A Catedral de St
Colman’s em Cork não permitirá a Ken Curtin ler a Bíblia durante o serviço
religioso porque ele é membro do partido Social Democrata, que apoia o aborto e
repele a Oitava Emenda, que assegura proteção legal para mulheres e crianças
não nascidas.
Pe. John McCarthy disse a Curtin que ele seria dispensado como leitor da
Missa devido a sua luta contra uma emenda pró-vida.
“[Pe. John] disse que devido às minhas posições pessoais, e enquanto fosse
um membro do partido que apoia algo contra a crença da Igreja, eu não poderia
mais ser um leitor”, disse Curtin, que perdeu a disputa pelo seu partido em
Cork East durante as eleições.
Comentando depois de um encontro com o Bispo Crean, o Sr. Curtin disse que
ele “teve uma boa audiência” e o bispo “escutou meu ponto de vista e expressou
algumas opiniões próprias”.
Numa declaração, a
Diocese de Cloyne disse que “uma reunião frutífera e cordial foi realizada
entre o Bispo Crean e Ken Curtin”, descrevendo o encontro como de “natureza
pastoral”. Uma reunião envolvendo Pe. McCarthy seria realizada no futuro.
Depois de ter se encontrado com o bispo, Curtin disse que sentiu do Bispo
Crean “que ele expressou a visão de que a pertença de uma pessoa a um partido
político não deve ser motivo suficiente para excluí-la de ter uma função dentro
da Igreja”.
“No entanto, ele afirmou acreditar que a visão de uma pessoa que repele a
Oitava Emenda é uma questão diferente e ele teria um problema com alguém que
sustenta uma visão contrária à da Igreja, rejeitando a Oitava Emenda e
continuando no papel de leitor”.
Em 2013, uma carta enviada pelo Papa Francisco aos bispos da Argentina tem
sido citada pelos grupos católicos pró-vida, pois os encoraja dizendo que
políticos pró-aborto não deveriam ser admitidos para a comunhão na Igreja
Católica. Na carta, o Papa Francisco se dirige aos bispos da Argentina dizendo
para que governem a Igreja seguindo os Documentos de Aparecida.
O texto diz: “[pessoas] não podem receber a Santa Comunhão e ao mesmo
tempo agirem e falarem contra os mandamentos, especialmente quando no caso de
apoiarem o aborto, eutanásia, e outros graves crimes contra a vida e a família.
Esta responsabilidade pesa particularmente sobre os legisladores, líderes do
governo e profissionais de saúde.” “Estas são as orientações que
precisamos para este momento histórico”, escreve o Papa aos bispos.
Judie Brown,
presidente da American Life League (em tradução livre: Liga Americana Pela Vida), um grupo pró-vida
norte-americano, e Michael Hichborn, diretor do Defend the Faith for American
Life League (em tradução livre: Defensores da Fé da Liga Americana Pela Vida),
enviaram uma carta para todos os bispos americanos alertando sobre o que o Papa
Francisco escreveu. “Estamos reafirmando nossa alegria pela eleição do
Papa Francisco. Uma das razões da nossa alegria é que o Santo Padre reiterou os
ensinamentos católicos como anunciado no cânon 915”. A carta diz:
“Oramos para que estas palavras sejam um encorajamento para vocês também
pois assim como na Argentina, os Estados Unidos partilham o fato de que alguns
católicos em sua vida pública persistem em apoiar o aborto enquanto, ao mesmo
tempo, recebem Cristo no sacramento da Santa Eucaristia,” e continua. “Nós
escrevemos para pedir-lhes, em vista dos acontecimentos recentes, que ajam de
acordo com o que foi dito pelo Papa Francisco e neguem o Santo Sacramento de
Cristo, realmente presente em seu corpo, sangue, alma e divindade para todo o
católico que em sua vida pública não se arrepender de apoiar o crime hediondo
do aborto”.
O problema da comunhão foi acentuado quando, apesar da sua visão
pró-aborto, o Vice Presidente Joe Biden e a líder Democrata Nancy Pelosi
comungaram na Missa de posse do Papa Francisco. O escritório de Biden confirmou
ao Washington Times que ele tinha recebido a comunhão e repórteres na Casa
Branca nos relatórios presidenciais confirmaram por e-mail para o LifeNews que
Pelosi tinha comungado também. O Papa Francisco não ministrou o sacramento.
Pe Frank Pavone
disse ao LifeNews que ele se opõe ao fato dos políticos pró-aborto receberem a
comunhão visto que suas visões pró-aborto estão fora dos ensinamentos da Igreja
Católica.
O líder dos Padres pela Vida relembra que “na Missa em que nosso novo Papa
enfatizou o dever que os funcionários públicos – e todos nós – têm de proteger
os mais fracos, Joe Biden e Nancy Pelosi tiveram a audácia de receber a
Comunhão enquanto publicamente renunciam a sua responsabilidade de proteger os
mais frágeis entre nós”.
“Alguns líderes da Igreja equivocadamente pensam que estamos tentando usar
a Eucaristia como uma ‘arma’. Na verdade, estamos defendendo a Eucaristia de
ser usada como arma política. Esses políticos não têm nenhum respeito pelo que
a Eucaristia significa: uma integral, consistente união com Cristo e com todos
os nossos irmãos e irmãs. Receber Cristo enquanto rejeitam o não nascido é como
dar um tapa na cara de ambos”, ele adicionou.
______________________
Front Católico/ LifeNews
Nenhum comentário:
Postar um comentário