O site caldeu ankawa.com contou a história do
professor universitário que, em Mossul (Iraque), foi assassinado após dizer
abertamente que era contra a perseguição aos cristãos.
Além
dos constrangimentos que os cristãos vivem na região, o grupo extremista Estado
Islâmico (EI) fixou em 450 dólares a tarifa jizya (taxa islâmica para não muçulmanos). Essa é a taxa que cada família cristã deve
pagar por mês para permanecer nos locais dominados pelo EI, como Mossul. Os
cristãos acabam tendo que decidir entre permanecer e pagar a taxa – o que é
quase impossível porque não há trabalho neste local em guerra – ou viver as
perseguições, ou fugir.
No
último domingo, 20 de julho, o professor Mahmoud Al ‘Asali, da universidade de
Mossul, cansado de tanta violência vivida no local, declarou-se abertamente
contra esta forma brutal de constrangimento. O professor acabou pagando com a
própria vida, uma vez que os militantes do EI o assassinaram.
O
professor Al ‘Asli, muçulmano, teve um ato de extrema virtude e coragem,
consciente dos perigos que corria. Em Mossul todos sabem que em Raqqa, a cidade
síria que o Estado Islâmico governa há um ano, foram muitos os que pagaram com
a vida por expressar a sua oposição à intolerância do EI.
Da
mesma forma, outros muçulmanos lançaram
em Bagdá, desde o último domingo 20 de julho, a campanha “Sou iraquiano, sou
cristão”, como resposta à marca "N", de nazarat, desenhada nas
paredes das casas dos cristãos de Mossul. Alguns muçulmanos se apresentaram com
um cartaz com este slogan à frente da Igreja caldéia de São Jorge, em Bagdá, e
colocaram a foto no Facebook.
Estes
são sinais contra a corrente, porém, a loucura dos fundamentalistas do Estado
Islâmico não diminui. Eles seguem adiante com seu propósito de limpeza étnica,
difundindo as tarifas da jizya, a taxa islâmica “de proteção” que deve ser paga
por todos os não muçulmanos. O valor indicado é de 450 dólares por mês, uma
soma surreal para quem vive no norte do Iraque.
Também
há um outro lugar cristão carregado de história no norte do Iraque, conduzido
pela mão do Estado Islâmico: trata-se do mosteiro sírio-católico de Mar Benham,
próximo a Qaraqosh, a cidade cristã da planície de Nínive que perdeu a maior
parte dos cristãos porque eles fugiram. No Mar Benham a presença monástica
remonta ao quarto século. “Decretaram aos três monges e algumas famílias
residentes no mosteiro que fossem embora e deixassem as chaves”, contou para a
agência Fides o bispo sírio-católico de Mossul, Yohanna Petros Moshe.
O mosteiro tinha sido restaurado em 1986,
tornando-se lugar de peregrinação para os cristãos, mas também para alguns muçulmanos.
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Disponível em: Aleteia
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