A Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé confirmou São José de Anchieta como
patrono dos catequistas do Brasil e o beato Francisco de Paula
Castelló i Aleu como patrono dos profissionais Químicos do Brasil. A
decisão foi tomada atendendo ao pedido do arcebispo de Aparecida (SP) e
presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal
Raymundo Damasceno Assis, feito em julho de 2013.
Dom Damasceno
alegou em sua solicitação a “veneração fervorosa e contínua” dada pelo clero e
dioceses do país ao santo que “se dedicou ao ensino e à transmissão da
catequese no território brasileiro” e ao bem-aventurado “que não hesitou doar a
sua vida totalmente a Cristo”.
São José
de Anchieta
Canonizado pelo
papa Francisco, no dia 03 de abril de 2014, o chamado Apóstolo do Brasil é
considerado pelo presidente da CNBB um modelo evangelizador e missionário.
“Nos ensinou que
o Evangelho, ao ser anunciado, deve ser inculturado, levando em conta a cultura
das pessoas ao qual se destina”, disse dom Damasceno na ocasião da canonização.
Natural de
Tenerife, nas Ilhas de Canárias, na Espanha, Anchieta nasceu no dia 19 de março
de 1534 e chegou ao Brasil em 1553. Foi responsável pela criação do colégio de
Piratininga no dia 25 de janeiro de 1554, que deu origem à cidade de São Paulo.
No decorrer de
sua vida, o santo passou por lugares como São Paulo, Espírito Santo e Bahia
propagando os ensinamentos do Evangelho. Faleceu na cidade de Reritiba (atual
Anchieta, no Estado do Espírito Santo), em 9 de junho de 1597.
Beato
Francisco de Paula Castelló i Aleu
Francês da
cidade de Alicante, o beato nasceu em 19 de abril de 1914. Considerado mártir,
Francisco Castelló foi condenado à morte por não negar sua fé católica. Em
1936, diante de um Tribunal Popular, respondia às perguntas dizendo com
firmeza: “Sim, sou católico”. A relação com os químicos surge de sua formação
em Química pela Universidade de Oviedo, no Principado de Astúrias, na Espanha.
Francisco de
Paula Castelló i Aleu atuou em sua vida religiosa com pobres e trabalhadores.
Faltando algumas horas para ser fuzilado, o beato escreveu uma carta a um
amigo, padre Galán, entregando o seu “pobre testamento intelectual”, no qual
havia um projeto de “compressor de amoníaco”.
São João Paulo
II foi o responsável pela sua beatificação, em 11 de março de 2001. Em sua
homilia, ressaltou o testemunho de mártir. “Ofereceu a sua juventude em
sacrifício de amor a Deus e aos irmãos”, disse João Paulo II.
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Fonte: CNBB
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