Nesta 2ª. feira (19 de dezembro), mais um atentado
perpetrado pelo terrorismo islâmico na Europa. Desta vez em Berlin (Alemanha).
Um enorme caminhão Scania dirigido por um maometano invadiu uma feira de Natal
da cidade atropelando dezenas de pessoas, deixando, segundo informações da CNN,
pelo menos 12 mortos e mais de 50 feridos — algumas vítimas ficaram esmagadas
debaixo do veículo. Ataque terrorista que nos faz lembrar daquele ocorrido
em Nice (França) em 14 de julho passado.
Em Berlin, primeiramente, o caminhão derrubou uma árvore de Natal e
acelerou atropelando as pessoas próximas as encantadoras barracas natalinas,
muito frequentadas nesta época do ano. Nessas feiras de Natal os visitantes
compram chocolates, decorações natalinas, brinquedos para as crianças, enquanto
tomam um vinho quente ou saboreiam diversas iguarias que os alemães fazem para
celebrar o Natal.
A esse propósito, pareceu-nos oportuno publicar neste site uma
entrevista com Benno Hofschulte, do TFP-Bureau em Frankfurt. Ela foi estampada
na revista Catolicismo deste mês e revela como, no continente europeu, o governo
alemão foi o que mais abriu suas fronteiras para a entrada de imigrantes
maometanos, inclusive militantes do “Estado Islâmico”, que aproveitam de tal
abertura para se introduzirem na Europa, onde arregimentam novos adeptos para perpetrar
delitos de toda ordem e mesmo atentados terroristas — como este na capital
alemã…
EUROPA: INVASÃO ISLÂMICA
Há mais de um ano, quando se difundiu a notícia de que a Alemanha havia
aberto suas fronteiras para dar entrada a fugitivos da guerra na Siria,
habitantes de outros países de religião maometana, aproveitando-se dessa
abertura, acorreram em massa para a Alemanha, numa verdadeira invasão de
imigrantes.
A ocasião foi especialmente aproveitada
pelo Estado Islâmico (ISIS) para introduzir seus agentes na Europa e, assim,
cumprir sua agenda de subversão da ordem social por meio de atentados e crimes
comuns.
De fato, estes últimos são os que mais
causam medo à população europeia, pois a priva da certeza de levar uma vida
normal nas ruas e praças públicas, nos centros comerciais, nos transportes
urbanos etc. Em algumas cidades, a própria polícia já não consegue intervir
para manter a ordem, pois tais refugiados avançam em grupos e, muitas vezes,
utilizam de violência contra os agentes da ordem, servindo-se como arma de
qualquer objeto que encontrem pelas ruas.
Para atualizar os leitores de Catolicismo sobre graves problemas, decorrentes
dessa invasão islâmica na Europa, entrevistamos o Sr. Benno Hofschulte, do TFP-Bureau em Frankfurt. Na Alemanha desde 1983,
ele representa TFPs (Tradição, Família e Propriedade) de vários países. Ele é
também diretor da Deutsche Vereinigung
für eine Christliche Kultur (Associação
Alemã por uma Civilização Cristã), em
cujo âmbito dirige o movimento anti-abortista Aktion
SOS LEBEN (Ação SOS VIDA).
Através de visitas pessoais, reuniões,
conferências e contatos com movimentos afins, Benno Hofschulte vem promovendo a
difusão dos ideais da civilização cristã, hoje tão golpeada pela decadência
geral dos costumes e por culturas estranhas e até mesmo contrárias àquela sobre
a qual se construiu a Europa.
Catolicismo — Como tem sido o afluxo de refugiados na Alemanha, a grande maioria dos
quais é de religião muçulmana?
Benno Hofschulte — Há mais de
um ano, os alemães foram surpreendidos pela entrada de milhares de pessoas, que
se aproveitaram da abertura das fronteiras. O intuito primeiro e principal era
receber e dar asilo a fugitivos da guerra na Síria, que eram recebidos como
verdadeiros refugiados, em vista da situação insustentável na qual se
encontravam em seu país.
Com a decisão de se implantar a base do “Estado Islâmico” (ISIS)
na Síria, um grande número de fugitivos, talvez a maioria, era de cristãos, que
vinham sendo brutalmente perseguidos da forma mais inumana possível por
fanáticos muçulmanos. Foram esses cristãos que formaram a primeira onda de
fugitivos que procuraram a Alemanha para asilo.
