sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Homilética: 3º Domingo do Tempo do Advento - Ano A: "Um convite à alegria".


Este terceiro domingo do Advento tem um tema predominante: a alegria provocada pela vinda do Senhor. Por isso, a cor rosa, que pode ser usada como um roxo atenuado. Alegrai-vos (Gaudete!) – convida-nos a liturgia, inspirando-se nas palavras do Apóstolo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4s).

Mas, pensando bem: há motivos para alegria verdadeira, profunda, responsável? Ante as lutas e fardos da vida, podemos realmente alegrar-nos? Antes as feridas e machucaduras do nosso coração, é possível uma alegria duradoura e verdadeira? Ante as desacertos e desvios do mundo, é realmente possível este gáudio a que nos convida a Igreja, com as palavras de São Paulo? E, no entanto, o convite é insistente: Alegrai-vos!

Contudo, antes do convite à alegria, ao júbilo, à exultação, permiti-me um outro convite: pensemos na vida de frente, como ela é, para cada um de nós e para os outros. Faço este convite porque somente assim nossa alegria poderá ser realista e verdadeira. Não esqueçamos que há também uma alegria boba, tola, tonta, irresponsável, que brota da superficialidade ou da ilusão… Não é dessa que falamos aqui…

Pois bem! A nossa vida – a minha, a sua! – gostaríamos que ela fosse como quiséramos, gostaríamos de controlá-la, de garantir que tudo saísse bem para nós e para os nossos, para os nossos e para todos… E, no entanto, constatamos com pesar que não temos em nossas mãos a nossa existência. Que duras as palavras de Jeremias profeta: “Eu sei, Senhor, que não pertence ao homem o seu caminho, que não é dado ao homem, que caminha, dirigir os seus passos” (10,23). O mundo não é como gostaríamos, os nossos caros não são e não vivem como esperávamos e nós mesmos tampouco vivemos a vida que sonhamos… Nosso mundo anda estressado, as pessoas sentem-se sozinhas, meio como que perdidas, ante uma crise generalizada de valores e de sentido… Que caminho seguir? Que rumo tomar? Que valores são valores realmente ou, ao invés, mera ilusão? Conservamos ou destruímos o sentido sagrado do matrimônio e da família? O Governo Lula começa a dar os primeiros passos para legalizar o assassinato de crianças no útero materno – vamos concordar? Vamos ainda votar nos deputados e senadores de Alagoas que votarem a favor desse crime pagão? Vamos reeleger esse presidente, caso ele aprove esse crime hediondo? Castidade, honestidade, respeito pela vida, moralidade, são ainda valores? A vida é, deveras, estressante… E o Senhor nos exorta: Alegrai-vos! E neste Domingo de Advento, a Igreja insiste: Alegrai-vos! Alegrai-vos no Senhor! O cristão não tem direito ao desânimo, ao desespero, ao derrotismo… Alegrai-vos! E alegrai-vos sempre! Mas, alegrai-vos no Senhor! E por quê? Porque ele está perto! Não nos deixa nunca: ele vem sempre como Emanuel – Deus conosco!

Pensemos nas palavras tão consoladoras das leituras deste hoje! São para a terra deserta do coração do mundo e para o nosso: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e cresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores! Seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus!” Que cristão, que homem ou mulher de boa vontade não lamentam a situação atual da humanidade? Quem não sente na vida a tentação de fraquejar, e a mordida do desencanto? Quem, às vezes, não pergunta onde Deus está, que parece tão distante e ausente? Escutai: “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é o vosso Deus: ele vem para vos salvar!’” É esta a esperança do santo Advento: a esperança num Deus que não nos esquece, não nos desilude, não nos deixa sozinhos… um Deus que vem ao nosso encontro no Santo Messias esperado! O profeta Isaías promete: “Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos”. E o que o profeta promete, o Senhor Jesus vem realizar: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobre são evangelizados!” Eis aqui o motivo da nossa alegria: a certeza da fé em Jesus Cristo: ele é a presença pessoal de Deus entre nós, ele é aquele que cura nossas feridas, sustenta-nos na fraqueza, enche de doce presença o nosso coração solitário! Confiemos ao Senhor o mundo, a nossa vida, os nossos problemas, as coisas que nos preocupam. Lutemos e confiemos; lutemos e enchamos o coração de esperança no Senhor! A salvação que ele trouxe haverá de se manifestar um dia: “A Vinda do Senhor esta próxima” – diz-nos São Tiago!

