Vestida com tecidos translúcidos, a prostituta e
ex-candidata ao congresso Ángela Villón, disfarçada de Virgem Maria, “abençoou”
os participantes da marcha do orgulho gay realizada no dia 2 de julho em Lima,
Peru, causando a risada dos participantes, entre eles, vários congressistas
peruanos.
Durante a manifestação, Villón recebeu a saudação
de Verônica Mendoza, parlamentar e ex-candidata presidencial do grupo de
esquerda Frente Ampla. Mendoza é também uma das principais promotoras da
despenalização do aborto no Peru.
Villón postulou
sem êxito pela Frente Ampla ao Congresso do Peru nas eleições de 2016 e usou
como lema de campanha a frase “uma puta decente que transformará o Congresso em
um bordel respeitável”.
A manifestação,
sobre a qual indicaram os meios peruanos que participaram milhares de pessoas,
contou com a presença de homens seminus, outros com roupas de couro e vários
travestis.
Entre os
parlamentares presentes se encontrava o reeleito Carlos Bruce, homossexual, pai
de família e promotor do fracassado projeto de lei de união civil gay.
Bruce foi
reeleito para o Congresso como parte dos parlamentares do partido ‘Peruanos Por
el Kambio’ (PPK), de Pedro Pablo Kuczynski, que ganhou as últimas eleições
presidenciais e assumirá o cargo no próximo dia 28 de julho.
Também estiveram
presentes nesta marcha os congressistas eleitos Alberto de Belaúnde e Mercedes
Aráoz, também de PPK, junto com Marisa Glave, parlamentar eleita por Frente
Ampla. Aráoz é além disso a segunda vice-presidente de Kuczynski.
Há alguns dias,
a Municipalidade Metropolitana de Lima não autorizou que a manifestação
terminasse com um evento na Praça San Martín dentro do centro histórico da
cidade. A marcha, entretanto, tinha permissão para passar por este local como
parte de seu percurso.
Um grupo de
manifestantes desacatou esta ordem, entre os quais se encontrava o dirigente do
movimento homossexual de Lima (Mhol) Giovanni Infante e Verônica Ferrari, e
ingressaram em 2 de julho na Praça San Martín e protestaram contra o prefeito
de Lima, Luis Castañeda, no monumento central.
Consultado pelo
diário peruano ‘El Comercio’ no último mês de junho sobre se promoverá a agenda
gay no Peru, o presidente eleito Pedro Pablo Kuczynski assinalou que não vai
“se jogar a uma piscina vazia” se o Congresso não obtiver o consenso
suficiente.
Deste modo,
assinalou que uma das suas prioridades é procurar que o parlamento peruano
aprove projetos de lei sobre “água, educação e saúde, pois isto é o mais
importante”.
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ACI Digital
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