Pecamos também com o pensamento?
Isso é tão grave como quando pecamos com atitudes? O que fazer para evitar?
Toda a
reflexão teológica sobre o pecado coloca em evidência que é sempre uma violação
da lei de Deus, é uma ofensa a Deus que frequentemente se concretiza em um
comportamento prejudicial perante o próximo e a própria pessoa.
Santo
Agostinho, em suas obras, apresenta o pecado como
distanciamento de Deus. Tal definição sintetiza a realidade do pecado, buscando
captar a dupla dimensão na qual se concretiza: oposição a Deus e deformação da
Sua obra. Pio XII afirma que o maior pecado do mundo de hoje está no fato que
os homens tenham perdido o sentido do pecado. Esta constatação parece que está se tornando
sempre mais evidente e preocupante. Por isso é tão importante ressaltar como o
pecado permanece substancialmente uma recusa ao amor de Deus. Esta recusa parte
da nossa inteligência e vontade e se concretiza em pensamentos, palavras, obras
e omissões. A gravidade é constituída pela recusa ao amor de Deus. Para não
trair e recusar o amor de Deus é necessário o contínuo exercício da vigilância
sobre toda a nossa vida e também os nossos pensamentos.
Junto
com a vigilância devemos relembrar que permanecem válidas como medidas contra o
pecado a fuga das ocasiões de pecado, a escuta da Palavra de Deus, a acolhida
da Sua vontade, o compromisso na oração e a participação frequente nos
sacramentos. Devemos refletir certamente sobre a triste realidade do nosso
pecado, mas não devemos perder a esperança da conversão e do perdão. Acolhamos
o convite de Paulo: “Deixai-vos reconciliar” (2Cor 5,20).
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Fonte: Aleteia
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