“Há mais indícios seguros de autenticidade na
Bíblia do que em qualquer história profana”.
- Isaac Newton (1643-1727)
Filósofo, Teólogo e Cientista inglês
Immanuel
Kant (1724-1804), o renomado filósofo alemão fez a seguinte declaração: “A
existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior benefício que a
humanidade já recebeu. Qualquer tentativa para depreciá-la... é um crime contra
a humanidade”.
“A influência
da Bíblia de maneira alguma se restringe a judeus e cristãos... Ela é agora
encarada como um tesouro ético e religioso cujo inexaurível ensino promete ser
ainda mais valioso à medida que cresce a esperança de uma civilização mundial”
(The Encyclopedia Americana).
Analisemos
outra questão com respeito à Bíblia Sagrada. Será que ela é historicamente
exata? Alguns acham que a Bíblia não passa de uma compilação de lendas sem base
histórica. Veja, por exemplo, o caso do famoso Rei Davi, de Israel. Até
recentemente, a única base para atestar sua existência era a Bíblia. Embora
historiadores conceituados o aceitem como personagem real, alguns cépticos
tentam descartá-lo alegando que se trata de uma lenda, fruto da propaganda
judaica. O que mostram os fatos?
Em 1993,
encontrou-se nas ruínas da antiga cidade israelita de Dã uma inscrição que
menciona a “Casa de Davi”. A inscrição era parte de um destroçado monumento do
nono século a.C., erigido em comemoração a uma vitória dos inimigos dos
israelitas. De repente, ali estava, fora das páginas da Bíblia, uma antiga
referência a Davi. Era significativa? Comentando a descoberta, Israel
Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv, disse: “O niilismo bíblico caiu da
noite para o dia com a descoberta da inscrição sobre Davi.” Digna de nota foi
uma declaração do Professor William F. Albright, arqueólogo que passou décadas
trabalhando em escavações na Palestina: “Inúmeras descobertas comprovaram a
exatidão de incontáveis detalhes e fizeram com que se reconhecesse cada vez
mais o valor da Bíblia como fonte histórica.” Perguntamos novamente:
'Diferentemente do que acontece com os épicos e as lendas, como poderia esse
livro antigo ser historicamente tão exato?' Mas isso não é tudo.
A Bíblia
também é um livro de profecias. (II Pedro 1, 20, 21) A palavra “profecia”
talvez lhe faça logo lembrar das predições não-cumpridas daqueles que se dizem
profetas. Mas deixe o preconceito de lado e abra sua Bíblia em Daniel capítulo
8. Daniel descreve a visão de uma luta entre um carneiro de dois chifres e um
bode peludo que tinha “um chifre proeminente”. O bode venceu, mas seu grande
chifre foi quebrado. Em seu lugar, surgiram quatro chifres. O que significa
essa visão? O relato de Daniel continua: “O carneiro que visto, tendo dois chifres,
representa os reis da Média e da Pérsia. E o bode peludo representa o rei da
Grécia; e quanto ao chifre grande que havia entre os seus olhos, este
representa o primeiro rei. E que este foi quebrado, de modo que por fim se
ergueram quatro em seu lugar, haverá quatro reinos que se erguerão de sua
nação, mas não com o seu poder.” (Daniel 8,3-22).
Essa
profecia se cumpriu? A escrita do livro de Daniel foi concluída por volta de
536 a.C. , o rei macedônio, Alexandre, o Grande, que nasceu 180 anos mais tarde,
em 356 a.C., conquistou o Império Persa. Ele era o “chifre grande” que havia
entre os olhos do “bode peludo”. De acordo com o historiador judeu, Flávio
Josefo, quando Alexandre Magno entrou em Jerusalém, antes de derrotar a Pérsia,
o livro de Daniel lhe foi mostrado. Ele concluiu que as palavras que lhe foram
mostradas na profecia de Daniel se referiam à sua própria campanha militar
envolvendo a Pérsia. Poderá ler, nos livros de história geral, sobre o que
aconteceu ao império de Alexandre após sua morte, em 323 a.C. Com o tempo,
quatro generais assumiram o controle do império e, antes de 301 a.C., os
'quatros chifres' que surgiram no lugar do “chifre grande” dividiram o império
em quatro partes. Seleuco obteve a Mesopotâmia e a Síria. Ptolomeu controlou o
Egito e a Palestina. Lisímaco governou a Ásia Menor e a Trácia, e Cassandro
ficou com a Macedônia e a Grécia. Novamente, temos todos os motivos para
perguntar: 'Como poderia um livro predizer de maneira tão vívida e exata o que
iria acontecer 200 anos mais tarde?'
A própria
Bíblia responde a essa pergunta: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e
proveitosa.” (II Timóteo 3, 16) A palavra grega traduzida “inspirada por Deus”
significa literalmente “soprada por Deus”. Deus “soprou” na mente de uns 40 escritores
as informações que encontramos atualmente nos livros das Sagradas Escrituras.
Os poucos exemplos – científicos, históricos e proféticos – que analisamos nos
levam a uma única conclusão. A Bíblia, esse livro incomparável, não é produto
da sabedoria humana, mas é de origem divina. Deus o Todo-Poderoso é seu autor.
Escreveu o apóstolo São Pedro: “Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo
Espírito Santo” (II Pedro 1, 21).
São João
Crisóstomo (347-407), Bispo de Constantinopla e Doutor da Igreja afirmava: “Eis
a causa de todos os males – o nosso desconhecimento da Bíblia Sagrada.” Disse
Jesus Cristo: “Errais não conhecendo as Escrituras Sagradas, nem o poder de
Deus.” (Mateus 22, 29).
Amar ler e
estudar a Bíblia Sagrada é uma demonstração de amor ao seu autor: Deus, é levar
a Boa Nova como evangelizador, ter comunhão com a Igreja de Cristo e praticar a
caridade pelo mundo de paz e de justiça.
Frei Inácio José do Vale
Professor e
conferencista
Sociólogo em
Ciência da Religião
Formador dos
Irmãozinhos da Visitação de Charles de Foucauld
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
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