quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Mensagem do Papa para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 54º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(7 de maio de 2017 - IV Domingo da Páscoa)

Tema: «Impelidos pelo Espírito para a missão»

Amados irmãos e irmãs!

Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.

Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium,21).

Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.

Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).

Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóforo» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. Francisco, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. Francisco, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).

Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27). 

STF derruba ação penal contra padre Jonas Abib autor de livro crítico ao espiritismo


O Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu nesta terça-feira (29) uma ação penal movida pelo Ministério Público contra o padre Jonas Abib por suposto crime de discriminação religiosa. Ele era acusado por trechos de um livro com críticas ao espiritismo, à umbanda e ao candomblé.

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma da Corte entendeu que a obra, intitulada "Sim, Sim, Não, Não – Reflexões de Cura e Libertação", está protegida pela liberdade religiosa e de expressão. Apesar de criticarem trechos da obra, os ministros consideraram que não caberia uma punição.

No livro, Abib diz que, se no passado o demônio "se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde nos rituais e nas práticas do espiritismo, da umbanda, do candomblé e de outras formas de espiritismo". Além disso, diz que pais e mães-de-santo são "vítimas" e "instrumentalizados por Satanás". "A doutrina espírita é maligna, vem do maligno", diz a obra.

"O espiritismo é como uma epidemia e como tal deve ser combatido: é um foco de morte. O espiritismo precisa ser desterrado da nossa vida. Não é possível ser cristão e ser espírita. [...]. Limpe-se totalmente!", diz Abib noutra parte.

O padre ainda recomenda aos católicos queimar e se desfazer de livros espíritas, bem como de imagens de Iemanjá, apresentados como "maldição" para a pessoa e sua família. 

Catraca Livre e Netshoes causam revolta de internautas por cobertura asquerosa da tragédia com o Chapecoense


Nesta terça-feira (29), o país acordou com a notícia de que o avião que levava a equipe do Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu e deixou 76 mortos. Entre as vítimas, estavam jogadores, tripulantes, jornalistas e narradores. Nas redes sociais, internautas de todo o país usaram hashtags como #ForcaChapecoense para expressar suas homenagens e luto.

No entanto, foi um dia em que os fãs de futebol e usuários em geral também expressaram sua indignação contra dois grandes sites que teriam se aproveitado do momento de comoção nacional para lucrar e ganhar clicks. A loja Netshoes e o site de notícias Catraca Livre foram alvo de duras críticas e tiveram que se retratar através de comunicados oficiais.


Netshoes

A comerciante de artigos esportivos foi criticada quando capturas de telas foram divulgadas nas redes sociais, mostrando um aumento no preço da camisa do Chapecoense em sua loja online.


Com uma diferença de preços absurda, que subiram de R$ 129,90 para R$ 249,90, as imagens viralizaram e a Netshoes foi questionada e não escapou de xingamentos.


Com a repercussão, a empresa resolveu se pronunciar e comunicou que o valor havia sido reduzido para R$ 129,90 por ocasião da Black Friday, e que o preço original era o de R$ 249,00.

 "Em virtude da Black Firday, a camisa da Chapecoense estava com preço promocional e, na manhã de hoje, teve suas últimas unidades vendidas (camisa II) por R$ 159,00. Com o esgotamento do produto, por uma programação de sistema, o valor retornou ao preço original R$ 249,00, junto com o alerta de indisponibilidade do produtos.

Além disso, a Netshoes acrescentou que está sem estoque do produto. Ainda assim, a nota dividiu opiniões, pois alguns usuários comentaram a “coincidência” sem acreditar na explicação da empresa. 

Papa: "Misericórdia é saber rezar uns pelos outros".


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016



Concluímos hoje o ciclo de catequeses dedicado ao tema da misericórdia, com a análise de duas obras de misericórdia: uma espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos, e outra corporal, enterrar os mortos. A primeira vista, esta última pode parecer estranha, mas pensemos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, onde enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento, outras vezes exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz. Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. Por fim, não podemos esquecer de rezar pelos vivos, nossos companheiros nas provas da vida. Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelo outros. 

STF dá golpe e diz: “Aborto até o terceiro mês não é crime”.


A maioria da primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou o entendimento, nesta terça-feira (29), de que praticar aborto até o terceiro mês de gestação não é crime. Votaram favoráveis a este entendimento os Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin.

