Explicar os ensinamentos da Igreja Católica sobre o
casamento é uma ação que agora corre o risco de ser categorizada como contra a
legislação Anti-Discriminação.
Esta é a experiência do arcebispo Julian Porteous.
Hobart, capital do estado australiano da Tasmânia, foi um dos lugares onde a
Igreja distribuiu um panfleto intitulado "Não brinque com o
Casamento", produzido pela Conferência Episcopal Australiana. O panfleto
apresenta o ensinamento tradicional sobre o casamento.
Dom Porteous foi acusado pelo candidato político
Martine Delaney de violar a Lei Anti-Discriminação da Tasmânia fazendo circular
o panfleto aos pais dos alunos de escolas católicas.
O comissário Anti-Discriminação Robin Banks disse
que o assunto deve ser levado em consideração e que a conciliação era
"improvável" para resolver o problema, porque "levanta questões
de importância pública", relatou um jornal australiano dia 13 de novembro.
Posteriormente, Delaney pediu uma conciliação sobre
o assunto. Além disso, em um comunicado divulgado esta semana Delaney disse:
"Apoio incondicionalmente o direito da Igreja Católica de se opor a
igualdade no casamento, e tem por direito expressar sua oposição".
A alternativa a um processo de conciliação é uma
investigação, que pode durar vários meses, envolvendo observações por escrito e
declarações.
O Arcebispo Porteous disse que seu objetivo na
distribuição do folheto na Tasmânia era ajudar a comunidade católica a
compreender a doutrina da Igreja Católica, “num período em que o debate [sobre
o casamento] foi propagado dentro da comunidade”.
"Nunca foi a intenção do documento ou a minha
causar de alguma forma desconforto para as pessoas", disse ele em um
comunicado divulgado pela Arquidiocese de Hobart.
O movimento para a conciliação segue fortes
protestos contra a ação inicial feita por Delaney. Dom Anthony Fisher de Sydney
disse que a tentativa de silenciar a Igreja sobre a questão do casamento foi
"surpreendente e verdadeiramente alarmante", em comunicado divulgado
dia 13 de novembro.
"Leitores imparciais da declaração dos bispos
sobre o casamento consideram que foi uma declaração cuidadosamente redigida e,
na verdade compassiva, não foi concebida para provocar ou machucar ninguém. A
campanha que tem seguido a publicação sugere que algumas pessoas simplesmente
não toleram as crenças cristãs, realizadas por qualquer pessoa, faladas por
qualquer pessoa, influenciando alguém", explicou o Arcebispo Fisher.
O Australian Christian Lobby também defendeu o
Arcebispo Porteous. "Tendo alcançado a igualdade completa dos casais há
alguns anos, ativistas políticos do mesmo sexo em sua busca para reivindicar a
palavra "casamento" querem punir legalmente qualquer um que expresse
uma opinião diferente", disse Lyle Shelton, diretor do Lobby.
_________________________________
ZENIT
Nenhum comentário:
Postar um comentário