A dupla de artistas Pool e Marianela, da cidade de
Rosario, na Argentina, causou polêmica e despertou crítica dos religiosos com
sua mostra "Barbie, a Religião Plástica". "Se existe uma Barbie
doutora, professora e policial, por que não poderia existir uma Barbie Virgem
Maria?", questionam eles em seu site.
Na exposição, que acontecerá em Buenos Aires, serão
exibidas 33 figuras dos bonecos da Mattel adaptados como figuras católicas,
budistas e judaicas, assim como também de crenças populares do país. "Em um
mundo que nos recompensa para pensarmos, agirmos e sentirmos de maneira igual,
Marianela e Pool rebelam-se ao se reafirmarem diferentes. Usam o humor para
destacar seu desligamento a partir de um universo histórico, político e
religioso que ressalta a ficção ligada aos mais velhos", dizem eles.
Uma das obras, que representa a "La Difunta
Correa", figura venerada na Argentina, foi a maior causadora de polêmica.
As autoridades de San Juan, onde é encontrado o santuário dela, já entraram em
contato com os artistas. Eles reconheceram que esperavam que a mostra poderia
despertar críticas, mas não imaginavam que chegaria ao ponto de tanto as
autoridades quanto os fiéis reclamarem.
"Sabíamos que poderia haver alguma polêmcia
com a Mattel, que reclamaria do uso da boneca Barbie", disse Marianela à
BBC Mundo. "Mas nunca imaginamos que teríamos que pedir permissão para
usar a imagem de "La Difunta Correa. Me ligaram do governo de San Juan
para contarem que teríamos que pedir permissão, que ela está patenteada, eu não
conseguia acreditar", acrescentou.
Seu parceiro, Pool, explicou que não tinha nada
contra as religiões e que tomara cuidado para respeitar todas. Ele aponta como
exemplo disso a ausência da imagem de Maomé, já que o Islamismo considera
ofensiva qualquer representação do profeta. "Nosso compromisso é
homenagear, não faltar com respeito", completa ele.
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Fonte: Administradores
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