Mas na medida em que ia ficando claro que a Alemanha estava
disposta a receber sem restrições qualquer refugiado, instalou-se no norte da
África uma verdadeira máfia de comércio humano. Centenas de milhares de
africanos, vindos de países nos quais certamente havia pobreza, mas onde não se
constatava em absoluto perseguição religiosa, foram atraídos com a promessa de
que encontrariam o paraíso na Europa.
Quase todos vendiam o que possuíam para financiar a travessia do
Mediterrâneo, na esperança de encontrar sustento, moradia e trabalho. Milhares
deles perderam suas vidas nos diversos naufrágios ocorridos durante a viagem,
não apenas pela precariedade das embarcações, mas também pelo excesso de
passageiros a bordo.
Contudo, nem isso provocou diminuição do número daqueles que
buscavam o “paraíso” europeu. Ora, entre esses fugitivos havia grande presença
de muçulmanos e mesmo de militantes do ISIS, que aproveitaram a onda para se
infiltrarem na Europa. Como a Alemanha era o único país que oficialmente
deixava entrar esses prófugos sem maior controle de suas fronteiras, eles
confluíram em massa para cá.
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Muçulmanos em oração. Esta cena se repete cada vez mais nas ruas da França. |
Catolicismo — Qual tem sido a reação do público alemão diante de
tudo isso?
Benno Hofschulte — Pouco a
pouco, o público alemão acabou abrindo os olhos, entendendo que havia
provavelmente nessa onda migratória outro intuito que não apenas o de ajuda humanitária,
visando acostumar a população ordeira daqui a viver porta a porta com um
cultura completamente estranha à cultura cristã sobre a qual está baseada a
civilização europeia.
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“Há um equívoco em imaginar que muçulmanos tornar-se-iam moderados e benévolos caso percebessem que os cristãos não têm animosidade contra eles, e que esse seria o verdadeiro Islã” |
Catolicismo — Que dificuldades e perigos o incremento do
elemento islâmico representa para a Igreja católica no panorama religioso
alemão?
Benno Hofschulte — Dificuldades
e perigos de fato existem, devido ao caráter fanático dos extremistas
islâmicos. Insiste-se sempre em que não se pode generalizar, de que não é por
causa de uma minoria fanática que se deve considerar o Islã uma religião
fundamentalista desejosa de impor-se pela violência.
Embora seja verdade que os muçulmanos fanáticos como os do ISIS
são minoria, cabe salientar que a ocorrência frequente de atentados cometidos
por esses fanáticos vem criando uma tendência nos alemães em atribuir ao Islã
essa característica de violência.
A Igreja insiste em favorecer o diálogo inter-religioso com o
Islã, para tentar incutir confiança nele. Há mesmo em certas paróquias cursos
de catecismo para muçulmanos que manifestam o desejo de se converterem, e
realmente tem havido verdadeiras conversões.
Mas à vista de atentados sacrílegos, como o ocorrido na França com
um sacerdote que dirigia um grupo de diálogo com muçulmanos e que foi degolado
por dois fanáticos em plena Missa, essa confiança fica extremamente abalada.
Catolicismo — Diante da queda demográfica na
Alemanha, o senhor julga acertada a política da chanceler Angela Merkel de
abrir as fronteiras para esses refugiados que poderiam representar mão-de-obra
jovem e barata?
Benno Hofschulte — Absolutamente
não.
Catolicismo — Por quê?
Benno Hofschulte — Posso
enumerar várias razões. Quanto aos que vêm do norte da África, realmente são
jovens, mas não possuem a menor qualificação para uma atividade profissional ou
mesmo amadora. Acresce-se a isso outro obstáculo não pequeno para a inserção
deles no mercado de trabalho: a falta do conhecimento da língua alemã.
Ora, uma língua estrangeira não se aprende sem estudo. O Estado
deverá arcar com os cursos de aprendizado do alemão, além de financiar tudo o
que for necessário para que eles vivam com dignidade — moradia, roupa, saúde —,
sem que haja num curto prazo compensação de trabalho produtivo da parte dos
beneficiados.
Ademais, as estatísticas provam que não é esse tipo de imigração
que resolverá o problema demográfico da Alemanha. Porque demografia não é só
uma questão de número de habitantes, mas de habitantes que produzam algo para
manter a estabilidade social e econômica de um país.
Catolicismo — Qual a posição da Hierarquia
eclesiástica diante do crescimento dos muçulmanos e de sua influência na vida
pública? Ela julga que a Fé católica está em perigo?
Benno Hofschulte — Não! De modo
nenhum ela considera que a Fé católica esteja em perigo. Reconhece, no entanto,
que o povo em geral está com medo de que a qualquer momento e em qualquer lugar
sobrevenham atentados públicos ou agressões físicas, como aquela ocorrida
algumas semanas atrás em Hamburgo, quando um jovem que passeava com uma amiga
pelas margens do lago Alster foi esfaqueado pelas costas, falecendo pouco
depois.
