“A Igreja é feita por Jesus”, que não olha ao
pecado dos homens, mas a seu coração. Ele o procura e o cura”. Foi a reflexão
feita pelo Papa na homilia na missa celebrada na manhã de terça-feira, 28, na
Casa Santa Marta. “Os cristãos – completou Francisco – devem se sentir parte da
Igreja, sem parar em sua porta”.
Dois mil anos atrás, Jesus construiu a sua Igreja e
abriu as portas a todos, sem distinções, porque a Cristo interessa curar os
corações e não medir os pecados. Citando o Evangelho do dia, que narra o
nascimento da Igreja, e a Carta de Paulo, que descreve a Igreja como um
‘edifício bem ordenado’, o Papa chamou a atenção para as ações que marcaram a
fundação da Igreja: Jesus se retira em oração, desce, vai aos discípulos,
escolhe doze; simultaneamente acolhe e cura aqueles que tentam tocá-lo:
“Jesus reza, Jesus chama, Jesus escolhe, Jesus
envia os discípulos, Jesus cura a multidão. Dentro deste templo, este Jesus,
que é a pedra angular, faz todo este trabalho: é Ele que leva adiante a Igreja.
Como dizia Paulo, esta Igreja foi edificada sobre o fundamento dos Apóstolos.
Ele escolheu doze, doze pecadores. Judas não era o maior pecador, não sei quem
era o mais pecador. Judas, pobrezinho, foi o que se fechou ao amor e por isso
se tornou traidor, mas todos fugiram no momento difícil da Paixão e deixaram
Jesus sozinho. Todos eram pecadores, mas Ele escolheu".
Jesus – disse ainda o Papa, citando São Paulo – não
nos quer dentro da Igreja como hospedes ou estrangeiros, mas com o direito de
um cidadão. Na Igreja não estamos de passagem, estamos radicados nela. Nossa
vida está ali.
“Nós somos cidadãos, concidadãos desta Igreja. Se
nós não entrarmos neste templo e fizermos parte desta construção, para que o
Espírito Santo habite em nós, nós não estaremos na Igreja. Nós estamos na porta
e olhamos: ‘Que bonito… sim, isto é belo…’. Cristãos que não ultrapassam a recepção
da Igreja; estão ali, na porta… ‘Mas sim, sou católico, mas não muito”.
Trata-se de um modo de agir não faz sentido em
relação ao amor e à miserciórdia totais que Jesus nutre por cada pessoa. A
demonstração está na atitude de Cristo diante de Pedro, que o colocou à frente
da Igreja. O primeiro pilar trai Jesus, e Ele responde perdoando:
“Jesus não se importou com o pecado de Pedro:
buscava o coração. Mas para encontrar esse coração e para curá-lo, rezou. Jesus
que reza e Jesus que cura, também por cada um de nós. Não não podemos entender
a Igreja sem este Jesus que reza e este Jesus que cura. Que o Espírito Santo
nos faça entender, a todos nós, esta Igreja que tem a sua força na oração de
Jesus por nós e que é capaz de curar a todos nós”.(BF-CM)
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