As grandes tentações para o cristão de hoje são a falta de entusiasmo e de esperança, um cansaço ante a paganização do mundo e a teimosia humana… A conseqüência, é a falta de uma alegria verdadeira. Procuram-se cristãos alegres, cristãos convictos, cristãos radicais! Precisam-se urgentemente de cristãos apaixonados, cristãos de verdade, cristãos que creiam no que acreditam! Afinal, somente há alegria duradoura e profunda somente quando se encontra o sentido da existência, e este sentido nos é oferecido pelo Cristo; unicamente em Cristo!

Esperemos nele: na sua palavra, no seu juízo, na sua graça! Ele não nos esqueceu, ele não está ausente do mundo e da nossa vida! Recordemos a forte exortação de São Tiago: “Ficai firmes até à Vinda do Senhor! Ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a Vinda do Senhor está próxima! Irmãos, tomai como modelo de sofrimento e firmeza os profetas que falaram em nome do Senhor!”

O Advento não somente nos prepara para a celebração da primeira vinda do Senhor no Natal, mas nos convida a reconhecer suas vindas na nossa vida e a esperar com ânsia e compromisso sua Vinda final! Caminhemos, caríssimos, na alegria de quem espera com certeza: “Alegrai-vos sempre no Senhor! O Senhor está perto!”

COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

Textos: Is 61, 1-2.10-11; 1 Tes 5, 16-24; Jo 1, 6-8.19-28

Cristo é a luz e João é a testemunha da luz. Uma vida iluminada testemunha a existência da graça. Mas, como não se percebe a graça com os sentidos, se lhe reconhece através dos efeitos: quem tem Cristo sabe qual é o sentido da sua vida e age em consequência.

Como se sabe a prudência é a virtude que visa o reto agir, é a virtude do bom governo. E todos nós precisamos governar algo, sempre: a própria vida, as decisões, a família, o trabalho, os empreendimentos etc. Precisamos, portanto, daquela reta razão, que é uma luz, que nos ajuda a fazer bem o que temos que fazer em cada momento. É bem conhecido aquele conselho de S. Bernardo de Claraval: “que o sábio nos ensine, que o santo reze por nós e que o prudente nos governe”.

No Tempo do Advento, é prudente, por exemplo, não deixar a confissão que prepara para o Natal para a última hora, pois quanto mais se aproximam as festas natalinas, mais aumentam as filas para as confissões. Como a prudência é uma luz que vai norteando, dirigindo a nossa vida para que atuemos bem em cada momento, não vamos deixar as coisas que dizem respeito à glória de Deus, ao bem da nossa alma e da dos demais para a última hora. Deus é o nosso fim, o nosso Sol, o nosso Norte; para ele e iluminados por ele somos encaminhados.

O trecho evangélico (Jo 1,6-8.19-28) diz que João Batista veio “como testemunha da luz”, isto é, como anunciador da salvação.

Se nós também, como João Batista, queremos ser-lhe testemunhas de salvação, devemos antes desejá-la como a desejaram os profetas, conhecê-la e saborear-lhe todas as riquezas; devemos, sobretudo, aprender a conhecer a fonte da qual ela nasce: Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador.

São Paulo (1Ts 5,16-22) lembra-nos precisamente a missão de bondade e de alegria confiada aos cristãos: “Irmãos, vivei sempre na alegria… Avaliai tudo, mantendo o que é bom. Afastai-vos de toda espécie de maldade”. Não são reprováveis apenas as más ações, mas também a omissão de tantas obras boas que não se concretizam por egoísmo, por frieza ou indiferença para com o próximo necessitado. Mas, para se estar sempre disposto a fazer bem a todos, é preciso viver em comunhão com Jesus, deixando-se arrastar pelos Seus sentimentos de bondade, de amor e de misericórdia. E a oração é o momento culminante desta comunhão, como afirma o Apóstolo: “Orai sem cessar” (1Ts 5,17).

A alegria do Advento e a de cada dia é porque Jesus está muito perto de nós. A alegria cristã não é uma atitude passageira de festas humanas, mas um estado permanente, de quem confia que a vida cristã é uma caminhada ao encontro do Senhor que vem. A alegria é um dos sinais da presença de Deus no coração de uma pessoa.

