Caro
Amigo, leia, para sua informação, estas notícias sobre Einstein, um dos mais
brilhantes cientistas do século XX!
Logo
de saída, uma coisa deve ser clara: é uma ilusão pensar que os cientistas
possam falar de Deus ou contra Deus com mais autoridade que outras pessoas.
É
importante entender de vez que a ciência tem algo a dizer sobre este mundo e
seus fenômenos, mas claudica ao querer interpretar o sentido do mundo e, pior
ainda, falar sobre o Transcendente. Aí ela ultrapassa a sua competência e diz
bobagens, pois fala do que não lhe compete e sobre o que não tem competência
alguma, traindo seu próprio método e seu próprio objetivo! Simplesmente, o
Transcendente foge do campo visual das ciências, não é seu objeto!
Que um cientista seja ateu, agnóstico ou crente, em nada influi na questão da existência de Deus: ele não crê como cientista, mas como pessoa, ser humano, com sua história, conceitos e preconceitos, emoções e motivos conscientes e inconscientes... Ele não tem informação alguma a mais sobre a questão de Deus do que o resto da humanidade!
Einstein
acreditava num Deus que dá ordem e harmonia ao universo. Sempre rejeitou ser
ateu, inclusive refutou ser panteísta. Para ele, Deus não está no universo, mas
por trás dele. No entanto, nunca aceitou que Deus fosse um Ser pessoal e muito
menos que interviesse no mundo, alterando as leis naturais. Einstein não
acreditava que Deus tivesse vontade livre, porém não acreditava também que os
homens fossem livres...
Ao
longo de sua vida, Einstein sempre refutou a acusação de ser ateu: “Tem gente
que afirma que Deus não existe. Contudo, o que realmente me aborrece é que me
citam para apoiar seu ponto de vista. O que me separa da maioria desses que se
chamam ateus é um sentimento de radical humildade em relação aos segredos
inalcançáveis da harmonia do cosmos”.
“Os
ateus fanáticos são como escravos que ainda sentem o peso das correntes que
jogaram fora depois de um duro esforço. São criaturas que, em sua luta contra a
religião tradicional como ópio do povo, não conseguem escutar a música do
universo”.
Outro
aspecto que separa Einstein de alguns ateus modernos e grosseiros é que ele
reconhece os feitos históricos da Igreja, especialmente os que ele próprio
viveu. Assim, em 23 de dezembro de 1949 ele declarava à revista Time sobre a
facilidade com a qual a Alemanha adotou a cultura nazista: “Quando aconteceu a
revolução na Alemanha, olhei com confiança para as universidades, pois sabia
que sempre se orgulharam por sua devoção à causa da verdade. Porém as
universidades foram amordaçadas. Então confiei nos grandes editores dos diários
que proclamavam seu amor pela liberdade. Porém, como as universidades, também
eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja
permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que
pretendiam suprimir a verdade. Antes, eu nunca havia experimentado um
particular interesse pela Igreja; porém agora sinto por ela um grande afeto e
admiração, porque a Igreja foi a única que teve a coragem e a constância para
defender a verdade intelectual e a liberdade moral”.
Dom Henrique Soares da Costa
Bispo de Palmares, PE
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