A Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores se reuniu no Vaticano em
Assembleia Plenária, do 6 ao 8 de fevereiro, o primeiro encontro que contou com
a presença de todos os membros.
Na conclusão da Assembleia, os membros da comissão publicaram um comunicado
no qual afirmam que "a reunião deste ano proporcionou a primeira
oportunidade para que os 17 membros da Comissão, recentemente ampliada,
estivessem presentes e compartilhassem os progressos realizados na tarefa
confiada pelo Santo Padre, ou seja, assessorar o Papa Francisco na proteção das
crianças na Igreja”.
Durante as reuniões – explicam – os membros apresentaram os informes
elaborados pelos seus grupos de trabalho de especialistas durante o ano
passado. A Comissão completou as recomendações relacionadas à sua estrutura
formal e pautaram várias propostas para a consideração do Santo Padre.
Da mesma forma, a Comissão afirma que os grupos de trabalho são uma parte
integral da estrutura de trabalho da Comissão. "Entre as sessões
plenárias, realizam pesquisas e projetos nas áreas que são fundamentais para a
missão de fazer da Igreja uma “casa segura” para as crianças, adolescentes e
adultos vulneráveis". Entre elas, especificam "o cuidado pastoral às
vítimas e seus familiares, educação, diretrizes de boas práticas, a formação
para o sacerdócio e para a vida religiosa, normas eclesiais e civis que regem
as acusações de abuso e a assunção de responsabilidade das pessoas que têm
postos chaves dentro da Igreja na hora de enfrentar acusações de abuso”.
Por outro lado, a Comissão indica no seu comunicado que são muito conscientes
“de que a questão da assunção de responsabilidade é de extrema
importância."
Além disso, os membros concordaram em uma proposta inicial para submeter
à consideração do papa Francisco. E acrescentam que "a Comissão está
desenvolvendo projetos que garantam a assunção de responsabilidade de todos os
que na Igreja – clero, religiosos e leigos – trabalham com menores de idade”.
Portanto, afirmam que "uma forma de garantir que se assuma a
responsabilidade é elevar o grau de sensibilização e compreensão a todos os
níveis da Igreja com relação à gravidade e urgência na aplicação dos
procedimentos corretos para a salvaguarda”. Com esta finalidade, “a Comissão
concordou também dar seminários para educar os responsáveis eclesiásticos no
âmbito da proteção dos menores”.
A Comissão "espera poder colaborar com as igrejas locais colocando à
disposição delas a sua experiência para garantir as melhores práticas nas
diretrizes para a proteção dos menores”, diz o comunicado.
Por fim, e como já foi anunciado na coletiva de imprensa do 7 de Julho do
ano passado, estão preparando materiais para uma Jornada de oração por todos
aqueles que foram vítimas de abuso sexual. Isso – explicam – evidenciará a
nossa responsabilidade de trabalhar para a cura espiritual e também contribuirá
para sensibilizar mais a comunidade católica sobre o flagelo do abuso infantil.
A Comissão está formada pelo cardeal Sean O'Malley, OFM Cap. (EUA),
Presidente; Mons. Robert Oliver (EUA), Secretário; Ver. Luis Manuel Ali Herrera
(Colômbia); Catherine Bonnet (França); Marie Collins (Irlanda); Gabriel
Dy-Liacco (Filipinas); Sheila Hollins (Inglaterra); Bill Kilgallon (Nova
Zelândia); Sr. Kayula Lesa, MSC (Zâmbia); Sr. Hermenegildo Makoro, CPS
(Zimbabwe); Kathleen McCormack (Austrália); Claudio Papale (Itália); Peter
Saunders (Inglaterra); Hanna Suchocka (Polônia); Krysten Winter-Green (Estados
Unidos); Rev. Humberto Miguel Yanez, SJ (Argentina) e Rev. Hans Zollne, SJ
(Alemanha).
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ZENIT
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