quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Papa, o Sal da Terra e a Muralha de Game of Thrones




Se mexe, Povo Católicoooooo!!!!



Papa Francisco disse que nós não somos mais o sal da terra. Cara… se deram conta do quão terrível é ver uma declaração dessas vinda de um papa? O que estamos fazendo com a missão que Cristo nos confiou? Será que estamos espalhando o evangelho ou trancafiando ele em nossos clubinhos católicos?



“É triste encontrar cristãos ‘aguados’, que parecem vinho diluído, e não se sabe se são cristãos ou mundanos, como o vinho diluído que não se sabe se é vinho ou água! É triste isso. É triste encontrar cristãos que não são mais o sal da terra, e sabemos que quando o sal perde o seu sabor, não serve mais para nada. O seu sal perdeu o sabor porque se entregou ao espírito do mundo, ou seja, se tornou mundano”. 




Quem gosta de Game of Thrones (não vamos discutir a série nesse post, ok? Sem mimimi nos comentários) vai se lembrar da Patrulha da Noite, força criada para defender os homens das terríveis criaturas que habitam o extremo norte da terra fictícia de Westeros. Esses homens, além de formarem um exército (não tão grande na época em que se passa a história), construíram uma muralha de 200 metros de altura para garantir que tais perigos ficassem isolados do restante do continente. Entre estes perigos, estão homens que moram nessa região e que são chamados de “selvagens” pelos habitantes ao sul da Muralha.



Pois bem… em dado momento da história, o comandante da Patrulha da Noite questiona se todo o esforço que estão fazendo para combater os “selvagens” faz sentido. Por um breve momento, ele entende que os “selvagens” também são homens e também estão fugindo da mesma ameaça. Porque não permitir que estes passem pela muralha e também fiquem em segurança? Porque não se unirem contra as criaturas do mal? Por um instante ele se dá conta de que a Patrulha deu foco demais na guerra contra homens que não se enquadravam, em vez de tentar convencê-los a atravessar a muralha e lutar juntos.



Ao final ele pergunta se a patrulha não teria perdido completamente o significado da missão pela qual tinham sido criados.



Povo católico, contei toda essa história pra perguntar a mesma coisa. Temos tantas lutas na nossa vida… a luta pra sustentar nossas famílias, a luta pra conseguir ser católico em um mundo como esse, a luta pra que nossos filhos não sejam desvirtuados pela mentalidade dominante e tantas outras lutas contra tantos ataques que fazem aos nossos valores.



Alguns desistem se resignam em “pertencer” ao mundo como ele é… esses morreram e só ajudam a propagar o problema (se tornaram white walkers – vai ler o livro). Outros seguem lutando incansavelmente com todas as suas energias. Mas, eu pergunto: será que estamos dando testemunho? Ou estamos simplesmente lutando?



Lutar pelos nossos valores é justo, mas não pode ser por motivos “mundanos”. Tem que ser pra espalhar o evangelho. Tem que ser para que todas as pessoas olhem nos nossos olhos e desejem conhecer Aquele que seguimos.  Senão, porque tanta luta?



Aquelas pessoas que às vezes parecem ser as maiores inimigas da nossa fé também são homens e mulheres com um coração que grita pelo infinito. Podem tentar abafar à vontade, mas à noite, quando estão sozinhas, não podem negar a si mesmas. Será que, no meio da guerra, estamos dando espaço pra salvar essas almas? Ou estamos criando uma imensa muralha e só deixando passar quem concorda conosco?



Ser sal da Terra significa fazer a diferença. Trazer o sabor para a vida de todos os homens e mulheres do mundo. Não é apenas lutar, mas mostrar porque vale a pena lutar.


O chamado de atenção do Papa Francisco não pode passar em vão. É muito grave! Precisamos urgentemente pensar se estamos fazendo a coisa mais “básica” para todo católico: testemunhar sua fé com a própria vida.



E para isso, nada melhor do que seguir o conselho que o próprio Papa nos dá:



“Não se esqueça: Evangelho, Eucaristia, oração. Graças a esses dons do Senhor podemos conformar-nos não ao mundo, mas a Cristo, e seguir o seu caminho, o caminho do ‘perder a própria vida’ para reencontrá-la (v 25)”.



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Fonte: O Catequista

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