O golpe do Supremo no judiciário se deu ao julgar um habeas corpus da prisão preventiva de cinco pessoas que trabalhavam numa clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias (RJ).

A decisão é tal sorte sórdida que pode ser considerada um marco na descriminalização do aborto no Brasil, desde que no início da gravidez.

O ministro legislador Gilberto Barroso deu seu voto favorável indicando a autonomia da mulher, a sua integridade física e psíquica, seus direitos sexuais e reprodutivos e a igualdade de gênero. “Na medida em que é a mulher que suporta o ônus integral da gravidez, e que o homem não engravida, somente haverá igualdade plena se a ela for reconhecido o direito de decidir acerca da sua manutenção ou não”, escreveu o ministro sobre o direito à igualdade de gênero. A toda essa cartilha de esquerda, Barroso anexa que a criminalização do aborto causa uma discriminação contra as mulheres pobres, que não podem recorrer a um procedimento médico público e seguro, enquanto as que têm condições pagam clínicas particulares.

Foram omissos à questão do aborto Marco Aurélio e Luiz Fux. Ambos assistiram o manifesto ideológico do relator sem nada dizer. Contudo, dando o assentimento ao assassinato ao revogar as prisões preventivas, com base apenas na ausência dos requisitos legais para mantê-las. 

Encontramos o Messias


André, tendo permanecido com Jesus e aprendido com ele muitas coisas, não escondeu o tesouro só para si mas correu depressa à procura de seu irmão, para fazê-lo participar da sua descoberta. Repara o que lhe disse: Encontramos o Messias (que quer dizer Cristo) (Jo 1,41). Vede como logo revela o que aprendera em pouco tempo! Demonstra assim o valor do Mestre que o persuadira, bem como a aplicação e o zelo daqueles que, desde o princípio, já estavam atentos. Esta expressão, com efeito, é de quem deseja intensamente a sua vinda, espera aquele que deveria vir do céu, exulta de alegria quando ele se manifestou, e se apresa em comunicar aos outros a grande notícia.

Repara também a docilidade e a prontidão de espírito de Pedro. Acorre imediatamente. E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), afirma o Evangelho. Mas ninguém condene a facilidade com que, não sem muita reflexão, aceitou a notícia. É provável que o irmão lhe tenha falado pormenorizadamente mais coisas. Na verdade, os evangelistas sempre narram muitas coisas resumidamente, por razões de brevidade. Aliás, não afirma que acreditou logo, mas: E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), e a ele o confiou para que aprendesse com Jesus todas as coisas.Estava ali, também, outro discípulo que viera com os mesmos sentimentos.

Se João Batista, quando afirma: Eis o Cordeiro e batiza no Espírito Santo (cf. Jo 1,29.33), deixou mais clara, sobre esta questão, a doutrina que seria dada pelo Cristo, muito mais fez André. Pois, não se julgando capaz de explicar tudo, conduziu o irmão à própria fonte da luz, tão contente e pressuroso, que não duvidou sequer um momento.




Das Homilias sobre o Evangelho de João, de São João Crisóstomo, bispo (Hom. 19,1: PG 59,120-121)             (Séc.IV)

A grande diferença que uma pequena imagem do Sagrado Coração pode fazer


Quando minha esposa e eu fomos acolhidos na Igreja Católica, há cinco anos, recebemos um presente: um retrato emoldurado de Jesus. Nele, Jesus segura a mão direita para cima, como se dando uma bênção, e sobre o peito o seu coração está exposto para todo mundo ver. Na época, eu gostei da imagem e apreciei o presente. Desde então, mudamos algumas vezes, e eu sempre pendurei a imagem em um lugar de destaque na parede, porque, para nós, é reconfortante. Ele ajuda a tornar a casa um lar e nos lembra que Deus está cuidando de nossa família.

Mas eu nunca percebi o quão especial verdadeiramente era esta imagem até recentemente. Esta imagem particular, muitas vezes referida como O Sagrado Coração de Jesus, pendurada também nas paredes de inúmeras outras casas. Uma amiga, Christine, diz da imagem: “Eu muitas vezes rezo diante da imagem, sentindo que Ele está conosco”. Nesta época do ano, quando os cristãos fazem uma pausa para lembrar o Sagrado Coração, gostaria de saber se outros também estão tirando um momento para olhar suas imagens e sentir que Deus está olhando por eles.