Esse temor público é razoável. A política da Igreja católica, no
entanto, é a equivocada opinião segundo a qual o melhor meio de combater esse
medo é entrar em diálogo com os muçulmanos, para assim conhecer de modo
autêntico a religião islâmica e o que nela existiria de verdade e santidade.
Segundo a orientação de padres e bispos, o católico deve aprender a ter
confiança, respeito e consideração pelos muçulmanos, ressaltando os lados que
temos em comum.
Faz parte desse esquema a visita de escolares alemães a mesquitas,
para lá “experimentarem” o modo de prestar culto a Alá… A meu ver, há um grande
equívoco em imaginar que os muçulmanos tornar-se-iam moderados e benévolos caso
percebessem que os cristãos não têm animosidade contra eles, e que esse seria o
verdadeiro Islã.
Catolicismo — O senhor pensa que os políticos da Aktion für Deutschland poderão apresentar soluções adequadas
aos problemas da Alemanha referentes ao islamismo?
Benno Hofschulte — De momento
eu não teria elementos para responder, uma vez que o partido é novo e seus
membros eleitos são um tanto inexperientes no exercício de cargos políticos. O
problema islâmico existe e é muito sério, mas a política não se limita apenas a
ele.
De momento a AfD está encontrando dificuldades no Parlamento
alemão, porque nenhum dos partidos constituídos ousou ainda fazer coalizão com
os políticos dessa nova agremiação que, enquanto se mantiver isolada, não terá
muita força e influência nos governos. Mesmo que apresente soluções válidas
para o problema islâmico, o partido não conta no momento com número suficiente
de cadeiras para fazer passar tais soluções.
Catolicismo — Apesar do horizonte sombrio que o
senhor descreve, vê luzes de esperança para um futuro cristão da Alemanha?
Benno Hofschulte — Com muita
frequência a mídia publica dados estatísticos de como a população germânica se
apresentará dentro de um futuro próximo. Em outubro último, por exemplo, o
diário “Die Welt” prognosticou que dentro de 20 anos os cristãos, que hoje
ainda representam uma grande maioria no país, tornar-se-ão minoria.
O vazio deixado pelos cristãos na Alemanha será preenchido por uma
sociedade multicultural e islâmica. A queda do índice de natalidade terá então
excluído uma população maior do que a da antiga Alemanha Oriental, o que
equivale à soma dos habitantes das cidades de Berlim, Hamburgo, Munique,
Colônia e Frankfurt. É como se essas cidades desaparecessem agora.
Historiadores afirmam que a queda da fertilidade de um povo está
intimamente ligada a uma massiva secularização, ou seja, a religião já não
exerce mais influência sobre a vida das pessoas. Esse processo de secularização
vem ocorrendo na Alemanha desde os anos de 1960: o número de paróquias,
batismos, casamentos religiosos, ordenações sacerdotais, conversões para o
catolicismo e frequência à Missa dominical vêm conhecendo declínio vertiginoso.
Fala-se de uma era de “novo ateísmo”, de uma “sociedade sem Deus”
que se estaria formando. A Alemanha poderia ainda ser considerada um país
cristão, mas dentro de alguns anos será mais acertado falar de um país
predominantemente ateu com minorias religiosas.
Catolicismo — Quem preencheria esse vazio deixado
pela religião?
Benno Hofschulte — Políticos e
analistas falam sem rodeios na criação de um “Islã alemão”. Não é preciso
insistir que esse quadro traz perspectivas trágicas para o cristianismo na
Alemanha. Mas não só para ela, pois todos os países da Europa encontram-se em
situação semelhante.
O que se constata é que a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima em
1917, cujo centenário ocorrerá no próximo ano, não foi tomada a sério,
sobretudo no que diz respeito às profecias referentes à apostasia das nações do
verdadeiro caminho de salvação por Ela indicado. No entanto, a Mensagem de
Fátima torna-se cada vez mais o único farol a iluminar o caminho tenebroso pelo
qual os povos e as nações enveredaram em busca do progresso técnico e do
bem-estar pessoal que acabaram não encontrando…
Nossa Senhora de Fátima é a grande esperança da instauração na
Terra de uma ordem mundial justa e santa, na qual os homens possam realizar o
fim para o qual foram criados: conhecer, amar, servir e dar glória a Deus.
Por Paulo Roberto Campos
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Agência Boa Imprensa
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