Como um psicólogo que trata homens de orientação homossexual, assisto com
desânimo o movimento LGBT convencer o mundo que a palavra ‘gay’ precisa de uma
revisão da compreensão da pessoa humana.
A
profissão da psicologia tem muita culpa nessa mudança. Uma vez, era geralmente
consenso que a normalidade é “aquilo que funciona de acordo com seu propósito.”
Não havia algo como “uma pessoa gay”, porque a humanidade era reconhecida como
naturalmente e fundamentalmente heterossexual. Nos meus mais de 30 anos de
prática clínica, eu pude ver como é verdade esse entendimento antropológico
inicial.
Homossexualidade
é, na minha opinião, primariamente um sintoma de trauma de gênero. Apesar de
que algumas pessoas podem ter nascido com algum condicionamento biológico
(influência de hormônios pré-natais, sensitividade emocional interna) que as
tornaria especialmente vulneráveis a este trauma, o que distingue a condição
homossexual humana é que houve uma interrupção no processo natural de identificação
masculina.
O
comportamento homossexual é uma tentativa sintomática de “reparar” a ferida
original que deixou o menino alienado de sua masculinidade inata que ele falhou
em reclamar. Isso o diferencia da heterossexualidade, que surge naturalmente no
desenvolvimento imperturbado da identidade de gênero.
O
conflito básico na maioria da homossexualidade é a seguinte: o menino –
normalmente uma criança sensível, mais inclinada que a maioria à feridas
emocionais – deseja o amor e aceitação do seu progenitor de mesmo sexo, mas
sente frustração e raiva contra ele porque esse progenitor é tido por essa
criança em especial como abusivo ou insensível. (Vale notar que essa criança
pode ter irmão que experiencia o mesmo progenitor de maneira diferente).
A
atividade homossexual pode ser uma encenação erótica desse relacionamento de
amor e ódio. Como todas as “perversões” – e eu uso esse termo não para ser
rude, mas no sentido de que o desenvolvimento homossexual “perverte”, ou
“distancia a pessoa de”, seu biologicamente apropriado objeto de ligação
erótica – o eroticismo ao mesmo sexo contém uma dimensão de hostilidade
intrínseca.
Assim,
a homossexualidade é inerentemente enraizada em conflito: conflito de aceitação
do gênero natural de uma pessoa, conflito no relacionamento pai e filho, e
geralmente, conflito em relação ao ostracismo por pares do mesmo sexo. Isso
significa que observamos o surgimento de temas de submissão/dominação
contaminando os relacionamentos homossexuais.
Para
os homens de orientação homossexual, sexualidade é uma tentativa de incorporar,
“acolher”, e “dominar” outro homem. Funciona como uma “possessão” simbólica da
outra pessoa que é geralmente mais agressiva do que carinhosa. Um cliente
descreveu sua sexualização de homens que provocam medo como “a vitória do
orgasmo”. Outro, como “analgésico orgásmico”.
Existem
algumas exceções para o modelo traumático do desenvolvimento homossexual. Temos
encontrado em nossa clínica uma outra forma de homossexualidade que é
caracterizada como apego mútuo, afetivo, normalmente observado mais comumente
em nossos clientes adolescentes e adultos imaturos. Nesse tipo de atração
homossexual não há características dependentes de hostilidade, mas de uma
qualidade romântica adolescente – um entusiasmo que tem uma manifestação
sexual. Tais ligações podem ocorrer por períodos de meses ou anos e então serem
abandonadas, para nunca mais serem retomadas, por essa fase de atração passar.
Ainda
assim, a regra geral permanece: Se uma criança é traumatizada de uma forma
particular que afeta o gênero, ele se tornará homossexual, e se não se
traumatiza essa criança dessa maneira particular, o processo natural de
desenvolvimento heterossexual se manifesta.
