A Igreja já estava nos planos de Deus desde o
início dos tempos. Ela é parte indispensável do Plano de Salvação de Deus. A
Igreja foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga
aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do
Espírito e no fim dos tempos será gloriosamente consumada. “O Senhor Jesus
iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus
prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica,
763).
Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de
Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado
na Cruz. "O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue
e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado." "Pois do
lado de Cristo dormindo na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a
Igreja." Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido,
assim a Igreja nasceu do coração
traspassado de Cristo morto na Cruz. (CIC §766). Cristo instituiu a Igreja,
no ano 30, na Palestina.
A única Igreja de Cristo, como sociedade constituída
e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada
pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Somente por meio
dela se pode obter a plenitude dos meios de salvação, pois o Senhor confiou
todos os bens da Nova Aliança ao único colégio apostólico, cujo chefe é Pedro. –
Compêndio do CIC, nº 162
Apóstolo
Pedro
Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro,
mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro,
aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão.
Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas
2,11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome
este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra
πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e
posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra
petra, de mesmo significado.
A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como
seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16,18,
quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha
edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra
ela." Jesus comparava Simão à rocha.
Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da
Igreja de Roma, sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse
título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada
cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a
outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma.
Essa circunstância é importante, pois daí provém a
primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica;
posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e
"Romana".
Jesus e Pedro |
Dados
biográficos
Antes de se tornar um dos doze discípulos de
Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum.
Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo
Santo André.
Novas pesquisas no campo demonstram que Pedro e os
demais apóstolos não eram simples pescadores. Ele e André eram
"empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em
sociedade com Tiago, João e o pai destes Zebedeu. Pedro era casado, isto nós
podemos ver pela Sagrada Escritura: "Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja
sogra estava de cama, com febre. Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela
levantou-se e pôs-se a servi-los" (Mateus 8,14-15). Ora, se Pedro tinha
sogra, era porque também tinha esposa, é claro.
Pouco se sabe sobre a esposa de São Pedro. Alguns
acreditam que ela já teria morrido antes de Pedro começar seu apostolado,
outros, como Clemente de Alexandria, diziam que ela morreu martirizada. É fato
contudo que Pedro, ao se tornar apóstolo, deixou tudo o mais para seguir ao
Senhor:
“Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que
deixamos tudo para te seguir. Que
haverá então para nós?”, ao que Jesus respondeu: "E todo aquele que por minha causa deixar
irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher,
filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna."
(Mateus 19,27.29).
O primado de
Pedro
Toda a primeira parte do Evangelho de Marcos gira
em torno da pergunta: quem é Jesus? Simão foi o primeiro dos discípulos a
responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva
Jesus a chamá-lo de Pedro.
Encontramos o relato do evento no Evangelho de São
Mateus, 16,13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do
que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou
eu?".
Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho
de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai
que está nos céus. Também Eu te digo que
tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja, e as portas do inferno
nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que
ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será
desligado nos céus” (Mt 16,16,19).
O apóstolo
Pedro, o primeiro Bispo de Roma
A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos
Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por
mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles.
Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de
Roma (chamada atualmente de Santa Sé) teve o primado sobre todas as outras
comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo
exercido até hoje pelo Bispo de Roma, assim como o ministério dos outros
apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do
colégio apostólico, do colégio episcopal.
A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino e,
atualmente é exercida pelo papa Francisco (papa de número 266 na sucessão apostólica).
Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro
atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira
epístola: "A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também
Marcos, meu filho” (1Pd 5,13).
Trata-se da Igreja de Roma. Assim também o
interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a
Roma Imperial (decadente).
O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o
Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre,
ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto
referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga
literatura Cristã.
Os historiadores atualmente acreditam que a
tradição católica está correta, igualmente muitas tradições antigas corroboram
com a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado:
Assim nos refere o bispo Dionísio de Corinto, em
extrato de uma de suas cartas aos romanos:
"Tendo
vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina
do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos
ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."
Gaio, presbítero romano, em 199:
"Nós
aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus
dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à Via Ostiense e lá
encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de
Pedro."
Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de
hereges: "Posso mostrar-vos os
troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via
Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."
Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola
Catequética de Alexandria afirmou:
"Pedro,
ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para
baixo. Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para
baixo".
Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir
atual Turquia) referiu:
"Para a
maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos
Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos
portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de
administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro
lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."
"Mateus,
achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles,enquanto
Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja”.
Formado como jurista Tertuliano (155-222
d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"A
Igreja também dos romanos publica - isto é, demonstra por instrumentos
públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."
"Feliz
Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina
integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor".
“Nero foi o
primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo,
foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."
Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesáreia, escreveu
muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais
importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja
das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"Pedro,
de nacionalidade Galiléia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo
inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde,
pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."
Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância
(também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos
Bispos de Roma:
“A sucessão
de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente
etc..." Doroteu [desambiguação necessária]:
"Lino
foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."Optato de Milevo:
"Você
não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro
investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."
Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago
(norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De
Ecclesiae Unitate), onde diz:
"A
cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a
unidade sacerdotal."
A verdadeira
Igreja na autêntica Tradição Cristã
Quando, depois da sua ressurreição, estava prestes
a voltar para o Pai, ordenou aos onze que fossem ensinar a todos os povos,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Imediatamente os
apóstolos chamaram por sorteio a Matias como duodécimo para ocupar o lugar de
Judas.
Depois de receberem a força do Espírito Santo com o
dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus
Cristo na Judéia, onde fundaram Igrejas; partiram em seguida por todo o mundo,
proclamando a mesma doutrina e a mesma fé entre os povos.
Em cada cidade por onde passaram fundaram Igrejas,
nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram
buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por esta razão, são também
consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos apóstolos.
Toda família deve ser necessariamente considerada
segundo sua origem. Por isso, apesar de
serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma só
Igreja: a primeira, que foi fundada por Cristo e é a origem de todas
as outras. Assim, todas elas são primeiras e apostólicas, porque todas formam
uma só.
A comunhão na paz, a mesma linguagem da
fraternidade e os laços de hospitalidade manifestam a sua unidade. Estes
direitos só têm uma razão de ser: a unidade da mesma tradição sacramental.
Se quisermos
saber o conteúdo da pregação dos apóstolos e, portanto, Jesus Cristo lhes
revelou, é preciso recorrer a estas mesmas Igrejas fundadas pelos próprios
apóstolos e às quais pregaram de viva voz ou por seus escritos.
A Igreja
Ortodoxa
O primeiro ponto que se faz necessário destacar é
que o Cristianismo nasceu na Palestina (e não em Roma); que a primeira Sé
Apostólica fundada foi a de Jerusalém (tendo como bispo a Tiago, o irmão do
Senhor); que também foi nesta Sé que se realizou primeiro Concílio Apostólico
(Atos 15). E, principalmente, devemos destacar que esta Igreja não desapareceu
na história, mas que subsiste até os dias de hoje e que se tornou um dos nove
Patriarcados que subsistem na Igreja Ortodoxa.
O segundo ponto que evidenciamos é que não só a
Igreja de Jerusalém, mas também todas as Igrejas que são mencionadas nas
Sagradas Escrituras, fundadas pelos Apóstolos ou por seus colaboradores, formam
com outras Igrejas que vieram depois delas, a Igreja Ortodoxa, sendo Roma a
única exceção.
Portanto é preciso compreender que a Igreja
Ortodoxa é Católica e Apostólica, e que possui uma eclesiologia (conceito sobre
a Igreja) do qual o Catolicismo Romano diverge em alguns pontos teológicos,
administrativos e práticos.
Assim, chamamos de Ortodoxia a plena comunhão de
várias Igrejas locais “autocéfalas” (a Igreja Católica Romana também é, como
vimos, uma comunhão de Igrejas locais, porém estas igrejas, embora em muitos
casos sejam autônomas, não são autocéfalas).
O que significa a autocefalia? Significa que cada
uma destas Igrejas podem resolver por si só todos os seus assuntos internos, em
função da própria autoridade, incluindo a capacidade legal para nomear e
remover seus próprios bispos, incluindo os Patriarcas.
Portanto, a Igreja Ortodoxa não tem um Papa que
venha a ser o único administrador ou governante da Igreja, mas tem um sistema
colegiado, ou seja, Sinodal, no qual todos os bispos são iguais. Estes elegem
um entre si que possa representá-los, mas, no entanto, ele não é o único administrador.
A Igreja Católica Ortodoxa Oriental nasceu no tempo
dos apóstolos e sobrevive até nossos dias pela força da tradição, da Bíblia e
dos sete Sacramentos. Até o ano 1054 ela estava unida à Santa Sé e fazia parte
da única Igreja Católica Apostólica Romana.
Fundação
das Igrejas Autocéfalas
Patriarcado
de Constantinopla
O apóstolo André, irmão de Pedro, fundou a Igreja
de Constantinopla nos primeiros anos do cristianismo.
Patriarcado
de Alexandria
A Igreja de Alexandria foi fundada pelo apóstolo São
Marcos. Fora conferido ali o título de papa, pela primeira vez na história, ao
Patriarca Hiraclas, em 232, e na sequencia ao Patriarca Teófilo, no ano 390.
Patriarcado
de Antioquia
Os fundadores da Igreja Antioquina são os corifeus
dos apóstolos, Pedro e Paulo. O primeiro Concílio Ecumênico reconheceu no bispo
de Antioquia a primazia sobre todos os bispos do Oriente, tendo o segundo
Concílio confirmado a decisão do primeiro Concílio.
