“A decisão da Igreja Anglicana de admitir
mulheres no episcopado é um ulterior obstáculo para o caminho da unidade.
Todavia, continuaremos o nosso esforço em favor do diálogo ecumênico, buscando
uma profunda compreensão recíproca e uma colaboração prática onde for
possível”. Assim o Presidente do Departamento para o Diálogo e a Unidade dos
bispos ingleses e galeses, Dom Bernard Langley, comentou em uma nota a decisão
do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra reunido em York de aprovar a ordenação
episcopal de mulheres.
A mudança, há anos no centro de profundas divisões dentro da Comunhão Anglicana, foi aprovada com a maioria dos dois terços exigidos em cada uma das três Câmaras que compõe o Sínodo (bispos, clero e leigos).
Na nota, Dom
Langley expressa, de qualquer maneira, “apreço” por uma cláusula introduzida no
texto que reconhece as razões de quem, na Igreja da Inglaterra, continua a
considerar como inadmissível a ordenação episcopal feminina, como é nas Igrejas
Católica e Ortodoxa. “Neste difícil momento – acrescenta – reconhecemos ainda
uma vez os notáveis progressos ecumênicos realizados nestes decênios
pós-Concílio Vaticano II e o desenvolvimento de uma sólida amizade entre as
nossas comunidades. Faremos o possível – conclui o Arcebispo de Birmingham –
para reforçar estas ligações e procurarmos juntos testemunhar o Evangelho na
nossa sociedade”.
O voto favorável à
ordenação de mulheres como bispo foi saudado com satisfação pelo Secretário
Geral do Conselho Ecumênico das (CEI), o Rev. Olav Teveit, que desejou que a
decisão possa ser “uma bênção para a missão da Igreja da Inglaterra”.
Mulheres bispos
anglicanas já existem em outros países, como nos Estados Unidos e na Austrália.
A Igreja da Inglaterra – até agora – estava dividida sobre a questão, não
obstante tenha admitido mulheres ao sacerdócio em 1994. (JE)
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Fonte: Rádio Vaticano
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