O grupo jihadista Estado
Islâmico (EI) reivindicou neste domingo os atentados ocorridos na véspera na
capital do Iraque e afirmou que os ataques foram cometidos por um comando
especial de sua organização.
No sábado, sete
explosões em seis distritos da capital iraquiana mataram ao menos 24 pessoas.
O EI reivindicou
quatro das explosões, dois ataques suicidas e dois carros-bomba.
Segundo o grupo,
que no mês passado declarou a criação de um califado nos territórios que
controla na Síria e no Iraque, os dois homens-bomba eram um alemão e um sírio e
seu objetivo eram os postos de controle do exército, a polícia os milicianos
xiitas.
"Dois dos
cavaleiros dos cavaleiros do Islã e heróis do califado, Abu Qaqa al Almani e
Abu Abdulrahman al Shami, foram convocados a destruir os postos de controle e
os prédios do governo", indicou o grupo em uma mensagem publicada na
internet.
O grupo jihadista
sunita, que em 9 de junho lançou uma ofensiva noIraque e já controla amplas zonas neste país,
assegura que os atentados foram cometidos por seu "comando Bagdá".
Os jihadistas do
Estado Islâmico também lançaram no no sábado um ultimato aos cristãos na cidade
de Mossul para que se convertam ao Islã e passem a pagar um imposto religioso
ou deixem a localidade sob o risco de serem mortos.
A ameaça deu
início ao êxodo da comunidade cristã e foi classificada pelo patriarca caldeu
Louis Saki, à frente da maior comunidade cristão no Iraque, de "limpeza
étnica".
Neste domingo, o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a perseguição dos cristãos na cidade iraquiana de Mossul pode ser
considerado um crime contra a humanidade.
Em um comunicado,
o porta-voz da secretaria-geral disse que Ban "condenou da maneira mais
firme possível a perseguição sistemática das minorias no Iraque por parte do
Estado Islâmico e dos grupos armados vinculados a ele, especialmente as ameaças
contra os cristãos em Mossul".
O
secretário-geral "reafirma que os ataques sistemáticos contra civis em
razão de sua origem étnica ou de suas crenças religiosas podem constituir um
crime contra a humanidade pelo qual os autores devem prestar contas",
acrescenta o comunicado.
O Papa Francisco também denunciou a perseguição sofrida
pelos cristãos no Iraque.
"Nossos
irmãos são perseguidos, são mandados embora, eles devem deixar suas casas sem
poder levar nada", disse Francisco, na Praça de São Pedro, depois do
tradicional Angelus de domingo.
"Eu asseguro
a essas famílias e a essas pessoas a minha proximidade e oração
constante", ressaltou Francisco.
O Papa também mencionou os conflitos no
Oriente Médio e na Ucrânia.
"Exorto-vos
a perseverar em suas orações as situações de tensão e conflito que persistem em
diferentes partes do mundo, especialmente no Oriente Médio e na Ucrânia",
afirmou, acrescentando que "a violência não se vence com mais violência, a
violência se vence com a paz", enfatizou.
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Fonte: Aleteia
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