Domingo passado (20), fui pregar num encontro vocacional. No momento das dúvidas, um jovem se levantou e perguntou sobre a minha batina. O que disse para ele, digo para todos:
Eu uso a batina porque desejo ser reconhecido como Padre.
Uso porque quero lembrar a este mundo descrente que ainda
existem jovens querendo se consagrar a Deus por inteiro.
Isso não me faz ser mais santo que os outros.
Não me faz ser mais
padre que os outros.
Pelo contrário: há padres que nunca vestiram uma batina e que rezam mais do que eu, são mais piedosos e mais fiéis do que eu.
Também conheci padres
que usam a batina, que vestem todos aqueles paramentos antigos, mas não são tão
santos assim...
Algumas pessoas me dizem que não suportariam o calor, mas a realidade é que, quando gostamos de algo, todo sacrifício é válido.
O tecido não me santifica. Apenas me faz lembrar a todo instante da minha condição. Assim como não podemos julgar um livro pela capa, não julgarei um padre pela sua veste. Seria tolice da minha parte.
No entanto, eu gosto de ser Padre, e por isso vou ao mercado, ao restaurante, ao barbeiro, a qualquer lugar com minha batina. Uns olham e dão risada. Outros olham e pedem a benção. Eu sigo meu caminho!
Padre Gabriel Vila Verde
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