O Sagrado Coração é popular por causa de uma mulher chamada Margarida Maria Alacoque, que, no ano de 1673, teve uma visão de Jesus em que ela descansou a cabeça em seu coração. Ele lhe disse: “Eis o Coração que tem amado tanto as pessoas a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor”. Quando eu aprendi sobre a origem da imagem e entendi que o coração de Jesus representa o seu amor, tornou-se ainda mais significativo. Aqui está uma imagem do Deus que me ama tanto, que está disposto a morrer para que eu pudesse viver, e que está conosco até mesmo em nossas casas.

Jesus também deu a Margarida Maria Alacoque 12 promessas. Um delas me chamou a atenção: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”Nossa casa é um hospício. Ontem à noite, sozinho, nosso filho menor pegou água do vaso sanitário e derramou por toda parte, as duas filhas mais velhas pegaram um fósforo gritando que colocariam fogo em uma escova de plástico; e os dois meninos exigiam que eu os ensinasse “habilidades com canivetes”. 

Santo André, Apóstolo


Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.

Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”

Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo.

Aparece no episódio da multiplicação dos pães, onde depois da resposta de Felipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes (Jo 6,8-9). 

André participou da vida pública de Jesus, estava presente na Última Ceia, viu o Cristo Ressussitado, testemunhou a Ascenção e estava presente em Pentecostes. 

Conta-nos a Tradição que depois de receber a Efusão do Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.

Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio:“Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.


Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X". Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

Ó Deus, que a vossa Igreja exulte sempre no constante louvor do Apóstolo Santo André, para que, sustentada por sua doutrina e intercessão, seja fiel a seus ensinamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Santo André Apóstolo, rogai por nós!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Papa e CNBB prestam solidariedade às famílias dos envolvidos em tragédia na Colômbia


Após a tragédia do avião que caiu na Colômbia nesta madrugada, no qual morreram mais de 70 pessoas, o Papa Francisco expressou seu profundo pesar, assim como sua proximidade e orações pelas vítimas e seus entes queridos.

No avião, que ia de Santa Cruz (Bolívia), viajava a equipe brasileira da Chapecoense, que ia disputar a final da Copa Sul-Americana na quarta-feira com o Atlético Nacional de Medellín. Também viajavam 21 jornalistas.

O avião caiu por volta das perto do município La Unión, em Atioquia, quando se registrava um clima complicado, segundo informou a Aeronáutica Civil da Colômbia.

Em uma mensagem enviada ao Bispo de Sonsón Rionegro, Dom Fidel León Cadavid, através da Secretaria de Estado do Vaticano, assinala-se que “o santo Padre, profundamente triste ao saber da dolorosa notícia do grave acidente aéreo que ocasionou inúmeras vítimas, eleva orações pelo eterno descanso dos falecidos”.

Do mesmo modo, roga a vossa excelência que transmita o sentido pêsame de Sua Santidade aos familiares e a quantos choram tão sensível perda, junto com expressões de afeto, solidariedade e consolo aos feridos e atingidos pelo trágico ocorrido”, acrescenta.

Por sua parte, o Bispo de Sonsón Rionegro também divulgou um comunicado no qual lamenta a morte das mais de 70 pessoas no acidente aéreo.

“Expressamos nosso mais profundo sentimento de dor às famílias das pessoas que perderam a vida neste acidente fatal; animamos os sobreviventes e todos os esportistas do mundo a seguir, como disse o Papa Francisco, na construção de um mundo mais fraterno e solidário através do esporte”, assinala o comunicado do Bispo.

O Prelado expressou votos de que “Deus abençoe e acompanhe as famílias dos defuntos e lhe dê o consolo nesta situação difícil; aos sobreviventes e a todos os que fazem parte desta família desportiva, fortaleça neste momento de dor e pronta recuperação. A todos nos abençoe o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou carta ao bispo da diocese de Chapecó, dom Odelir José Magri. O texto é assinado pelo secretário geral da entidade, dom Leonardo Steiner.

Na carta, a entidade manifesta pesar a todas as famílias e comunidades da diocese. Além disso, presta solidariedade e oferece preces aos familiares e amigos das vítimas. “Recomendamos a vida dos falecidos à misericórdia de Deus”, lê-se em um trecho. 

