Aproximava-se a hora da morte de Jesus. Ele entrou
triunfalmente em Jerusalém e expulsou do templo os homens que exploravam a
adoração. A expectativa enchia o ar de Jerusalém, pois as pessoas achavam que
Jesus era um messias conquistador. Ele, contudo, preparava-se para enfrentar a
cruz.
O povo pensava que Jesus era um herói glorioso e
daria à nação um destino sublime. Entretanto Jesus humilhou-se de acordo com o
plano de Deus e alcançou-nos a salvação.
Você faria o que Jesus fez? Ele trocou um castelo
imaculado por um estábulo sujo. Trocou a adoração dos anjos pela companhia de
assassinos. Podia segurar o universo na palma de sua mão, mas abdicou e foi
flutuar no útero de uma jovem.
Se você fosse Deus, teria dormido sobre a palha,
mamaria no seio de uma mulher e seria vestido com uma fralda? Eu não o faria,
mas Cristo fez.
Se você soubesse que poucos se importariam com a
sua vinda, ainda assim viria? Se soubesse que aqueles a quem ama zombariam na
sua frente, ainda assim se preocuparia com eles? Se soubesse que as línguas que
criou debochariam de você, as bocas que criou lhe cuspiriam, e as mãos que
criou o crucificariam, ainda assim você as criaria? Cristo o fez. Você
consideraria os deficientes e inválidos mais importantes do que a si mesmo?
Cristo o fez.
Ele se humilhou. Ele deixou de comandar os anjos e
passou a dormir na palha. Deixou de tocar as estrelas e agarrou o dedo de
Maria. A mão que sustentava o universo recebeu o prego de um soldado.
Por quê? Porque é isto que o amor faz. O amor
coloca a pessoa amada antes de si mesmo. A sua alma era mais importante do que
o sangue d’Ele. A sua vida eterna era mais importante que a vida terrena d’Ele.
Para ele, o seu lugar no céu era mais importante do que o lugar d’Ele no céu.
Assim, Jesus abriu mão do lugar que lhe pertencia para que você pudesse ter o
seu.
É assim que ele o ama. E porque ele o ama, você tem
importância primordial para ele.
Cristo, então, faz uma comparação. Ele aponta para
o pardal, o passarinho mais barato daquele tempo, e diz: “Não se vendem cinco
passarinhos por duas moedas? E nenhum deles está esquecido diante de Deus [...]
mais valeis vós do que muitos passarinhos” (Lc 12,6-7).
Deus se lembra dos pequenos pássaros do mundo. Nós
nos lembramos das águias. Fazemos estátuas de bronze de falcões. Nossos times
esportivos têm nomes de falcões. Mas Deus nota os pardais. Ele tem tempo para
as crianças e cuida dos leprosos. Ele oferece à mulher adultera uma segunda
oportunidade e faz um convite pessoal ao bandido na cruz. Cristo é parcial com
os maltratados e exaustos e insiste em que sejamos como ele: “... quando
fizeres convites, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos” (Lc 14,13).
Você deseja amar o próximo como Deus o ama? Venha
com sede. Beba intensamente do amor de Deus por você e peça-lhe para encher o
seu coração com um amor que vale a pena.
Max Lucado
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Fonte: Bíblia
de Estudo Devocional
Disponível
em: Estudo Bíblico Online
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