O Advento é o tempo de preparação para celebrar o
Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso marca o início do
Novo Ano Litúrgico católico, que neste ano começará no domingo, 29 de novembro.
Nas famílias, os preparativos para o Natal, a correria para a compra dos
presentes, além dos diversos compromissos de fim de ano, podem fazer com que o
verdadeiro sentido deste tempo seja esquecido. Por isso, é deve-se recordar que
a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de
Jesus.
Advento vem do latim “ad-venio”, que significa
“vir, chegar”. Começa no domingo mais próximo a festa de Santo André Apóstolo
(30 de novembro), podendo ser adiantado até 27 de novembro ou ser atrasado até
o dia 3 de dezembro.
O Advento está dividido em duas partes. As
primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda final do Senhor. As
leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os
seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua
vinda há dois mil anos. As duas semanas seguintes servem para refletir
concretamente sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem
no Natal.
Nos templos e casas se colocam as coroas de
Advento, a cada domingo se acende uma vela. Do mesmo modo, os paramentos do
sacerdote e as toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e
penitência. A exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no
qual pode se usar a cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de
espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na
Missa, não é proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de
maneira tangível que, enquanto dura peregrinar do homem, falta-lhe algo para
que seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a
Igrejaterá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
“O tempo do Advento, que hoje começamos de novo,
restitui-nos o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque
está fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não decepciona, simplesmente
porque o Senhor nunca desilude! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e
sintamos esta beleza”, disse o Papa Francisco no Ângelus do primeiro domingo do
Advento, em 2013.
Naquela ocasião, o Santo Padre sublinhou que Jesus
Cristo é “o guia e ao mesmo tempo a meta da nossa peregrinação, da peregrinação
de todo o Povo de Deus; e à sua luz também os outros povos podem caminhar rumo
ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz”.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos,
a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como:
a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos
acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios
caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção Reino do
Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e
carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para
Deus, como Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz
expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
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O Mensageiro / ACI Digital
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