O bispo de Beja desafiou os católicos da diocese a contrariar a
ideia de uma religião triste, através do anúncio da “grande alegria do mistério
do Natal”.
“Celebrar o Natal é lutar contra a tristeza e o desânimo, contra o
fatalismo e contra a degradação dentro de cada um de nós e à nossa volta, é
celebrar a esperança e a alegria, é acolher o Único que tem poder para nos
libertar do pessimismo e iluminar a nossa vida com a sua sabedoria”, escreve D.
João Marcos, na sua mensagem para o Natal de 2016.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, o prelado assinala que
Jesus “vem para transformar as vidas”, por isso, pede que as comunidades
católicas vão ao encontro de quem sofre “momentos difíceis” pela doença, pela
morte e pela solidão”.
A mensagem dirige-se também aos que se sentem “perdidos na vida,
esmagados com problemas familiares, sem amor e carinho de ninguém”, a quem a
vida parece “reduzir-se a uma coleção de desilusões e de fracassos”.
“Abri-Lhe, dai-Lhe espaço em vossos corações, celebrai e vivei o
Natal com alegria”, refere o bispo de Beja, afirmando que a Igreja é o lugar
“da grande alegria” para todo o povo que acredita em Jesus – “pobres e ricos,
doutores e analfabetos, doentes e sãos”.
D. João Marcos sustenta que quem quer que “a grande alegria do
mistério do Natal inunde” a sua vida deve ter o mesmo dinamismo de “escuta,
caminha, vê, fala” dos pastores, representados no presépio.
“Deixa que o Senhor Jesus te cure da tua surdez e da tua
paralisia, da tua cegueira e da tua mudez espirituais”, acrescenta.
O bispo de Beja considera que nos últimos dois séculos se tornou
“moda, em alguns ambientes culturais”, dizer que o Cristianismo é uma religião
triste, “que Jesus Cristo é o Deus do sofrimento, da resignação, da agonia e da
cruz”.
Neste contexto, o prelado recorda a mensagem anunciada pelo anjo
aos pastores no primeiro Natal: “Não temais, porque vos anuncio uma grande
alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que
é Cristo Senhor”.
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Agência
Ecclesia
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