Enquanto o Terceiro Concílio Ecumênico reconheceu a
independência da Igreja de Chipre, a primeira a se separar da Igreja
Antioquina, o IV Concílio concedeu ao bispo de Antioquia o título de patriarca,
colocando-o na terceira categoria, após os patriarcas de Constantinopla e
Alexandria.
Em 1098 os cruzados ocuparam Antioquia e foram
deslocados pelos árabes em 1648. Por isso o Patriarcado Antioquino
estabeleceu-se em Damasco no ano de 1342.
Patriarcado
dos Assírios
Os assírios separaram-se da Igreja Antioquina em
451, os caldeus em 498 e os armênios em 538. Separou-se definitivamente a
Igreja Siriana Jacobita da Igreja Antioquina em 513.
Católicos de
Rito Maronita
Os católicos maronitas declararam-se independentes
do Patriarcado Antioquino em 685 e submeteram-se ao Bispado Romano em 1183, na
era do Patriarca Ermia Hamchiti.
Os
Gregorianos
Em 1050 os gregorianos desligaram-se do Patriarcado
Antioquino. No século XVI, as missões religiosas européias começaram a se
realizar no Oriente. Em 1648 o Patriarca Makario empreendeu uma visita
histórica à Rússia e a todos os países balcânicos. Em 1724 os gregos católicos
deixaram a Igreja Antioquina.
Patriarco de
Jerusalém
O apóstolo Tiago fundou a Igreja de Jerusalém (mãe
de todas as Igrejas Cristãs). No ano 52 ele presidiu o Sínodo Apostólico. Nesta
mesma Igreja, muito depois, em 326 a rainha do Império Romano, Santa Helena,
encontrou a Santa Cruz e construiu a Igreja da Ressurreição e o Berço e mais
outros templos sobre a gruta, o Gólgota e o Santo Sepulcro. Também a Igreja de
Jerusalém separou-se da Igreja Antioquina.
Patriarcado
Russo
Santo André é considerado o primeiro pregador do
cristianismo na Rússia. Propagou-se a doutrina cristã na Rússia na era do
Imperador de Bizâncio, Basílio I (867 - 886). A princesa Olga foi batizada em
975 pelo Patriarca Ecumênico, na catedral Hagia Sofia. Em 1657, o Patriarcado
Russo passou a ser definitivamente independente, desligando-se do Patriarcado
de Constantinopla.
Patriarcado
da Geórgia
O cristianismo ingressou na Geórgia na primeira
metade do século IV, por intermédio de uma escrava síria de nome Nuna, que
conseguiu converter o rei Mirban para o cristianismo, juntando-se seus adeptos
ao Patriarcado de Antioquia. A Igreja da Geórgia declarou-se independente da
Igreja Antioquina no fim da gestão do Patriarca Antioquino Pedro III.
Igreja de
Chipre
O fundador da Igreja de Chipre é o apóstolo
Barnabé. O III Sínodo Ecumênico conferiu a Chipre a sua
independência, desligando-a da Igreja de Antioquia e estabeleceu-lhe a
mesma categoria das igrejas de Constantinopla, Alexandria, Antioquia e
Jerusalém. Os cruzados invadiram Chipre em 1211, os turcos em 1571 e os
britânicos em 1887.
A Igreja da
Grécia
As Igrejas da Grécia e de Corinto foram fundadas
pelo apóstolo Paulo. Juntaram-se as duas Igrejas com todas as Igrejas da Grécia
sob a égide da Igreja de Tessalônica, no princípio do século II. A Igreja da
Grécia submeteu-se ao Patriarcado Ecumênico em princípios do século VIII,
desligando-se do mesmo em 1833, proclamando-se independente, obtendo o alvará
de reconhecimento do Patriarcado Ecumênico em 1850.
A Igreja de
Monte Sinai
A rainha e Santa Helena construíram no Monte Sinai,
em 360, o convento de Santa Catarina, a igreja das Sarsas e dois grandes
fortes. O atual convento foi construído por Justiniano, o Grande, o Imperador,
por volta do ano de 545. Também o convento declarou-se independente do
Patriarcado de Jerusalém, em 649 num processo que encerrou-se definitivamente
em 1575.
Igreja
Ortodoxa Russa
Com 250 milhões de fiéis, a Igreja Ortodoxa
continua sendo a principal religião da Rússia, do leste e sudeste da Europa.
Igreja
Ortodoxa do Egito
É conhecida como Igreja Copta. Vários milhões de
cristãos vivem no Egito. Esta Igreja mantém a liturgia antiga, celebrada na
língua copta e seu ponto forte é sua inconfundível arte religiosa.
Igreja
Ortodoxa Etíope
A Igreja Ortodoxa da Etiópia apresenta
características bem peculiares, como o costume de guardar o sábado e o ritual
da circuncisão, dois elementos fortes da religião judaica.
______________________________________________
Vradimir (adaptado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário