na cidade em
janeiro deste ano.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, cerca de 30 mil
pessoas voltaram para os bairros no leste de Mosul. No entanto, calcula-se que
aproximadamente 750.000 pessoas ainda estão sob o controle do ISIS na zona
oeste.
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ACI Digital
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