Viagem
do Papa Francisco a Cracóvia, Polônia – JMJ 2016
Visita
ao Hospital Pediátrico Universitário (UCH) em Prokocim, Cracóvia
Sexta-feira,
29 de julho de 2016
Queridos irmãos
e irmãs!
Na minha visita
a Cracóvia, não podia faltar o encontro com os pequeninos pacientes deste
hospital. A todos vos saúdo e agradeço cordialmente à senhora Primeiro-Ministro
as amáveis palavras que me dirigiu. A minha vontade era poder demorar-me um
pouco com cada criança doente, junto da sua cama, abraçar-vos uma a uma, ouvir
nem que fosse só por um momento cada uma de vós e, juntos, guardar silêncio
perante certas perguntas para as quais não há resposta imediata. E rezar.
Várias vezes o
Evangelho nos mostra o Senhor Jesus, que encontra os doentes, acolhe-os e vai
também de bom grado ter com eles. Sempre Se dá conta deles, fixa-os como uma
mãe olha para o filho que não está bem e, dentro d’Ele, sente-Se movido à
compaixão.
Como gostaria
que nós, como cristãos, fôssemos capazes de permanecer ao lado dos doentes à
maneira de Jesus, com o silêncio, com uma carícia, com a oração. Infelizmente a
nossa sociedade encontra-se poluída com a cultura do «descarte», que é o
contrário da cultura do acolhimento. E as vítimas da cultura do descarte são
precisamente as pessoas mais fracas, mais frágeis; isto é uma crueldade.
Diversamente, é bom ver que, neste hospital, os mais pequeninos e necessitados
são acolhidos e cuidados. Obrigado por este sinal de amor que nos ofereceis! O
sinal da verdadeira civilização, humana e cristã, é este: colocar no centro da
atenção social e política as pessoas mais desfavorecidas.
Às vezes, as
famílias veem-se sozinhas a tomar conta deles. Que fazer? A partir deste lugar,
onde se vê o amor concreto, gostaria de dizer: multipliquemos as obras da
cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão, amor a Jesus
crucificado, à carne de Cristo. Servir com amor e ternura as pessoas que
precisam de ajuda faz-nos crescer, a todos, em humanidade; e abre-nos a
passagem para a vida eterna: quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da
morte.
Desejo encorajar
a todos aqueles que fizeram, do convite evangélico a «visitar os doentes», uma
opção pessoal de vida: médicos, enfermeiros, todos os profissionais de saúde,
assim como os capelães e os voluntários. Que o Senhor vos ajude a bem realizar
o vosso trabalho, tanto neste como em qualquer outro hospital do mundo. E que
Ele vos recompense dando-vos a serenidade interior e um coração sempre capaz de
ternura.
Obrigado a todos
por este encontro! Levo-vos comigo, no afeto e na oração. E também vós, por
favor, não vos esqueçais de rezar por mim.
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Boletim da
Santa Sé
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