O Papa Francisco reafirmou a validade do ensinamento da exortação ‘Amoris Laetitia’, em resposta às várias críticas recebidas pelo documento que resultou das duas assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família, em 2014 e 2015.
“Ouço muitos comentários - respeitáveis, porque são ditos por filhos de Deus, mas errados - sobre a exortação apostólica pós-sinodal”, disse, num encontro com jesuítas que decorreu a 10 de setembro, durante a viagem pontifícia à Colômbia e que foi divulgado esta quinta-feira, na mais recente edição da revista ‘La Civiltà Cattolica’.
O Papa defendeu a necessidade de ler a ‘Alegria do Amor’ do início ao fim, desde o “primeiro capítulo” e de “refletir”.
“Alguns sustentam que sob a ‘Amoris laetitia’ não há uma moral segura. Em relação a isto quero repetir, com clareza, que a moral da ‘Amoris laetitia’ é tomista, a do grande Tomás [de Aquino]”, declarou.
Francisco criticou depois os que julgam que a moral é “pura casuística” e convidou todos a aprofundar a “grandíssima riqueza” do trabalho de São Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da Igreja.
Já em novembro de 2016, num outro encontro com jesuítas, o Papa tinha sublinhado esta inspiração no “grande São Tomás de Aquino” e não numa “escolástica decadente” seguida por alguns.
O método de descer do geral para o particular, acrescentava então, é o “método moral usado no Catecismo da Igreja Católica”, sem que isso implique que “o princípio deva mudar”.
No último domingo, um grupo de clérigos e acadÊmicos católicos divulgou publicamente uma carta enviada ao Papa Francisco, na qual contestam uma alegada “propagação de heresias” por parte do pontífice.
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Ancoradouro
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