Já
reparou que quando te comparam a um amigo, a um familiar ou a um companheiro de
trabalho, surgem dúvidas a seu respeito, ou talvez insegurança e autocrítica?
Isso acontece comigo! As pessoas vivem fazendo comparações. Meu coração chega a
dar um nó cego. Sei que um indivíduo é diferente do outro, que cada um tem o
seu jeito de ser. Sei mesmo. E sei também que as comparações são quase
inevitáveis. Mas fazê-las com a intenção de desmerecer a particularidade e o
trabalho do outro é inaceitável.
As
pessoas vivem fazendo comparações. Comparam-se com outras e também comparam as
pessoas entre si. Não se dão conta de que comparar é negar a beleza que existe
em cada um. Quando você entra nesse esquema de comparações, alguém sempre sai
perdendo. E quem perde geralmente é você mesmo. Imagine quando você comenta ou
pensa: "Fulano de tal era melhor que você..." (perceba como você se
sente infeliz agora); "Fulano de tal era mais batalhador que você..."
(e ele não está mais com você).
Ao
fazer comparações entre as pessoas, você se impede de ver quanto o outro é
único e especial. O Silvio não será exatamente o Silvio, mas a continuação do
Manuel, que por sua vez é a continuação do Sérgio. E se você os compara significa
dizer que você bebe, sempre, com o gosto da bebida anterior deixada no outro
copo. E a bebida de agora é que sai perdendo...
Cada
um de nós é o que é, tem a sua própria essência. E quem não se sente aceito não
tem motivo para mudar. Querer mudanças radicais é não aceitar a essência do
outro. As mudanças precisam ser operadas, sim, mas mediante um crescimento
individual e também como consequência do convívio. Você tem determinada altura
e não pode diminuí-la nem aumentá-la. A aceitação desse fato é fundamental para
você viver bem, abaixando a cabeça quando a entrada for baixa ou ficando na
ponta dos pés quando precisar alcançar algo que está num ponto muito alto para
você.
O
outro é do jeito que é em razão de sua história e não porque está tentando ser
igual ao seu antecessor. Entendê-lo é o primeiro passo para ajudá-lo a evoluir.
Tenha em mente que ele é desse modo porque foi assim que desenvolveu a sua
personalidade. Por certo, em outras situações da vida dele, tais
características também se manifestam e o fazem sofrer. Eu, por exemplo, jamais
sairia da minha cidade, do meu trabalho e de perto dos meus amigos para num
local distante ser comparado à outra pessoa só por desenvolver uma atividade
que antes era de sua responsabilidade.
Só
quero que você pare um pouco para pensar. Tudo depende do meu olhar, do seu, do
nosso. Tudo depende da forma como você está receptivo. Depende do otimismo, da
vontade, da força, da fé. Vale a pena pensar - hoje e sempre - no que
estamos fazendo com o que somos. Você sabe de fato o que é? E o que faz com
isso? Vale a pena o questionamento, a dúvida, a pulga atrás da orelha. Eu não
vim para ser igual ao outro só por que ele não está mais aqui, eu vim fazer o
meu trabalho com a minha particularidade, com minhas qualidades e meus
defeitos, mas vim de inteira consciência e com responsabilidade darei conta do
recado. Portanto, não me compare com ninguém, gosto de ser diferente, mas odeio
comparações. Não sou igual a ninguém.
"As pessoas são diferentes. Não presuma ou
julgue jamais o que é incapaz de conhecer a fundo" (Mônica Christi).
Nenhum comentário:
Postar um comentário