“Alegra-te, cheia de graça, porque o Senhor está contigo”, diz o Anjo a Maria. A causa da alegria na Virgem é a proximidade de Deus. E o Batista, ainda não nascido, saltará de alegria no seio de Isabel ante a proximidade do Messias. E o Anjo dirá aos pastores: Não temais, trago-vos uma boa nova, uma grande alegria que é para todo o povo, pois nasceu-vos hoje um salvador…” (Lc 2, 10-11). A alegria é ter Jesus, a tristeza é perdê-Lo.

Poderemos estar alegres se o Senhor estiver verdadeiramente presente na nossa vida, se não o tivermos perdido, se não tivermos os olhos turvados pela tibieza ou pela falta de generosidade. Quando, para encontrar a felicidade, se experimentam outros caminhos fora daquele que leva a Deus, no fim só se acha infelicidade e tristeza. Fora de Deus não há alegria verdadeira. Não pode havê-la. Encontrar Cristo, ou tornar a encontrá-Lo, é fonte de uma alegria profunda e sempre nova.

O cristão deve ser um homem essencialmente alegre. Mas a sua alegria não é uma alegria qualquer, é a alegria de Cristo, que traz a justiça e a paz, e que só Ele pode dar e conservar, porque o mundo não possui o seu segredo.

A alegria do mundo procede de coisas exteriores: nasce precisamente quando o homem consegue escapar de si próprio, quando olha para fora, quando consegue desviar o olhar do seu mundo interior, que produz solidão porque é olhar para o vazio. O cristão leva a alegria dentro de si, porque encontra a Deus na sua alma em Graça. Esta é a fonte da sua alegria! Não nos é difícil imaginar a Virgem Maria, nestes dias do Advento, radiante de alegria com o Filho de Deus no seu seio. A alegria do mundo é pobre e passageira. A alegria do cristão é profunda e capaz de subsistir no meio das dificuldades. É compatível com a dor, com a doença, com o fracasso e as contradições. “Eu vos darei uma alegria que ninguém vos poderá tirar” (Jo 16,22), prometeu o Senhor. Nada nem ninguém nos arrebatará essa paz gozosa, se não nos separarmos da sua fonte.

A nossa alegria deve ter um fundamento sólido. Não se pode apoiar exclusivamente em coisas passageiras: notícias agradáveis, saúde, tranquilidade, situação econômica desafogada, etc., coisas que em si são boas se não estiverem desligadas de Deus, mas que por si mesmas são insuficientes para nos proporcionarem a verdadeira alegria.

O Senhor pede que estejamos sempre alegres! Só Ele é capaz de sustentar tudo na nossa vida. Não há tristeza que Ele não possa curar: “Não temas, mas apenas crê” (Lc 8,50), diz-nos o Senhor.

Fujamos da tristeza! Uma alma triste está à mercê de muitas tentações. Quantos pecados se têm cometido à sombra da tristeza! Por outro lado, quando a alma está alegre, abre-se e é estímulo para os outros; quando está triste obscurece o ambiente e faz mal aos que tem à sua volta.

A tristeza nasce do egoísmo, de pensarmos em nós mesmos esquecendo os outros. Quem anda excessivamente preocupado consigo próprio dificilmente encontrará a alegria da abertura para Deus e para os outros. Em contrapartida, com o cumprimento alegre dos nossos deveres, podemos fazer muito bem à nossa volta, pois essa alegria leva a Deus.

A Igreja tem razão de alegra-se neste tempo do Advento por “estar revestida das vestes da salvação, envolvida com o manto da justiça”. Mas isto não é suficiente; ela deve fazer germinar a salvação diante de todos os povos “como um jardim faz germinar as sementes”; deve ser fermento de vida entre os homens. É nosso dever de cristãos. O Advento nos faz recordar e a Eucaristia nos renova a certeza, para que saibamos proclamá-la aos irmãos que estão vivendo na tristeza, “sentados à sombra da morte”.

“Dentro de pouco, de muito pouco, Aquele que vem chegará e não tardará” (Hb 10,37), e com Ele chegarão a paz e a alegria; em Jesus encontraremos o sentido da nossa vida.

Que a nossa alegria seja um testemunho muito forte de que Cristo já está no meio de nós.