Confira, abaixo, a carta na íntegra: 

A onda de secularização que assola os países da América Latina


O aborto, o casamento gay e os ataques à liberdade religiosa são realidades que o Uruguai, Chile e Argentina têm em comum e que desafiam diretamente a família e o direito inalienável à vida de toda pessoa. O Grupo ACI conversou com alguns representantes da sociedade civil para conhecer esta realidade mais de perto e propor alternativas a respeito.

Uruguai: Aborto e ausência de Deus

No Uruguai, o aborto está despenalizado até as 12 semanas de gravidez e, segundo cifras de 2015 do Ministério de Saúde Pública, são praticados aproximadamente 780 abortos por mês.

A ideologia de gênero teve mais força em 2013, quando o Uruguai se tornou o segundo país na América Latina a autorizar o casamento gay e, em 2014, com a Guia “Educação e Diversidade Sexual”, na qual incentivam a população a “sair do armário”, “desconstruir o modelo tradicional de família e favorecer a construção de novos modelos”.

Além disso, o Estado vive um profundo processo de secularização há mais de 100 anos, o qual constitui um desafio para os católicos que procuram manifestar a sua fé na esfera pública.

Um exemplo disso é a solicitação da Igreja em Montevidéu para instalar uma imagem da Virgem Maria em um lugar público, algo que causou reclamações de algumas pessoas que asseguram que afetará a laicidade do país.

Frente a este panorama, a secretária executiva da Comissão Nacional para a Pastoral Familiar e a Vida do Episcopado do Uruguai, Gabriela López, advertiu sobre as “correntes ideológicas, educativas e pressões internacionais muito fortes sobre nossos países para que tomemos determinadas formas, programas e metas, que muitas vezes são contra o que a Igreja propõe”.

“Todos estes anti-valores propostos pelo Estado evidentemente geram uma quebra e, quando a Igreja começa a dizer estas coisas, pedem para que fique calada e volta à esfera privada”, disse ao Grupo ACI.

“Hoje não há laicidade, mas laicismo. A laicidade respeitava todas as crenças, mas hoje é a absoluta ausência de religião e, além do mais, eu diria que é até anticlerical”, afirmou López.

Apesar disso, “vem sendo criado a nível social um movimento, não só católico, que vê que isto não nos convém e tentamos levar avante esta sociedade de uma maneira distinta, educando em virtudes, em valores, promovendo outros critérios, como o papel irrenunciável dos pais como os primeiros educadores”, observou. 

“Guardem a minha aliança”: o arrepiante pedido do sobrevivente Alan Ruschel.


O lateral-esquerdo da Chapecoense Alan Ruschel, um dos cinco sobreviventes da tragédia com o avião que levava o time de futebol até Medellín, perguntava insistentemente pela famíliaquando chegou, em estado de choque, ao hospital da cidade colombiana de La Ceja, a mais próxima do local do acidente.

Alan fez um pedido comovente à equipe do hospital antes de entrar na sala de cirurgia: ele pediu apenas que guardassem bem a sua aliança de casamento.

Amanda, a esposa do atleta, comunicou através de sua conta na rede social Instagram que o estado de saúde de Alan é “estável”:

Graças a Deus o Alan está no hospital, estado estável. Estamos orando por todos que ainda não foram socorridos, e força para todos os familiares. Situação complicada, difícil. Só Deus para dar força mesmo. Obrigada, Deus”.


CNBB manifesta veemente repúdio à anistia do "Caixa dois".


NOTA DE REPÚDIO À ANISTIA DO "CAIXA DOIS"

"...nada acontece em segredo que não venha a se tornar público" (Mc 4,22)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, manifesta veemente repúdio a qualquer iniciativa que vise anistiar o crime de “caixa dois”, ou mesmo, abrandar suas penalidades. 

Vivemos uma profunda desconfiança institucional no país, particularmente com relação aos Poderes da República. Notícias de que estaria sendo gestado, na Câmara Federal, um acordo para anistiar o crime de “caixa dois” foram recebidas com indignação pelo povo brasileiro. A reação da população é sinal de que a mesma vem acompanhando com mais atenção a vida política.

