“Irmão, finalmente!”. “De agora em diante, as
coisas vão ser mais fáceis…”. “É claro que é a vontade de Deus”. Com estas
sinceras palavras abriu-se o encontro histórico entre o Papa Francisco e o
patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kirill.
Um evento que nunca ocorreu na história da Igreja e
do mundo, aconteceu em uma sala privada do aeroporto internacional ‘José Martí’
da Havana, em Cuba.
O avião da Alitalia transportando o papa aterrissou
pontualmente às 20, depois de 12 horas de voo, recuperando os 40 minutos de
atraso da manhã.
Para receber Bergoglio – como na visita apostólica
em setembro passado – o presidente Raul Castro, o núncio apostólico em Cuba, o
arcebispo Giorgio Lingua e o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício
Conselho para a unidade dos cristãos que chegou à Havana há alguns dias.
O patriarca, à sua vez, chegou ontem à noite,
acompanhado por uma comitiva de cerca de 100 pessoas, entre jornalistas e
membros do patriarcado. Depois de Cuba, o primaz da Igreja Ortodoxa russa
continuará a sua visita à América Latina fazendo paradas no Brasil e Paraguai.
A reunião durou três horas. No final foi assinado
uma declaração conjunta, seguida dos discursos improvisados dos dois
protagonistas deste evento sem precedentes.
Significativa a troca de presentes: Kirill deu ao
Papa Francisco uma cópia da Nossa Senhora do Kazan, um ícone que João Paulo II
restituiu há uns 15 anos atrás ao antecessor de Kirill, Alessio II, pedindo
poder entregar-lhe pessoalmente, o que lhe foi negado. Bergoglio respondeu com
dois presentes: um relicário de São Cirilo e um cálice.
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ZENIT
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