PARA REFLETIR

A tradição litúrgica da Igreja chama este Terceiro Domingo do Advento de Gaudete, isto é “Alegrai-vos!” No Missal Romano, a antífona de entrada exclama: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4.5). Como expressão dessa alegria, pode-se usar no lugar do roxo, o cor-de-rosa, no tom conhecido como “rosa antigo”. É um roxo suavizado, que exprime a exultação pela aproximação do Santo Natal. Alegrai-vos! Alegremo-nos! O Senhor está perto! Está próximo o Natal; está próxima a Vinda do Senhor; está próximo de nós o Salvador nosso nos diversos momentos de nossa existência! Ele não é Deus de longe; é Deusde perto: seu nome será para sempre Emanuel, Deus-conosco!

Alegrai-vos! Há quem se alegre no pecado, há quem se alegre em futilidades, há quem, mesmo alegrando-se com coisas que valem a pena, esquece que toda alegria é passageira. Quanto a vós, caríssimos, alegrai-vos com tudo quanto é bom e louvável, mas colocai vossa maior e definitiva alegria no Senhor! Somente nele o coração repousa plenamente, somente nele encontra-se a paz que dura mesmo em meio à tribulação mais dura, somente nele o anseio mais profundo de nossa alma. Alegrai-vos! Mas seja o Senhor o fundamento da vossa alegria, a causa última da vossa exultação!

Mas, quem é esse Senhor em quem nos mandam que nos alegremos? O Batista, neste hoje, nos adverte: “No meio de vós está Aquele que vós não conheceis!” Quem é ele? Quem é este “Aquele”? João Batista, como bom mensageiro faz questão de desaparecer: “Não sou o Messias, não sou Elias (coitados dos espíritas!), não sou o Profeta anunciado por Moisés! Sou apenas a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor!’” Insistimos: quem é esse que está no nosso meio e que é preciso conhecer e reconhecer sempre de novo para ter a alegria verdadeira? Ele é o Messias, Jesus de Nazaré, o Ungido de Deus, o Enviado para trazer a salvação, a alegria e a paz para todos os pobres de todas as pobrezas do mundo. Ouçamo-lo, deixemos que ele se nos apresente: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a Boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção aos cativos e a liberdade para os que estão presos; para proclamar o tempo da graça do Senhor!” Eis, caríssimos, o Messias que esperamos, o Salvador que Deus nos concedeu. Ele, que veio em Belém, que virá no final dos tempos, ele mesmo vem a cada dia de nossa atribulada existência! – Vem, Senhor Jesus! Vem, santo Messias! Teu povo suspira por ti, tua Igreja sofrida e caminheira precisa de ti! Não nos abandones, não nos deixes sozinhos! Vem, Ungido de Deus, prometido aos nossos pais, anunciado pelos profetas, apontado pelo Batista, colocado sob a guarda do carpinteiro José, concebido e dado à luz pela Virgem Mãe! Vem, e a Mãe Igreja exclamará (e nosso coração exclamará  com ela):“Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se no meu Deus; ele me vestiu com vestes de salvação; adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas jóias!”

Caríssimos, eis a causa da nossa alegria. Nós, os cristãos, temos direito de nos alegrar, mesmo diante das tristezas do mundo; temos o dever de manter a esperança, mesmo quando as possibilidades humanas fracassam; temos a oportunidade de continuar esperando ainda quando os nossos cálculos mostrem-se errados. Porque nossa esperança e certeza não se fundam em nós nem em nossas possibilidades, mas naquele que vem, naquele que o Pai do céu nos envia, naquele que nunca conseguiremos conhecer totalmente, o Santo Messias do Pai, Jesus, nosso Deus-Salvador!

Resta-nos, então, escutar com atenção o conselho do Apóstolo: estar sempre alegre em Cristo; com os olhos fixos nele; orar sem cessar, buscando realmente ser amigo íntimo do Senhor, dando graças em todas as circunstâncias, sabendo que ele está próximo de nós, nunca longe de nossas aflições e desafios. E mais: afastarmo-nos de toda maldade, procurando viver segundo Cristo e não segundo o mundo, santificando no Senhor nosso corpo, nossa alma e nosso espírito ou, em outras palavras, nossa dimensão física, nossa vida inteligente e nossa sede de Deus, nossa saudade de Infinito.

Caríssimos, num mundo que nos despreza porque somos cristãos, numa sociedade pagã, que nos ridiculariza e nos olha com indiferença, tenhamos esta certeza: “Quem vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso!” Ele nunca nos deixará!

Que a escuta da Palavra santa do Senhor e a participação no mistério do seu Corpo e do seu Sangue nos preparem não somente para as festas que se aproximam mas, sobretudo para o Dia da Vinda do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo! Amém.

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