A CNBB sempre participou, com outras instituições democráticas, do esforço por valorizar a consciência política. Prova disso é a coleta de assinaturas em apoio aos projetos de iniciativa popular que resultaram na Lei 9840/1999, “Lei contra a compra de votos”, e na Lei Complementar 135/2010, “Lei da Ficha Limpa”. Mais recentemente, participou do movimento que pediu e conquistou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial das campanhas eleitorais.   

Avião com equipe da Chapecoense cai na Colômbia e deixa mais de 70 mortos. Bispos emitem nota de solidariedade às vítimas da tragédia.


O avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29), informam autoridades colombianas. Segundo autoridades colombianas, há 76 mortos e cinco sobreviventes. O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes. Entre os passageiros havia 21 jornalistas. 

Segundo a imprensa local, a aeronave com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.


O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión. Anteriormente, a imprensa colombiana informou possível falta de combustível como causa do acidente. Mas a mídia local informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.

Segundo a rede de TV Caracol, da Colômbia, a aeronave sumiu do radar entre La Ceja e Abejorral. Uma operação de emergência foi ativada para atender ao acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu muito a visibilidade.


Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.

Fotos da equipe chapecoense antes do embarque

Em nota de solidariedade, o arcebispo da Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, expressou os sentimentos pela tragédia ocorrida com o time do Chapecoense na madrugada desta terça-feira, dia 29.

“Deixamos nossas condolências a Associação Chapecoense de Futebol, aos familiares das vítimas e toda cidade de  Chapecó. Nos solidarizamos com toda a cidade”.

O Bispo da Diocese de Chapecó, Dom Odelir Magri, também manifestou solidariedade e orações aos chapecoenses.

"É um momento difícil de se falar. Não tem palavras que possam expressar este acontecimento. Nós queremos, em primeiro lugar, manifestar nossa comunhão e solidariedade. Estamos sofrendo juntos, todos. Queremos viver isso não com desespero, mas na dimensão da fé, da esperança. Sabemos que o que pode nos unir, o que nos dar força, o que pode reforçar nossa comunhão neste momento é a dimensão da fé, da oração, o pedido e a intercessão da presença, da graça e força de Deus."

 Assista o vídeo:


A Diocese de Chapecó (SC) publicou em sua página no Facebook uma mensagem expressando suas orações pelas vítimas da queda do avião que transportava os jogadores da Chapecoense, os quais disputariam a primeira partida da final da Copa Sul-Americana na Colômbia.


DIOCESE DE CHAPECÓ
NOTA DE SOLIDARIEDADE

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá".
(Jo 11,25)



Iluminados pela fé na vida que vence a morte, a Diocese de Chapecó, profundamente consternada com o grave acidente ocorrido com a delegação da Chapecoense, quer expressar o sentimento de solidariedade com todos os atingidos, familiares e amigos. 

Pedimos o descanso eterno às vítimas e a bênção consoladora de Deus.


O presidente Michel Temer decretou luto nacional de três dias e o Itamaraty já providencia o traslado dos corpos das vítimas para os funerais no BrasilNesta hora triste que a tragédia se abate sobre dezenas de famílias brasileiras,  expresso minha solidariedade. Estamos colocando todos os meios para auxiliar familiares e dar toda a assistência possível”, lê-se em um trecho da nota. 

O mistério da conversão do antigo Israel a Cristo


Aqui vão mais dois números do Catecismo da Igreja. Acompanhe, porque são textos importantes!

673. A partir da Ascensão, o advento de Cristo na Glória é iminente, embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com Sua própria autoridade" (At 1,7). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam "retidos" tanto ele como a provação final que há de precedê-lo.

Sem cair no alarmismo ou no fanatismo, a Igreja, no entanto, reafirma que o Cristo manifestará Sua Glória a qualquer momento. Haverá, certamente, um Juízo Final que se seguirá imediatamente à Manifestação da Glória do Senhor. Melhor ainda: a própria Manifestação gloriosa de Cristo já constituirá num juízo sobre o mundo, a história e sobre cada um de nós.

