Muitas
das coisas que você já ouviu falar sobre possessão demoníaca são
verdadeiras, de acordo com o exorcista Patrick Brankin, da cidade de Oklahoma,
nos EUA: força física sobre-humana, conhecimento oculto de fatos que a pessoa
possuída não poderia saber de modo natural, agressiva aversão a objetos
religiosos abençoados, como crucifixos, ou conhecimento de línguas nunca
aprendidas são alguns dos sinais, segundo o exorcista, da ação demoníaca.
O mons. Patrick Brankin deve saber do que fala: ele é exorcista há quatro anos na diocese de Tulsa, no Estado norte-americano de Oklahoma, e conta que já viu de tudo.
Línguas estrangeiras, por exemplo. Uma das pessoas que Brankin foi chamado a ajudar não sabia latim. Mas ela zombou do padre e o corrigiu quando ele errou duas palavras do rito latino de exorcismo.
Brankin observa: "O número de exorcistas católicos na América do Norte dobrou de ano em ano ao longo dos últimos três anos". Seu bispo, dom Edward J. Slattery, também já declarou em entrevistas anteriores que a prática do exorcismo vem ganhando terreno na Igreja.
A diocese de Oklahoma City, vizinha de Tulsa, está prestes a enfrentar uma "missa negra", agendada para acontecer no Centro Cívico da cidade neste próximo domingo, 21 de setembro. As autoridades municipais se recusaram a cancelar o evento alegando que o grupo satânico responsável pela missa negra tem o direito constitucional de alugar espaços públicos para qualquer coisa que não seja contrária à lei. Diante disso, o bispo dom Slattery e o arcebispo dom Paul Coakley pediram que os fiéis orem e jejuem.
"Precisamos realmente combater isso por meio da oração", disse mons. Brankin, ressaltando que dom Slattery propôs uma novena de jejum e de oração antes da festa da Assunção. Ele também pediu que os padres da diocese façam as orações leoninas, que mons. Brankin considera como um "exorcismo de lugar".
Um grupo satanista já tinha tentado realizar uma missa negra em público na cidade de Oklahoma anteriormente. Dom Slattery presidiu de modo privado as especiais orações que compõem o chamado “exorcismo leonino”. O evento, de acordo com mons. Brankin, acabou sendo cancelado e o grupo se dispersou.
Neste ano, dom Slattery pediu que cada padre realize uma hora santa de adoração eucarística no mesmo horário em que está programada a missa negra deste próximo domingo, e que, se possível, sejam organizadas procissões ao ar livre "para reafirmarmos o senhorio de Jesus e resgatarmos a nossa terra, vitimada por essa blasfêmia".
Em Oklahoma, dom Coakley presidirá uma hora santa eucarística algumas horas antes da missa negra.
Os cerca de 90 ingressos para o ritual satânico, a ser realizado pelo grupo Dakhma de Angra Mainyu, estão aparentemente esgotados. O exorcista de Tulsa avisa que toda pessoa interessada em participar deve pensar duas vezes.
"Existe uma forte e real possibilidade, especialmente para quem estiver em estado de pecado, de sair dali possuído", aderte mons. Brankin. "Eles vão participar de um rito em que as pessoas invocam Satanás para exercer o seu domínio sobre tudo o que existe no Estado: domínio sobre as pessoas, os lugares, a nossa própria terra. Eles prometem fazer um ‘exorcismo dos cristãos’, o que, na sua tolice, significaria ‘expulsar’ o Espírito Santo. Se alguém vai por curiosidade, especialmente se não estiver em estado de graça, pode facilmente sofrer algum tipo de influência demoníaca, seja opressão, obsessão ou possessão completa".
Brankin explica a diferença entre essas três
categorias: "A opressão e a obsessão são estados muito dolorosos e
prejudiciais de interferência demoníaca, mas são menos controladores do que a
possessão diabólica. O controle exercido
pela opressão e pela obsessão vêm de fora da pessoa, mas o controle demoníaco
na possessão vem de dentro".
Em todo caso, este cenário contribuiria para o que mons. Brankin e outros especialistas chamam de necessidade crescente de exorcistas. O sacerdote de Tulsa diz que recebe vários pedidos de ajuda toda semana. "Tivemos sete chamados só ontem", declarou em sua entrevista ao Tulsa World, nesta semana.
Tal crescimento da demanda de exorcismos pode ser atribuído à contínua secularização da sociedade, afirma dom Slattery, recordando que quando chegou a Tulsa, há 20 anos, a diocese recebia um chamado por ano relacionado com ações demoníacas. "Mas, nos últimos anos, nós estamos sofrendo muito mais ação demoníaca", tendência que ele atribui a uma sociedade que se voltou com notável intensidade a práticas como a Ouija, a feitiçaria, a astrologia, as diversas formas de leitura da sorte e outras práticas ocultistas que “abrem a porta para o demoníaco”.
A primeira incursão de mons. Brankin no campo do exorcismo foi há mais de quatro anos, quando dom Slattery lhe confiou um caso particularmente preocupante. Brankin ainda nem era exorcista. Ele encontrou a pessoa possuída agachada num canto de uma sala. Ainda mais estranho, porém, foi o fato de que o demônio que possuía aquela pessoa o reconheceu imediatamente como sacerdote e afirmou que o padre não tinha recebido a autoridade para exorcizá-lo.
"Aquilo me assustou", conta mons. Brankin.
Meses mais tarde, depois do treinamento em Roma para a prática do exorcismo, já trabalhando com um exorcista experiente e tendo recebido as faculdades de exorcista, Brankin retornou à sua diocese. Em um caso posterior de possessão, o demônio lhe disse: "Então agora você tem as faculdades! Mas você ainda não vai conseguir fazer..." e soltou um palavrão.
"Os demônios riem constantemente do exorcista. ‘Você não tem força, você não tem poder. Eu tenho o direito de ficar aqui. Ela pertence a mim’, eles dizem".
Aquela vítima, no entanto, pôde sim ser exorcizada e hoje leva uma vida cristã saudável, relata mons. Brankin.
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Fonte: Aleteia
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