São meus colegas mais novos de sacerdócio e fazem um grande bem cada um do seu jeito e com o seu talento.
Recentemente os dois contaram para o público ( são milhões de seguidores) as suas dores de alma.
Creio que acharam honesto expor seu sofrimento porque muita gente sofre semelhantes dores. Portanto foram testemunhos não de gloria, mas de sofrimento!
Como sempre, há quem reaja a favor, contra, ou como quem sabe a resposta que nem os doutores em psicologia ou teologia não sabem o suficiente.
Mas como gosto deles, digo que arriscaram. Imagino que sabiam o que faziam. Lido com mídia e comunicação há 45 anos. Dei aulas por 32 anos. E sei que contar suas dores pela TV ou pelas redes, é como deixar examinar o coração e os rins por curiosos que não estudaram medicina.
Imagino que sabiam das consequências. Nossa igreja criou o confessionário e os psicólogos e psiquiatras montam consultórios para que curiosos não opinem sobre as dores da alma .
Mas discordo frontalmente dos que disseram que as dores dos dois jovens sacerdotes foi falta de oração e de fé. Deveriam ler Davi, Jeremias, Tereza de Avila, João da Cruz e de muitos santos que oravam muito e serviram o povo, mas passaram pela noite escura da alma.
O fato de eu não ter passado por esta escuridão não me faz nem mais sábio, nem melhor do que os que sofrem esta angústia !
Oremos por todos nossos amigos que tem dores de alma ! Elas existem !
Pe Zezinho scj
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