«Bento XVI: um grande Papa». Francisco tributou uma
homenagem de agradecimento ao seu predecessor esta manhã, segunda-feira 27,
inaugurando um busto de bronze em sua honra na Casina Pio IV, por ocasião da
plenária da Pontifícia Academia das ciências. A obra de arte evoca sobretudo o
espírito do Papa Ratzinger, o qual – segundo o sucessor - «de geração em
geração será sempre maior e poderoso».
Em particular o bispo de Roma elogiou «a força e
acuidade da inteligência» de Joseph Ratzinger, «a sua relevante contribuição
para a teologia, o seu amor em relação à Igreja e aos seres humanos, a sua
virtude e religiosidade». Em seguida, recordou que o seu amor «pela verdade se
abre às ciências», a ponto que «dele nunca se poderá dizer que o estudo e a
ciência» tenham «tornada a sua pessoa árida». Eis então o convite a agradecer
«a Deus pelo dom que fez à Igreja e ao mundo com a existência e o pontificado
do Papa Bento».
Na segunda parte do discurso, Francisco dirigiu-se
aos académicos presentes, encorajando-os a «levar em frente o progresso
científico e o melhoramento das condições de vida das pessoas, sobretudo dos
mais pobres». Em seguida, comentando o tema da evolução do conceito de natureza
escolhido para os trabalhos da assembleia, frisou que «o início do mundo não é
obra do caos, mas deriva directamente de um Princípio supremo que cria amor».
Por isso «o Big-Bang, ao qual hoje se atribui a origem do mundo, não contradiz
a intervenção criadora divina mas exige-a». E por conseguinte «a evolução na
natureza não está em contraste com a noção de Criação». Deslocando depois a
atenção para o homem, o Papa Francisco indicou no ser humano «uma autonomia
diversa daquela da natureza», ou seja, a liberdade. Motivo pelo qual Deus torna
os homens responsáveis pela criação. É por isto, concluiu, que o cientista
cristão está chamado a «questionar-se acerca do porvir da humanidade e da terra
e, a ser livre e responsável», a «concorrer para o preparar, preservar,
eliminar os seus riscos».
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