Uma das irmãs
presentes durante o ataque a uma Igreja na Normandia conta como jihadistas
filmaram e deram um sermão em árabe antes de decapitar o sacerdote de 84 anos.
Na terça-feira
de manhã dois jihadistas atacaram a Igreja de St.-Etienne-du-Rouvray (Igreja de
Santo Estevão). Estavam presentes ali um padre, duas freiras e muitos fiéis
participando da celebração da Santa Missa.
Os terroristas
tomaram como reféns os fiéis presentes na igreja e degolaram o padre Jacques
Hamel de 84 anos antes deles serem abatidos pela polícia. O Estado Islâmico
reivindicou e comemorou o ataque.
Uma das freiras
que testemunharam o ataque garantiu à televisão BFM que o padre foi forçado a
se ajoelhar antes de ser morto na presença dos fiéis na Igreja que gritavam e
imploravam por sua vida. Mas os terroristas continuavam. Eles gritavam: ‘vocês,
os cristãos, nos suprimem’”.
“Ele foi forçado
a se ajoelhar. Ele queria se defender. E isso foi quando a tragédia aconteceu”,
disse a freira, identificada como irmã Danielle.
“Eles filmaram a
si mesmos. Eles fizeram uma espécie de sermão em torno do altar, em árabe. Foi
horrível”, assegurou. Disse sobre o padre morto pelo ISIS a irmã Danielle: “Ele
era um grande sacerdote”.
A religiosa pôde
fugir da Igreja e abordar a uma viatura que passava perto da igreja para avisar
o que estava acontecendo dentro do templo.
De acordo com
outras testemunhas citadas pela imprensa francesa, os jihadistas gritaram
“Allahu akbar” (“Deus é o maior”) durante o ataque antes de serem neutralizados
pelas forças de segurança.
Através de uma
agência de notícias Amaq ligada ao ISIS, o grupo alegou que o ataque foi
realizado por “dois soldados do Estado Islâmico”.
Pe. Jacques Hamel
O Pe. Jacques
Hamel nasceu em Darnétal, na região da Normandia. Foi ordenado sacerdote em
1958 e há seis anos celebrou 50 anos de serviço à Igreja.
Em declarações a
RTL, o sacerdote Auguste Moanda-Phuati, comentou: “Em minha ausência, era ele
quem servia um pouco na igreja. Era um sacerdote valente para sua idade. Os
sacerdotes têm o direito de se aposentar a partir dos 75 anos, mas ele ainda se
sentia forte”.
“Ele dizia que
não há sacerdotes e por isso podia estar à serviço. Preferiu ficar neste local
e continuar trabalhando”, acrescentou.
Pe. Auguste
Moanda-Phuati, de nacionalidade congolesa, estava em seu país e se preparava
para voltar à sua paróquia. Ficou sabendo do assassinato pela televisão.
Segundo o jornal
francês ‘Le Figaro’, o presbítero africano comenta que o Pe. Hamel “era um
sacerdote bom que sempre esteve a serviço das pessoas, praticamente a vida inteira.
Não podíamos imaginar que isto aconteceria desta maneira”.
Para Mohammed
Karabila, Presidente do Conselho Regional de Culto Muçulmano, o sacerdote era
“um homem de paz, de religião, com um carisma claro. Uma pessoa que dedicou sua
vida às suas ideias e à sua fé. Ele sacrificou sua vida pelos outros”.
Para Víctor
Mbeindjock Nola, um dos que também estava a serviço da paróquia, o Pe. Hamel
“era muito querido pelos fiéis. A comunidade católica estava muito unida em
Saint Etienne onde há duas paróquias. No período das férias, não havia mais de
600 pessoas, mas a vida religiosa é muito animada”.
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seu martírio. É só baixar pelo seu navegador e colocar nos seus perfis.
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AugustoBezerra
/ InfoVaticana / ACI Digital
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