674. A Vinda do Messias glorioso depende a todo momento da história do reconhecimento Dele por "todo Israel". Uma parte desse Israel se "endureceu" (Rm 11,26; Mt 23,39) na "incredulidade" (Rm 11,25) para com Jesus. São Pedro o afirma aos judeus de Jerusalém depois de Pentecostes: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, a fim de que sejam apagados os vossos pecados e deste modo venham da Face do Senhor os tempos de refrigério. Então enviará ele o Cristo que vos foi destinado, Jesus a Quem o Céu deve acolher até os tempos da Restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de Seus santos profetas" (At 3,19-21). E São Paulo lhe faz eco: "Se a rejeição deles resultou na reconciliação do mundo, O que será o acolhimento deles senão a vida que vem dos mortos?" (Rm 11,15) A entrada da "plenitude dos judeus" (Rm 11,12) na salvação messiânica, depois da "plenitude dos pagãos, dará ao Povo de Deus a possibilidade de "realizar a plenitude de Cristo" (Ef 4,13), na qual "Deus ser tudo em todos" (1Cor 15,28). 

O admirável intercâmbio


O Filho de Deus, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo inamovível, a imagem perfeitíssima, a palavra e o pensamento do Pai, é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem e por amor do homem Se faz homem. Assume um corpo para salvar o corpo e une-Se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo, exceto no pecado. Foi concebido no seio de uma Virgem, já santificada pelo Espírito no corpo e na alma, para honrar a maternidade e ao mesmo tempo exaltar a excelência da virgindade; e assumindo a humanidade sem deixar de ser Deus, uniu em Si mesmo duas realidades entre si contrárias, a saber, a carne e o espírito. Uma delas conferiu a divindade, a outra recebeu-a.

Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana, para que eu possa receber as riquezas da sua divindade. Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-Se a Si mesmo; priva-Se por algum tempo da sua glória, para que eu possa participar da sua plenitude.

Porquê tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana, para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo estabelece conosco uma segunda aliança muito mais admirável que a primeira.

Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse desse modo sobre o tirano que nos subjugava, para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a Si pela mediação de seu Filho; e Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações.

O bom Pastor veio ao encontro da ovelha perdida, procurou-a pelos montes e colinas onde tu sacrificavas aos ídolos; e quando encontrou a ovelha perdida, tomou-a sobre os seus ombros - os mesmos ombros que carregaram com a cruz - e reconduziu-a à vida eterna.

Depois daquela tênue luz do Precursor, veio a Luz claríssima de Cristo; depois da voz, veio a Palavra; depois do amigo do esposo, veio o Esposo. O Senhor veio depois daquele que para Ele preparou um povo escolhido, predispondo os homens, por meio da água purificadora, para receberem o batismo do Espírito. 

Foi necessário que Deus Se fizesse homem e morresse, para que tivéssemos a vida. Morremos com Ele para sermos purificados. Ressuscitamos com Ele, porque com Ele morremos. Fomos glorificados com Ele, porque com Ele ressuscitamos.


Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

(Or 45, 9, 22. 26.28: PG 36, 634-635. 654. 658-659. 662) (Sec. IV)

A verdadeira religiosidade varonil


Muitos jovens se afastam da vida religiosa ao verificarem o contraste entre a aparente religiosidade exterior de alguns companheiros e sua esterilidade espiritual.

Outros trazem à prática da religião demasiado sentimento, e, por seu sentimentalismo, fazem com que a religiosidade seja mal interpretada pelas pessoas sérias.

Religiosidade é o culto de Deus conjuntamente prestado pela razão, pelo coração e pela vontade.

O coração, ou sentimento, tem, pois, também o seu papel, mas um elemento não deve demasiar-se em detrimento dos outros dois. (…)

E quando [a religiosidade] será real e varonil?

Podem alguns ter ideias de religião adulteradas quanto quiserem: não poderão negar que ela é um dos mais belos ornatos que constituem a verdadeira nobreza do homem.

Em nossos tempos, tentaram tirar da religião a sua autenticidade e substituí-la por diversas especulações científicas; em vão! Onde se atacou a religião, começou a decadência da virtude, da honestidade, do sentimento do dever, da consciência, do caráter — em suma, dos mais belos ideais da humanidade. Podemos buscar exemplos na história dos antigos gregos, dos romanos e de outros povos. Ali, a vida dos próprios sábios, que procuravam tudo o que era bom e nobre, não se isentava de falhas, porque eles não conheciam a verdadeira religiosidade.