Muitos
homossexuais (homens) reportam abusos sexuais por parte de pessoas do mesmo
sexo durante sua infância. Molestação sexual é abuso, porque acontece
disfarçada de amor. Aqui está um relato de um cliente sobre um adolescente mais
velho que o molestou:
Eu
queria amor e atenção, e isso se misturou com o sexo. Aconteceu em uma época em
que eu realmente não tinha interesse sexual em outros meninos… Eu pensei que
ele (o abusador) era descolado. Ele nunca me dava atenção a não ser que
quisesse investir sexualmente. Quando se tornava sexual, parecia especial… Era
excitante e intenso, alguma coisa entre a gente, um segredo compartilhado. Eu
não tinha outros amigos e meu relacionamento com meu pai não ajudou. Eu estava
procurando amizade…. [mas] a intensidade da memória… Eu a odiava. Toda a coisa
é nojenta, perturbador… Essa é a raiz da minha atração pelo mesmo sexo.
Esse
cliente fez a seguinte associação: “Para receber o benefício: i.e. ‘amor’ e
‘atenção’, eu preciso aceitar a mim mesmo como vergonhoso e mau: engajar em uma
atividade que é ‘assustadora’, ‘proibida’, ‘suja’ e ‘nojenta’”.
Em
terapia, enquanto esse cliente prestava atenção nas sensações de seu corpo
durante um momento não desejado de excitação homossexual, ele descobriu que
antes de ter um sentimento homossexual, ele invariavelmente experimentava um
sentimento como o de ter sido envergonhado por outro homem. Em uma reencenação
de seu abuso na infância, o “eu envergonhado” provou-se um pré-requisito
necessário para sua excitação homossexual.
A
relação entre o abuso passado deste cliente e sua atuação homossexual atual é
um exemplo de uma compulsão de repetição. Em sua busca para encontrar amor e
aceitação, ele se enreda em repetir um comportamento autodestrutivo e
autopunitivo, através do qual ele busca inconscientemente obter a vitória final
e resolver sua ferida central. Compulsão de repetição contém 3 elementos: (1)
tentativa de autodomínio, (2) uma forma de autopunição, (3) evitar o conflito
subjacente.
Para
esses homens, a procura por realização através do eroticismo com o mesmo sexo é
estimulado pela antecipação temerosa de que sua autoafirmação masculina irá
inevitavelmente falhar e resultar em humilhação. Eles optam por uma reencenação
ritualizada com a esperança que, diferentemente de todas as ocasiões passadas,
“Dessa vez, eu definitivamente vou conseguir o que eu quero; com esse homem,
encontrarei poder masculino para mim,” e “dessa vez, o sentido cicatrizado de
vazio interior irá finalmente desaparecer.” No entanto, ele acaba de dar a mais
uma pessoa o poder de rejeitá-lo, envergonhá-lo, e fazê-lo se sentir sem valor.
Quando o cenário produtor de humilhação é repetidamente realizado, isso somente
reforça sua convicção de que ele realmente é uma vítima sem esperança e,
finalmente, indigno de amor.
Homens
gays frequentemente relatam um “tiro de adrenalina” acentuado pelo elemento do
medo bruto. Existe entre gays uma subcultura de sexo público, que festeja na
emoção de encenar em lugares como parques, banheiros públicos e paradas de
caminhões, e é eroticamente dirigido pelo medo de ser descoberto e exposto.
O
próprio ato de sodomia é intrinsecamente masoquista. Sexo anal, como uma
violação do design corporal, é insalubre e anatomicamente destrutivo,
prejudicando o reto e espalhando doença porque os tecidos retais são frágeis e
porosos. Psicologicamente, o ato humilha e degrada a dignidade e masculinidade
do homem.
Encenação
sexual compulsiva – com seu super drama e a promessa de gratificação –
mascara o caminho oculto, mais profundo e saudável de ganhar afeto autêntico.
A disfunção do mundo gay masculino é inegável.
Estudos científicos nos oferecem evidências para as tristes comparações a
seguir:
Compulsão
sexual é mais de seis vezes maior entre homens gays.
Homens
gays participam de violência interpessoal com o parceiro três vezes mais do que
heterossexuais.
Homens
gays participam das práticas sadistas em taxas muito maiores do que
heterossexuais.
