Se mexe,
Povo Católicoooooo!!!!
Papa
Francisco disse que nós não somos mais o sal da terra. Cara… se deram conta do quão
terrível é ver uma declaração dessas vinda de um papa? O que estamos fazendo
com a missão que Cristo nos confiou? Será que estamos espalhando o evangelho ou
trancafiando ele em nossos clubinhos católicos?
“É triste
encontrar cristãos ‘aguados’, que parecem vinho diluído, e não se sabe se são
cristãos ou mundanos, como o vinho diluído que não se sabe se é vinho ou água!
É triste isso. É triste encontrar cristãos que não são mais o sal da terra, e
sabemos que quando o sal perde o seu sabor, não serve mais para nada. O seu sal
perdeu o sabor porque se entregou ao espírito do mundo, ou seja, se tornou
mundano”.
Quem
gosta de Game of Thrones (não vamos discutir a série nesse post, ok? Sem
mimimi nos comentários) vai se lembrar da Patrulha da Noite, força criada para
defender os homens das terríveis criaturas que habitam o extremo norte da terra
fictícia de Westeros. Esses homens, além de formarem um exército (não tão
grande na época em que se passa a história), construíram uma muralha de 200
metros de altura para garantir que tais perigos ficassem isolados do restante
do continente. Entre estes perigos, estão homens que moram nessa região e que
são chamados de “selvagens” pelos habitantes ao sul da Muralha.
Pois bem…
em dado momento da história, o comandante da Patrulha da Noite questiona se
todo o esforço que estão fazendo para combater os “selvagens” faz sentido. Por
um breve momento, ele entende que os “selvagens” também são homens e também estão
fugindo da mesma ameaça. Porque não permitir que estes passem pela muralha e
também fiquem em segurança? Porque não se unirem contra as criaturas do mal?
Por um instante ele se dá conta de que a Patrulha deu foco demais na guerra
contra homens que não se enquadravam, em vez de tentar convencê-los a
atravessar a muralha e lutar juntos.
Ao final
ele pergunta se a patrulha não teria perdido completamente o significado da
missão pela qual tinham sido criados.
Povo
católico, contei toda essa história pra perguntar a mesma coisa. Temos tantas
lutas na nossa vida… a luta pra sustentar nossas famílias, a luta pra conseguir
ser católico em um mundo como esse, a luta pra que nossos filhos não sejam
desvirtuados pela mentalidade dominante e tantas outras lutas contra tantos
ataques que fazem aos nossos valores.
Alguns
desistem se resignam em “pertencer” ao mundo como ele é… esses morreram e só
ajudam a propagar o problema (se tornaram white walkers – vai ler o
livro). Outros seguem lutando incansavelmente com todas as suas energias. Mas,
eu pergunto: será que estamos dando testemunho? Ou estamos simplesmente
lutando?
Lutar
pelos nossos valores é justo, mas não pode ser por motivos “mundanos”. Tem que
ser pra espalhar o evangelho. Tem que ser para que todas as pessoas olhem nos
nossos olhos e desejem conhecer Aquele que seguimos. Senão, porque tanta
luta?
Aquelas
pessoas que às vezes parecem ser as maiores inimigas da nossa fé também são
homens e mulheres com um coração que grita pelo infinito. Podem tentar abafar à
vontade, mas à noite, quando estão sozinhas, não podem negar a si mesmas. Será
que, no meio da guerra, estamos dando espaço pra salvar essas almas? Ou estamos
criando uma imensa muralha e só deixando passar quem concorda conosco?
Ser sal
da Terra significa fazer a diferença. Trazer o sabor para a vida de todos os homens e
mulheres do mundo. Não é apenas lutar, mas mostrar porque vale a pena lutar.
O chamado
de atenção do Papa Francisco não pode passar em vão. É muito grave! Precisamos
urgentemente pensar se estamos fazendo a coisa mais “básica” para todo
católico: testemunhar sua fé com a própria vida.
E para
isso, nada melhor do que seguir o conselho que o próprio Papa nos dá:
“Não se
esqueça: Evangelho, Eucaristia, oração. Graças a esses dons do Senhor podemos
conformar-nos não ao mundo, mas a Cristo, e seguir o seu caminho, o caminho do
‘perder a própria vida’ para reencontrá-la (v 25)”.
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Fonte: O Catequista
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