Faixas de
“Feliz Natal!” são abertamente expostas nas ruas comerciais da China comunista.
“É
um sério desafio“, de acordo com a Academia Chinesa de Ciências
Sociais, que vê no crescente interesse dos chineses pelo Natal “um novo
avanço da cristianização“.
Nas grandes
cidades, muitas lojas e ruas comerciais estão vestidas com as cores natalinas.
Há imagens de Papai Noel, árvores de Natal e canções de Natal por toda parte.
Alguns acham que tudo é uma abordagem puramente comercial; outros que é o apelo
cultural da modernidade, associada com o Ocidente.
“O frenesi
de Natal”
Entre as
entidades intelectuais mais próximas do poder central, este fascínio pelo Natal
é observado com cautela, quando não com hostilidade. O fenômeno é visto como
“contrário ao espírito de patriotismo” defendido pelos líderes chineses. Em
2014, a Academia Chinesa de Ciências Sociais chegou a publicar um livro para
detalhar os “mais sérios desafios” que estão surgindo no país e citou
explicitamente quatro:
– os ideais
democráticos exportados pelas nações ocidentais
– a hegemonia cultural ocidental
– a disseminação da informação através da internet
– a infiltração religiosa.
– a hegemonia cultural ocidental
– a disseminação da informação através da internet
– a infiltração religiosa.
Pouco
depois, um grupo de dez estudantes chineses de doutorado publicou um artigo em
que analisam o fenômeno denunciado como “frenesi do Natal” e apelam ao povo
chinês para rejeitá-lo. Segundo esses estudantes, a “febre do Natal” na China
demonstra a “perda da primazia da alma cultural chinesa” e o colapso da
“subjetividade cultural chinesa”. Eles convidam os seus compatriotas a terem
grande cuidado com o que consideram “um novo avanço da ‘cristianização’” em seu
país.
Confira
alguns destaques desse texto:
“Festa da Sagrada Natividade” nas escolas
“O pior
é que, nos jardins de infância e nas escolas primárias e secundárias, os
professores compartilham com as crianças a ‘festa da Sagrada Natividade’,
montam ‘árvores do nascimento de Jesus’, distribuem ‘presentes pelo nascimento
de Jesus’, fazem ‘cartões do nascimento de Jesus’ e, assim, imperceptivelmente,
semeiam na alma das crianças uma cultura importada e uma religião estrangeira”.
“Ausência
total de valores”
“…A
perda total de referência ética, a moralidade em decadência, a falta de
sinceridade e um nível insuficiente de cultura leva os chineses a buscarem um
porto seguro para o seu corpo e para a sua alma; a perturbação mental causada pelo
‘desencantamento’ da modernidade, junto com a ausência total de valores, tem
incentivado as pessoas a redescobrirem o sentido da vida religiosa. Além disso,
a festa de Natal é orquestrada e utilizada por fabricantes e varejistas como um
grande evento comercial com fins lucrativos”.
Enquanto isso…
Por mais
que o governo chinês e suas instituições ainda tentem sufocar o
cristianismo no país, mesmo que de modos cada vez mais “sutis”, o fato é
que os encontros com Cristo continuam cada vez mais frequentes, definitivos e
imparáveis na China.
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Aleteia com informações de Churches of Asia
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