A
incidência de transtornos de humor e transtornos de ansiedade é quase três
vezes maior entre homens gays.
A
síndrome do pânico é mais de quatro vezes maior do que em homens
heterossexuais.
A
bipolaridade é mais de cinco vezes maior do que em heterossexuais.
O
transtorno de conduta é quase quatro vezes maior (3,8) do que em
heterossexuais.
Agorafobia
(medo de estar em lugares públicos) é mais de seis vezes maior do que entre
homens heterossexuais.
Transtorno
obsessivo-compulsivo é mais de 7 vezes maior (7,8) do que em heterossexuais.
Autoflagelo
deliberado (suicídio) é de mais de 2 vezes (2.58) a mais de 10 vezes (10.23)
maior do que entre homens heterossexuais.
Dependência
em nicotina é cinco vezes maior do que em homens heterossexuais.
Dependência
do álcool é perto de três vezes maior do que entre homens heterossexuais.
Dependência
de outras drogas é mais de quatro vezes maior do que em homens heterossexuais
A
promiscuidade é bem ilustrada na pesquisa clássica de McWhirter e Mattison,
dois homens gays que relataram em seu livro O Casal Masculino (The Male
Couple – 1984), que de 165 relacionamentos estudados por eles, nenhum
único par foi capaz de manter fidelidade por mais de cinco anos. Os
autores – eles mesmos um casal gay – ficaram surpresos ao descobrirem que casos
extraconjugais não apenas não prejudicavam o relacionamento,
quanto eram na verdade essenciais para sua própria sobrevivência. Eles
concluem: “O único e mais importante fator que mantém casais juntos além da
marca de dez anos é a falta de possessividade que eles sentem” (p. 256).
Ao
reconhecer a dimensão de amor-ódio nas atividades homoeróticas, podemos
simpatizar com a tentativa reparadora do homossexual na resolução de seu trauma
de infância. Isso nos oferece uma janela de entendimento acerca de por que
continua a existir a profunda insatisfação na comunidade gay apesar de ganhos
sem precedentes em sua aceitação social.
Homossexualidade
não tem significância no mundo natural além de um mero sintoma, uma
consequência de eventos trágicos. De outra maneira é transcendental, uma
imaginação feita de fantasia e desejo. Mas através da ajuda das mídias sociais,
Hollywood e forças políticas (mais recentemente a administração de Obama), uma
nova definição da pessoa humana foi inventada. Este truque linguístico criou
uma invenção da imaginação, uma ilusão erótica que sequestrou a realidade. A
antropologia clássica teve sua mente transformada e um novo tipo de homem foi
inventado. Quando uma pessoa se rotula “gay”, ele se move para fora da esfera
natural e se desqualifica da completa participação no destino humano.
De
pai para filho para neto para bisneto, a semente do homem é sua semente para as
gerações. Através de seu DNA, ele vive em outras vidas. Quando implantado no
útero da mulher, sua semente produz vida humanada. Mas no sexo homossexual, a
semente do homem só pode resultar em decadência e morte.
Na
relação sexual natural, a raça humana é preservada, e o homem vive através de
gerações futuras. Mas no sexo traumatizado que viola o propósito do nosso
corpo, seu poder produtor gera morte e aniquilação. E então a sabedoria do
corpo apresenta seu contraste: Nova vida vs. decadência e morte.
Não
nos admira que vejamos tanta insatisfação no mundo homossexual; não somente por
causa da desaprovação da sociedade, mas porque o homem que vive naquele mundo,
sente a futilidade de uma identidade homossexual. Ela representa o término da
longa linha de seus ancestrais que eram antes conectados, através do tempo, no
casamento natural.
No
mundo real, uma identidade gay não faz sentido. Unicamente como sintoma, como
uma reparação erotizada da falta de afeto, a homossexualidade tem sentido.
Joseph Nicolosi
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Pergunte e Responderemos /Crisis
Magazine
Tradução: Jonatas Figueiredo e Sara
Revisão: Jonatas Figueiredo
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