O protestante
tem um entendimento errôneo sobre o culto de Latria, eles confundem adoração com qualquer honraria que
prestemos, por isso constantemente somos atacados de idolatras ou coisas do
tipo, o ex-pastor protestante Scoth Hann relembra seu pensamento sobre a
Hiperdulia mariana antes de sua conversão ao catolicismo: “Não podia entender porque é que os Católicos davam a impressão de
adorar a Maria, mesmo sabendo eu que a adoração a Maria era claramente
condenada pela Igreja. Veio-me então à cabeça esta ideia: a questão está no que
se considera adoração”.
Os protestantes definem adoração em termos de cantos, louvores e pregações.
Assim, quando os Católicos cantam a Maria, lhe dirigem súplicas através da
oração e pregam sobre ela, os protestantes interpretam que está sendo adorada mas,
os Católicos definem a adoração como o sacrifício do Corpo e do Sangue de
Jesus, e nunca ofereceriam um sacrifício de Maria ou a Maria sobre o altar”.
Vemos o quanto é verossímil nossa interpretação do culto de Latreia. Até nas realidades celestes
quando Cristo é adorado pelos Anciãos da glória em Ap 5,8, o detalhe do
contexto nos confirma a interpretação Católica sobre a adoração. Cristo ao ser
adorado por esses Anciãos estava sendo imolado, por isso São João o descreve com
caracteres sacrificais em Ap 5,6.
Até pesquisadores que abrangeram suas pesquisas a várias religiões reconheciam
que não existe adoração sem sacrifício. “O
culto sem Sacrifício é um absurdo do mundo moderno” (Mahatma Gandhi).
“Os verdadeiros adoradores hão de adorar o
Pai em espírito e verdade” (Jo 4,23). Para adorar em Espírito é
necessária a comunhão do mesmo e isso só existe na unidade da Igreja: "... fomos batizados num só Espírito
para sermos um só corpo... todos bebemos de um só Espírito" (1Co 12,13),
e para adorar em Verdade é necessário estarem todos os adoradores em uma
só doutrina com uma só verdade e segundo as Escrituras Sagradas a Igreja é o “sustentáculo da verdade”(1Tm 3,15).
Muitos dos
irmãos separados chegam a deturpar o entendimento sobre o ato de adorar o
confundindo com o prostrar-se. Do mesmo modo que “IMAGEM DE ESCULTURA” não tem
nada a ver com “ÍDOLO”; e “PROSTRAR” (κατάκοιτος - katákoitos) não tem nada a
ver com “ADORAR” (λατρεία – latreía).
Vários personagens da bíblia adoradores do único Deus como Moisés, Davi e Josué
tinham o costume de se prostrar.
- Josué se prostrou diante de uma imagem de escultura (Js 7,6).
- Moisés
prostra-se diante do sogro (Ex18,7) .
- Deus diz que
nações se prostrarão diante de Abraão (Gn 27,29).
- Betsabéia
prostra-se diante de Davi (1Rs 1,16-22).
- Jacó
PROSTROU-SE diante de Esaú (Gênesis 33,3).
- Os irmãos de
José do Egito PROSTRARAM-SE diante dele segundo uma revelação em profecia (Gênesis
37,9).
- Rute
PROSTROU-SE diante do seu chefe (Rute 2,10).
- David diante
de Saul (I Samuel 24,9).
- Abgail
PROSTROU-SE diante de Davi (I Samuel 25,23).
- Filhos de
profetas PROSTRARAM-SE diante de Eliseu (II Reis 2,15).
- Ester
PROSTROU-SE diante do rei (Ester 8,3).
- Nabucodonor,
rei babilônico, PROSTROU-SE diante de Daniel (Daniel 2,46).
- O carcereiro se PROSTROU aos pés de São Paulo e São Paulo não o repreendeu
(At 16,29).
- Todos os infiéis PROSTRARAM-SE diante de todos os fiéis por ordem de Deus
(Apocalipse 3,9).
- As pessoas se ajoelharam diante de Judá para LOUVÁ-LO! (Gen 49,8).
Na visão
protestante Deus incentivaria a idolatria, já que segundo os “crentes”
denominacionais prostrar é o mesmo
que adorar. Deus não poderia jamais
mandar as pessoas se prostrarem diante de seu ungido Ciro, e Deus manda (Is 45,1-14).
Os “crentes” de placas utilizam duas passagens bíblicas para subentender que o
ato de se prostrar-se é errado mas nessas passagens o ato de prostrar foi
seguido de adoração.
Prostrei-me aos seus pés PARA ADORÁ-LO (Ap 19,10).
Cornélio saiu a recebê-lo e prostrou-se aos seus pés PARA ADORÁ-LO (At 10,25),
ou seja, não foi o ato inicial que gerou repreensão e sim a intenção final, a
adoração. Se prostrar-se fosse errado São Paulo teria repreendido o carcereiro
que se prostrou diante dele e de Silas e o Apóstolos nada disse ( At 16, 29).
Paulo Leitão de Gregorio
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