Comecemos
por sua parte esquerda, cujas cores de fundo são mais claras (em contraste
bastante evidente com a parte direita, com cores escuras representando as
trevas, o mal e a morte).
Jesus
Cristo, vencedor da morte, surge protegendo e abençoando, abaixo dele, uma
família cristã (é de se notar os trajes modernos que vestem). Família, aliás,
numerosa (pai, mãe e seis filhos).
O
pai carrega um dos filhos (como São José, que carrega o Menino Deus, tradicional
imagem da iconografia cristã) e traz o alimento da família na mão esquerda. A
mãe embala o filho ainda bebê e alimenta uma outra criança. São figuras
tradicionais do pai e da mãe cristãos, essencial para o desenvolvimento dos
filhos.
Mãe de Deus «Galaktotrophousa» (amamentando) |
Pesonificação da «Crueldade», «Futilidade», «Indiferença» e «Luxúria» (de baixo para cima) |
Acima
da família cristã, surge a Sagrada Família de Nazaré. Maria carrega, em seu
colo, o Senhor Deus, nascido de seu puríssimo ventre. São José, por sua vez,
carrega uma criança envolta em panos brancos, símbolo, na iconografia
tradicional, da alma das crianças inocentes assassinadas.
Abaixo
da família cristã, numa imagem bastante contundente, temos a «Arrependida»,
isto é, a mãe que, tendo cometido o monstruoso crime do aborto, chora, agora, o
filho que ela própria matou. Veste-se de vermelho, o que representa o sangue
inocente por ela derramado.
Na
parte esquerda inferior, há a figura da mãe solteira. De um lado, ela pecou e
consentiu em relações pré-nupciais (talvez, seja por isto que parte de sua
vestimenta é vermelha, cor da luxúria), mas, por outro lado, manteve-se firme
frente à tentação de abortar e, agora, carrega (não sem o auxílio de Deus) a
Cruz de ser mãe sem a ajuda e o suporte de um esposo. Cruz esta que, se bem
vivida, será sua porta de entrada para o céu depois que findar sua peregrinação
terrestre.
Passemos,
agora, às trevas!
«A Mãe Solteira» - a que se manteve firme dinate da tentação de abortar e, agora, carrega (não sem o auxílio de Deus) a Cruz de ser mãe sem a ajuda e o suporte de um esposo |
O «Médico», que deveria usar seus talentos para salvar vidas, colocando-se a serviço, direto ou indireto, do aborto, estão a serviço direto de Satanás. |
Na
parte direita do ícone, vemos sentada, num trono vermelho, uma rainha, chamada
de «Nova Herodes.» É o próprio aborto personificado, que, como o Herodes o fez
outrora, promove a matança dos inocentes no mundo moderno. Ela espezinha e
massacra vários bebês e recebe ainda outros (todos em posição fetal) que as
mulheres lhe oferecem.
Estas
mulheres estão à sua frente e personificam (de baixo para cima) a crueldade, a
futilidade, a indiferença e a luxúria, sem as quais a monstruosidade do aborto
não ocorreria.
Ao
fundo, vemos um «médico». No original, a palavra é também grafada entre aspas,
pois, sob a aparência de um médico (que deveria usar seus talentos apenas para
salvar vidas), encontra-se um assassino frio, que passa uma espada no ventre de
um bebê indefeso. Se o leitor reparar bem, seu bolso está cheio de dinheiro,
pois se enriquece com a matança que ele próprio promove. Ao fundo, a imagem de
um dragão, a Antiga Serpente, o chamado Diabo ou Satanás, que, sedutor do mundo
inteiro, seduz o «médico», colocando-o ao seu serviço. Pois, todos os que se
colocam a serviço, direto ou indireto, do aborto, estão a serviço direto de
Satanás.
Que
deles (e de todos nós) o Senhor Deus tenha piedade.
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Ecclesia (enviado por Pe. Almir).
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